Agronegócio
Dia do Cacau – A fruta por trás do chocolate
Agronegócio
Brasília (26/03/2022) – Chocolate é gostoso, faz bem e todo mundo gosta. Por isso, é fundamental conhecer também a matéria-prima usada para produzir esse alimento. Neste sábado (26), é celebrado o Dia do Cacau, e o Sistema CNA/Senar traz algumas curiosidades, números e histórias de produtores que cultivam essa fruta.
O cacau é uma fruta nativa, originária da região amazônica e, ao contrário de algumas outras frutas, nasce diretamente do tronco da árvore. Ele apresenta cores variadas, que vão do verde ao roxo e do amarelo ao laranja. Dentre os diversos benefícios do cacau, se destaca a capacidade antioxidante, anti-inflamatória e cardioprotetora.
Além de ser a matéria-prima para a fabricação do chocolate, a amêndoa do cacau é usada também para produzir o pó e a manteiga de cacau. A polpa da fruta, que tem um sabor adocicado e ácido, pode ser utilizada para fazer sucos, geleias e licores. Já a casca da fruta serve como uma alternativa de alimento para os bovinos durante a seca.
A produção brasileira de cacau está concentrada nos estados do Pará e da Bahia. De acordo com a pesquisa Produção Agrícola Municipal 2020, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui uma área plantada de 590 mil hectares e produção anual de 270 mil toneladas, sendo Pará responsável por 53,6% e Bahia por 39,9%.
Os principais sistemas produtivos realizados no país são o cabruca, onde o cacaueiro é cultivado sob a sombra da mata nativa, e a pleno sol, em que o cultivo da fruta é feito sem o sombreamento definitivo, podendo ser irrigado ou não.
No assentamento Tuerê, em Novo Repartimento (PA), os agricultores João Evangelista Lima e Francisco Pereira Cruz cultivam o cacau em sistema cabruca, na Floresta Amazônica. “Plantar cacau é muito bom, principalmente para o pequeno produtor. Sem falar que a gente planta em um pequeno pedaço de chão e tem um bom resultado diretamente para o sustento da família”, disse João.
Para Francisco Pereira Cruz, plantar cacau é um sonho. “Antes a gente não tinha o conhecimento do cacaueiro e nem mesmo uma renda. Então eu fico honrado e sou feliz por ser produtor”.
São quase duas décadas de produção de cacau para os produtores João e o Francisco. E nas últimas safras, os dois agricultores aprimoraram as amêndoas utilizadas. Hoje, eles elaboram uma matéria-prima com mais qualidade, resultado da mudança na técnica de fermentação.
“Com o tempo, eu coloquei em prática a fermentação. Feita do jeito certo, ela deixa um bom resultado na amêndoa. E para nós, o valor de venda muda um pouco”, afirmou João.
Segundo Francisco, o processo de fermentação atribui às amêndoas diversos sabores e notas. “Tem umas que conseguem alcançar um sabor de frutas secas, outras frutas marrons e assim sucessivamente”, explicou.
As amêndoas de Tuerê viram chocolate nas mãos de Priscyla França, a vencedora do prêmio CNA Brasil Artesanal 2021, uma iniciativa que contou com a parceria do Centro de Inovação do Cacau e da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira.
“Não é só você fazer o chocolate, é você pegar o pequeno produtor, ajudar e mostrar para ele que o trabalho dele também é importante”, disse a chocolateira.
Agro.BR – A cacauicultura ganhou destaque dentro do projeto Agro.BR em função da boa adesão da cadeia produtiva e nas ações de promoções comercial do Brasil. Com o apoio do projeto, em maio do ano passado, a Cooperativa de Produtores de Cacau Cabruca da Bahia (Coopercabruca), de Itabuna, começou a exportar liquor de cacau, a massa de cacau para a Suíça.
A cooperativa integra o Agro.BR desde 2020 e foi capacitada em treinamentos virtuais, incluindo instruções para formação de preço para exportação, modalidades de pagamento, negociação e marketing internacional. Também contou com o atendimento do escritório do Agro.BR na Bahia para criação de planos de exportação e orientações diversas.
Clique aqui para saber mais sobre o Projeto Agro.BR.
Confira a cartilha do Senar Cacau: produção, manejo e colheita.
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Agronegócio
Exportações da Bahia totalizaram R$ 72,14 bilhões em 2024
As exportações da Bahia totalizaram R$ 72,14 bilhões em 2024, um crescimento de 3,6% em relação ao ano anterior, mesmo diante de desafios globais, como a desaceleração da economia chinesa e a instabilidade nos preços das commodities. A agropecuária desempenhou papel essencial nesse resultado, contribuindo com R$ 28,42 bilhões, um aumento de 3%, mesmo com uma redução de 6,3% na produção física de grãos.
A soja e seus derivados mantiveram a liderança nas exportações agropecuárias, somando R$ 18,28 bilhões, o que representa 64,3% das vendas do setor. Apesar de uma queda de 4,2% em comparação a 2023, causada por oscilações no mercado e na demanda externa, outros produtos, como cacau, café e frutas, sustentaram o crescimento do segmento.
A China continuou como principal destino das exportações baianas, com compras de R$ 20,68 bilhões, uma alta de 4,1% em relação ao ano anterior. No total, as vendas para o bloco asiático atingiram R$ 33,88 bilhões, representando 47% das exportações do estado. Um destaque foi o aumento significativo das vendas para a Espanha, que cresceram 214,1%, totalizando R$ 3,50 bilhões, com uma pauta diversificada que incluiu soja, minério de cobre e produtos agropecuários.
A Bahia manteve sua posição como maior exportadora do Nordeste, sendo responsável por 47,2% das vendas externas da região. Esse desempenho reflete a força do agronegócio, aliada ao crescimento da indústria de transformação e da mineração, que também contribuíram para os resultados positivos.
As importações do estado, no entanto, registraram crescimento expressivo, alcançando R$ 65,69 bilhões, um aumento de 25,4% em relação a 2023. Esse avanço foi impulsionado principalmente pelas compras de combustíveis, que subiram 86% no ano, refletindo a alta demanda interna.
Para 2025, as perspectivas são otimistas. A previsão de uma safra agrícola maior que a de 2024 indica um potencial de crescimento nas exportações agropecuárias. Entretanto, fatores como a volatilidade cambial, as tensões comerciais entre China e Estados Unidos e as condições climáticas globais permanecem como desafios a serem acompanhados de perto.
O desempenho baiano reafirma a relevância do agronegócio como motor da economia regional e nacional, destacando-se como exemplo de inovação e resiliência em tempos de incertezas no cenário global.
Fonte: Pensar Agro
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