Agronegócio
ES sediará oficina para planejar projeto piloto de regularização ambiental
Agronegócio
O Espírito Santo vai receber a oficina de planejamento para a implantação de um projeto piloto do Programa de Regularização Ambiental Produtiva (Pravaler), nos dias 29 e 30 de março, no auditório do Sistema FAES / Senar-ES, em Vitória. O encontro reunirá órgãos do setores produtivos, ambiental, instituições de pesquisa e assistência técnica para discutir os gargalos e desafios da regularização ambiental, mediante solução consensual das entidades envolvidas.
O projeto visa a recuperação ambiental e produtiva de forma integral das propriedades rurais, demonstrando como o produtor pode se adequar à legislação ambiental com eficiência e possível retorno financeiro, além de auxiliar na elaboração do regulamento do Programa de Regularização Ambiental (PRA), no Espírito Santo.
A oficina é o start de uma construção conjunta no desenvolvimento de ferramentas e uma política pública de conservação e recuperação sustentável com participação de diversos atores do sistema produtivo rural.
O analista Técnico de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar-ES, Murilo Pedroni, destaca que esse trabalho conjunto é fundamental para uma melhor adesão do produtor rural ao PRA, que está previsto no novo código florestal e é o passo seguinte ao Cadastro Ambiental Rural (CAR). “De acordo com a nossa legislação florestal, para a regularização ambiental de propriedades rurais, primeiro precisamos identificar os passivos e ativos ambientais de cada imóvel rural, que é através do CAR. Agora vem o segundo passo que é a recuperação destes passivos e utilização destes ativos por meio do PRA”, disse.
Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (FAES), Júlio Rocha, a oficina vai linear os conhecimentos entre os órgãos participantes para que mais adiante tudo chegue aos produtores, atores fundamentais em todo o processo de regularização ambiental. “É fundamental que se definam ações com soluções tecnológicas e que nossos produtores tenham acesso, pensando no menor custo e retorno econômico”, ressaltou.
Sobre o Pravaler
O Pravaler foi criado a partir dos resultados das pesquisas desenvolvidas no Projeto Biomas e mostra ao produtor, na prática, como agregar sustentabilidade à produção. Em 2021 o município de Boca do Acre, no Amazonas, recebeu um projeto piloto. Atualmente o projeto está sendo expandido para mais três Estados, sendo o Espírito Santo um deles, e os demais Goiás e Minas Gerais.
O Pravaler é uma iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com a EMBRAPA e o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), além da Cooperação Internacional Alemã no Brasil – GIZ, e também dos órgãos governamentais responsáveis pela gestão florestal no Estado.
No Amazonas, o projeto Pravaler tem sido extremamente positivo à agregação da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) para os produtores, via Senar, explica o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (Faea), Muni Lourenço. “O projeto tem tido grande aceitação dos produtores rurais, principalmente pela oportunidade que eles estão tendo de acesso gratuito a um suporte técnico para que toda a parte do CAR e a definição da maneira mais viável para que produtores possam recuperar eventuais passivos ambientais e terem segurança jurídica de estarem regulares perante a regularização ambiental. Tanto um suporte técnico quanto o aprimoramento da atividade produtiva de cada produtor, que aqui é a agropecuária, bem como na orientação sobre a recuperação de vegetação nativa”.
Uma das fontes de subsídios técnicos para o Pravaler é o Projeto Biomas, uma iniciativa da CNA com a Embrapa, que contou com a participação de mais de 400 pesquisadores a nível nacional, onde cada bioma brasileiro recebeu uma unidade demonstrativa para a realização destas pesquisas, sendo a unidade da Mata Atlântica estabelecida aqui no Espírito Santo, no município de Linhares.
A assessora técnica da coordenação de Sustentabilidade da CNA, Claudia Mendes, destaca que o Espírito Santo está inserido no bioma Mata Atlântica, e isso também contribuiu para que o Estado receba o projeto piloto do Pravaler. “Conseguimos desta forma ter representatividade nos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia com os Estados selecionados. E o ES já desenvolveu o projeto Biomas, com o Incaper, o que reforça ainda mais a necessidade de assistência técnica aos produtores. Além disso, vale lembrar o avanço que o Estado também obteve com a análise do CAR, antes da ferramenta AnalisaCAR”, falou.
Participarão da oficina representantes da CNA, Embrapa, SFB, FAES, Senar-ES, Idaf, Seag, Incaper, Fetaes, Seama/Reflorestar, Associação Nacional dos Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anama), Fórum de Secretários Municipais de Agricultura (Fosemag), OCB, Suzano, Vale, WWF, Cedagro, Ifes e UFES.
Agronegócio
Exportações da Bahia totalizaram R$ 72,14 bilhões em 2024
As exportações da Bahia totalizaram R$ 72,14 bilhões em 2024, um crescimento de 3,6% em relação ao ano anterior, mesmo diante de desafios globais, como a desaceleração da economia chinesa e a instabilidade nos preços das commodities. A agropecuária desempenhou papel essencial nesse resultado, contribuindo com R$ 28,42 bilhões, um aumento de 3%, mesmo com uma redução de 6,3% na produção física de grãos.
A soja e seus derivados mantiveram a liderança nas exportações agropecuárias, somando R$ 18,28 bilhões, o que representa 64,3% das vendas do setor. Apesar de uma queda de 4,2% em comparação a 2023, causada por oscilações no mercado e na demanda externa, outros produtos, como cacau, café e frutas, sustentaram o crescimento do segmento.
A China continuou como principal destino das exportações baianas, com compras de R$ 20,68 bilhões, uma alta de 4,1% em relação ao ano anterior. No total, as vendas para o bloco asiático atingiram R$ 33,88 bilhões, representando 47% das exportações do estado. Um destaque foi o aumento significativo das vendas para a Espanha, que cresceram 214,1%, totalizando R$ 3,50 bilhões, com uma pauta diversificada que incluiu soja, minério de cobre e produtos agropecuários.
A Bahia manteve sua posição como maior exportadora do Nordeste, sendo responsável por 47,2% das vendas externas da região. Esse desempenho reflete a força do agronegócio, aliada ao crescimento da indústria de transformação e da mineração, que também contribuíram para os resultados positivos.
As importações do estado, no entanto, registraram crescimento expressivo, alcançando R$ 65,69 bilhões, um aumento de 25,4% em relação a 2023. Esse avanço foi impulsionado principalmente pelas compras de combustíveis, que subiram 86% no ano, refletindo a alta demanda interna.
Para 2025, as perspectivas são otimistas. A previsão de uma safra agrícola maior que a de 2024 indica um potencial de crescimento nas exportações agropecuárias. Entretanto, fatores como a volatilidade cambial, as tensões comerciais entre China e Estados Unidos e as condições climáticas globais permanecem como desafios a serem acompanhados de perto.
O desempenho baiano reafirma a relevância do agronegócio como motor da economia regional e nacional, destacando-se como exemplo de inovação e resiliência em tempos de incertezas no cenário global.
Fonte: Pensar Agro
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