Agronegócio

IPPA/CEPEA: Altas de grãos, pecuária e HF influenciam avanço do IPPA/Cepea

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Cepea, 24/03/2022 – Em fevereiro, o IPPA/Cepea (Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários) avançou 3,7%, em termos nominais, frente a janeiro.  O resultado reflete as altas nominais observadas para os grupos de grãos, de pecuária e de hortifrutícolas, cujas variações mensais foram de 5,5%, 2,5% e 1,8%, respectivamente. O índice composto por cana-de-açúcar e café, por sua vez, permaneceu praticamente estável, apresentando inexpressiva variação negativa de 0,1%. Em relação aos grãos, em termos nominais, com exceção do algodão em pluma, que apresentou ligeira desvalorização na comparação mensal, os demais itens (arroz em casca, soja, trigo em grão e milho) registraram alta. Os casos do arroz em casca e da soja ganharam destaque devido à expressividade das suas variações, o que se deve ao descompasso entre oferta e demanda. Já na pecuária, houve avanço nos preços nominais do boi gordo, do leite e, principalmente, dos ovos, cuja média mensal nominal registrou novo recorde da série histórica do Cepea. Entre os hortifrutícolas, com exceção da média de valores da banana, todos os itens apresentaram avanços nos preços mensais. Chamam atenção as altas dos valores da batata e do tomate, atribuídas à redução da oferta decorrente do excesso de chuvas nas principais regiões produtoras. No caso da cana-de-açúcar e do café, que compõem um grupo específico, o resultado reflete a ligeira queda de preço nominal da cana, que prevaleceu sobre o sutil avanço observado para o café. Na mesma comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais, calculado e divulgado pela FGV, registrou alta de 0,98% – logo, de janeiro para fevereiro, os preços agropecuários subiram frente aos preços industriais da economia. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Fonte: CEPEA

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Exportações da Bahia totalizaram R$ 72,14 bilhões em 2024

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As exportações da Bahia totalizaram R$ 72,14 bilhões em 2024, um crescimento de 3,6% em relação ao ano anterior, mesmo diante de desafios globais, como a desaceleração da economia chinesa e a instabilidade nos preços das commodities. A agropecuária desempenhou papel essencial nesse resultado, contribuindo com R$ 28,42 bilhões, um aumento de 3%, mesmo com uma redução de 6,3% na produção física de grãos.

A soja e seus derivados mantiveram a liderança nas exportações agropecuárias, somando R$ 18,28 bilhões, o que representa 64,3% das vendas do setor. Apesar de uma queda de 4,2% em comparação a 2023, causada por oscilações no mercado e na demanda externa, outros produtos, como cacau, café e frutas, sustentaram o crescimento do segmento.

A China continuou como principal destino das exportações baianas, com compras de R$ 20,68 bilhões, uma alta de 4,1% em relação ao ano anterior. No total, as vendas para o bloco asiático atingiram R$ 33,88 bilhões, representando 47% das exportações do estado. Um destaque foi o aumento significativo das vendas para a Espanha, que cresceram 214,1%, totalizando R$ 3,50 bilhões, com uma pauta diversificada que incluiu soja, minério de cobre e produtos agropecuários.

A Bahia manteve sua posição como maior exportadora do Nordeste, sendo responsável por 47,2% das vendas externas da região. Esse desempenho reflete a força do agronegócio, aliada ao crescimento da indústria de transformação e da mineração, que também contribuíram para os resultados positivos.

As importações do estado, no entanto, registraram crescimento expressivo, alcançando R$ 65,69 bilhões, um aumento de 25,4% em relação a 2023. Esse avanço foi impulsionado principalmente pelas compras de combustíveis, que subiram 86% no ano, refletindo a alta demanda interna.

Para 2025, as perspectivas são otimistas. A previsão de uma safra agrícola maior que a de 2024 indica um potencial de crescimento nas exportações agropecuárias. Entretanto, fatores como a volatilidade cambial, as tensões comerciais entre China e Estados Unidos e as condições climáticas globais permanecem como desafios a serem acompanhados de perto.

O desempenho baiano reafirma a relevância do agronegócio como motor da economia regional e nacional, destacando-se como exemplo de inovação e resiliência em tempos de incertezas no cenário global.

Fonte: Pensar Agro

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