TJ RO

Magistrado criador do projeto Viveiros, em Ji-Paraná, participa de roda de conversa com liderança indígena Txai Suruí

TJ RO

Fotografia mostra roda de conversa com destaque para Txai Surui

O juiz Maximiliano Deitos, titular dos Juizados Especiais Criminais da comarca de Ji-Paraná, idealizador do projeto “Colhendo Sementes, Construindo Viveiros, Plantando Florestas”, participou da roda de conversa “Como a preservação pode contribuir para as mudanças climáticas”, na Rondônia Rural Show, com a jovem liderança indígena Txai Suruí, conhecida internacionalmente ao discursar na Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas(COP).

imagem do magistrado Maximiliano DeitosA roda de conversas foi mediada pelo coordenador da 10ª Rondônia Rural Show Internacional e secretário adjunto da Seagri, Janderson Dalazen. Contou, ainda, com a participação do representante da Funai Ji-Paraná, Leandro Arara. 

“O tema da Rondônia Rural Show é tecnologia sustentável, sendo que a mais bela tecnologia presente aqui na feira foi a construção da Maloca Indígena, que traz consigo todo o conhecimento, espiritualidade e a ancestralidade dos povos indígenas Gavião e Arara, representando as demais etnias do Estado”, disse o magistrado. A maloca foi construída com madeira apreendida e doada pelo Judiciário aos povos indígenas participantes do evento.

líder indígena Txai SuruiO magistrado levou, ainda, para a discussão na roda o tema “Projetos para os povos indígenas e suas potencialidades”, pois entende como dever de todos contribuir para um meio ambiente harmônico, pois os sinais de que o planeta está em perigo aparecem todos os dias em fenômenos que os cientistas nomearam de mudanças climáticas. O representante do Judiciário é coordenador de um projeto que propõe mudança dentro de uma iniciativa exemplar, a construção de viveiros municipais com madeiras apreendidas pelas polícias Ambiental e Rodoviária Federal. “Nós fazemos acordos com os infratores. Eles pagam uma multa, que é revertida ao projeto. Hoje, já temos doze viveiros construídos, mas com projeto de 37 e expectativa de 4 milhões de mudas ao ano”, explicou.  

O magistrado contou que não havia banco de sementes para suprir os viveiros, o que foi solucionado com a parceria com os povos indígenas da TI Rio Branco e TI Igarapé Lourdes e Embrapa-OPO, que puderam ser distribuídas aos viveiros já implantados. “Para a elaboração do projeto fui buscar nos povos indígenas parcerias para o fornecimento de sementes geneticamente saudáveis e de qualidade, gerando renda a várias etnias. Com o dinheiro das multas dos crimes ambientais nós compramos as sementes”, destacou Deitos, se colocando à disposição para novas parcerias. 

O projeto “Colhendo Sementes, Construindo Viveiros, Plantando Florestas”, ainda conta com a parceria da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ambiental, Ministério Público, ERGA/SEDAM de Ji-Paraná e Rolim de Moura, SEMMA-OPO, Unimed Centro Rondônia, Credip e prefeituras municipais da região central do Estado.

Internacional

Participantes da roda de conversa sentados em cadeiras em cima do palco.

Em sua participação na roda, o magistrado parabenizou o indígena Leandro Arara, que estava assumindo a regional da Funai. “Boa sorte, Leandro, que seu olhar traga novas parcerias com o Judiciário, pois é possível a concretização de projetos com os povos indígenas quando há confiança, capacitação e interesses mútuos”, disse.

Dirigindo-se à líder Txai Suruí, reconheceu a sua liderança mundial. “Além da exportação da castanha e do gado, hoje temos aqui na exposição o que Rondônia tem mais de internacional, a líder Txai e os nossos povos indígenas, guardiões de nossas florestas, conhecidos no mundo inteiro”, enalteceu.

“As consequências das mudanças climáticas já estão acontecendo nas cidades, sobretudo para as populações periféricas. É preciso um olhar de sustentabilidade para que haja uma mudança, caso contrário teremos de explicar para as próximas gerações”, destacou Txai.

O objetivo dos viveiros municipais corresponde a essa nova consciência, pois tem como objetivo implantar, revitalizar e fomentar a produção de mudas, a fim de restaurar áreas de lixões desativados, bem como recuperar as nascentes dos rios de bacias de abastecimento público e industrial. Também poderão ser recuperadas e reflorestadas áreas de matas ciliares, além de arborização urbana planejada.

O projeto também está em consonância com a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/81), Política Nacional de Mudanças Climática (Lei n.º 12.187/2009), Política Estadual de Governança Climática e Serviços Ambientais – PGSA no âmbito do Estado de Rondônia (Decreto Estadual nº 4.437 de 17-12-2018) e com a Política Nacional do Poder Judiciário para o Meio Ambiente (Resolução N. 433/2021, CNJ).

Assessoria de Comunicação Institucional

Fonte: TJ RO

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

TJ RO

TJRO divulga nomes de desembargadores presidente das câmaras julgadoras

Publicados

em

O Tribunal de Justiça de Rondônia designou novos presidentes para a 2ª Câmara Cível, 1ª Câmara Especial e 2ª Câmara Especial. Os novos dirigentes iniciaram suas gestões no dia 21 de dezembro de 2024, pelo período de um ano.

O ato do presidente Raduan Miguel Filho designou para a presidência da 2ª Câmara Cível o desembargador Paulo Kiyochi Mori. Já a 1ª Câmara Especial tem a continuação do desembargador Glodner Luiz Pauletto; e na 2ª Câmara Especial, foi designado o desembargador Roosevelt Queiroz Costa.

As demais unidades julgadoras da Corte Estadual continuam sem mudança nas presidências: na 1ª Câmara Criminal, quem preside é o desembargador Jorge Luiz dos Santos Leal; já na 2ª Câmara Criminal, o desembargador José Jorge Ribeiro da Luz; e na 1ª Câmara Cível, o desembargador José Antônio Robles.

As Câmaras Cíveis Reunidas são presididas pelo o desembargador Kiyochi Mori; as Criminais Reunidas têm na sua presidência o desembargador José Jorge Ribeiro da Luz, e as Câmaras Especiais Reunidas são presididas pelo desembargador Roosevelt Queiroz Costa.

O que são as Câmaras no Judiciário?

As câmaras julgadoras do Tribunal de Justiça são grupos de desembargadores responsáveis por analisar e decidir casos em segunda instância, ou seja, em situações em que uma das partes não concorda com a decisão tomada por um juiz de primeira instância. Cada câmara é composta por três ou mais desembargadores (juízes de instâncias superiores) que reavaliam as decisões do juiz de primeiro grau, podendo mantê-las, alterá-las ou até anulá-las.

Assessoria de Comunicação Institucional

Fonte: TJ RO

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

POLÍCIA

RONDÔNIA

PORTO VELHO

POLÍTICA RO

MAIS LIDAS DA SEMANA