Agronegócio

Mercado de boi gordo continua com tendência de forte valorização e anima o setor

Agronegócio

O mercado de boi gordo em São Paulo segue em forte valorização, refletindo a escassez de oferta de animais prontos para o abate. Nesta quarta-feira (16.10), o preço da arroba atingiu R$ 300 nas principais praças pecuárias do estado, como Barretos e Araçatuba, registrando um aumento de 1,01% em comparação ao dia anterior, conforme dados da Scot Consultoria. O acumulado de outubro já mostra um incremento de R$ 29 por arroba, o equivalente a uma alta de 11,2% no mês.

Essa elevação de preços está diretamente relacionada à queda na oferta de pastagens, agravada pela seca que afeta diversas regiões do Brasil. Com pastos em menor qualidade, os pecuaristas têm evitado o envio de fêmeas para o abate, restringindo ainda mais a oferta de animais. A demanda, no entanto, permanece firme, tanto no mercado interno quanto no externo, o que tem contribuído para a alta no preço da arroba.

Apesar da atual escassez, o volume de abates no Brasil continua elevado em termos anuais. No primeiro semestre de 2024, foram abatidas 19,3 milhões de cabeças, um aumento de 21% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Esse ritmo foi mantido em parte pela alta demanda internacional, com as exportações de carne bovina acumulando crescimento de 33,7% entre janeiro e setembro, totalizando 2,4 milhões de toneladas, segundo a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). A expectativa da entidade é que 35% da produção nacional de carne seja destinada ao mercado externo este ano, superando a média histórica de 20%.

Os preços de reposição também seguem em alta. Segundo o indicador do Cepea, o valor do bezerro negociado em Mato Grosso do Sul chegou a R$ 2.159,54 na terça-feira (15/10), representando um aumento de 0,8% em relação ao dia anterior e de 1,28% no acumulado do mês. Em setembro, a valorização foi de 4,6%. A alta nos preços dos bezerros reflete a dificuldade dos pecuaristas em garantir a reposição de animais, o que impacta diretamente o custo de produção e mantém a arroba do boi gordo em patamares elevados.

Com a oferta restrita e uma demanda sólida, tanto interna quanto externa, as expectativas são de que os preços da arroba bovina permaneçam elevados nas próximas semanas, com o mercado atento à influência dos fatores climáticos e à reposição dos rebanhos.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Mato Grosso do Sul faz balanço positivo do setor agrícola em 2024

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O Mato Grosso do Sul apresentou um balanço dos desafios e avanços do agronegócio em 2024, que ajudaram a fortalecer a posição do Estado como um dos pilares da economia brasileira. Mesmo com adversidades climáticas e mercadológicas que impactaram as principais lavouras, o estado registra conquistas importantes que consolidam sua relevância no cenário nacional e internacional.

Segundo informações da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) e do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCGO) o Valor Bruto da Produção (VBP) estadual foi estimado em R$ 69,32 bilhões ano passado (os números finais ainda não foram fechados), sendo R$ 45,86 bilhões provenientes da agricultura e R$ 24,16 bilhões da pecuária. Apesar de uma retração de 23,2% no VBP total em relação a 2023, a pecuária deve apresentar crescimento de 4,9%, destacando-se como um dos segmentos mais resilientes do setor, segundo as estimativas dos especialistas.

Setor Agrícola: Desafios e Perspectivas A soja, principal produto da agricultura sul-mato-grossense, foi diretamente afetada por condições climáticas adversas e pela desvalorização no mercado internacional, contribuindo para a queda nas exportações, que somaram US$ 2,8 bilhões em 2024. No entanto, o milho consolidou seu papel estratégico com avanços significativos na produção de etanol e na manutenção do consumo interno, equilibrando os impactos negativos.

Pecuária: Crescimento e Sustentação A pecuária de corte manteve sua relevância, beneficiando-se da reabertura de mercados importantes, como a China e a União Europeia, e contribuindo para um aumento de 8% nas exportações de carne bovina. O segmento de suínos também registrou avanços expressivos, com crescimento de 20% na produção estadual, impulsionado por investimentos em defesa sanitária e expansão de cooperativas. A inauguração de uma Unidade de Disseminação de Genes no estado reforça a busca por maior eficiência e qualidade na produção.

Setor Florestal: Expansão e Liderança O estado manteve-se como o maior produtor e exportador de celulose do Brasil, com um aumento de 77,3% na receita do setor em 2024. A possível instalação de uma nova indústria de grande porte reforça o potencial de atrair investimentos e gerar empregos, consolidando Mato Grosso do Sul como referência no mercado global de celulose.

Exportações: Diversificação e Protagonismo As exportações do agronegócio somaram US$ 9,5 bilhões em 2024, abrangendo 147 países. A China manteve-se como principal destino, seguida pelos Estados Unidos e países europeus. A diversificação de mercados, aliada à expectativa de um acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, promete impulsionar ainda mais as relações comerciais do estado.

Sustentabilidade e Inovação Com ações voltadas à adoção de boas práticas agrícolas e avanços tecnológicos, o setor agropecuário de Mato Grosso do Sul reafirma seu compromisso com a sustentabilidade e a produção responsável. Essa combinação de resiliência, planejamento estratégico e colaboração entre os diversos atores do agronegócio projeta um futuro de crescimento consolidado e oportunidades para o estado.

Fonte: Pensar Agro

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