Brasil
Novozymes doa 100 computadores para crianças e adolescentes
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Incentivar o estudo, a cultura e a pesquisa é uma das propostas das atividades sociais da Novozymes, multinacional dinamarquesa que atua no segmento da biotecnologia (enzimas e microrganismo), Marista Escola Social Ecológica que atende gratuitamente mais de 300 crianças e adolescentes. Neste ano, a empresa está doando cerca de 100 laptops para os alunos da escola.
O objetivo é contribuir para que essas crianças e adolescentes, em situação de vulnerabilidade social, com o conhecimento, a pesquisa e o estudo possam mudar o jeito como enxergam a si mesmas e a comunidade onde vivem. “Reunimos nossos recursos, em uma grande ação social da empresa, para oportunizar que esses jovens possam se desenvolver e estar mais conectados com o mundo globalizado. O conhecimento e o acesso à pesquisa podem fazer muita diferença no mundo”, destaca William Yassumoto, presidente Regional da Novozymes Latin América. “Esperamos que esse seja um incentivo e uma ajuda para que consigam desenvolver seus estudos principalmente nessa nova etapa, de grandes transformações pelas quais todos estamos passando”, completa o presidente.
Impacto da pandemia
O acompanhamento da Escola durante a pandemia da covid-19 faz com que os alunos possam receber os materiais de diversas maneiras. “Nos cercamos de muito diálogo com as famílias, oferecendo entregas presenciais de atividades com hora marcada, atividades online e até via redes sociais, já que muitos adolescentes têm o acesso ilimitado de internet somente no celular”, explica Gillys Vieira da Silva, diretora do Marista Escola Social Ecológica.
A doação dos computadores vai beneficiar o acesso desses adolescentes as atividades remotas. “Vamos monitorar por meio de indicadores de aprendizagem, fizemos uma análise de todas as famílias para falarmos desse acesso com qualidade. Com os notebooks os estudantes terão acesso maior na nossa plataforma, o que com certeza impactar a rotina e também a aprendizagem”, reforça.
Boa ação que transforma
Franciele Souza Santos Cechelero, mãe do aluno Pedro Henrique do 9º ano, comenta que esse é mais um incentivo para a motivação para os estudos. “Ajudou demais recebermos os computadores. O Pedro estudava com as atividades impressas e o celular, que nós sabemos que tem problemas, por travar, ter tela menor, a voz às vezes saia muito baixa e ele não conseguia conversar com os professores da melhor maneira. Agora com o computador ele tem o acesso à plataforma, a tela é maior e ajuda na aula diária. Ele está mais motivado a estudar. O Marista Escola Social Ecológica é fundamental no desenvolvimento dele como aluno, sou muito grata”. Pedro Henrique, 14 anos, concorda: “Está me ajudando a fazer as tarefas, celular travava muito, ainda mais em dia que tinha muitas atividades. Agora com o computador mudou tudo, podemos ver os professores, as aulas com muito mais tranquilidade. Quero ser jogador de futebol no futuro, mas sem deixar de estudar para ser alguém na vida”.
Projeto Inspirar
Esta ação faz parte do Projeto Inspirar, anunciado pela Novozymes em 2019. O objetivo do projeto é permitir que a empresa possa inspirar colaboradores e comunidade, ao disponibilizar recursos que visam contribuir com o enfrentamento de crises locais e também estimular que os colaboradores da empresa usem pelo menos 1% do seu tempo de trabalho em atividades que possam causar algum impacto positivo na sociedade.
Brasil
STF retoma julgamento sobre responsabilidade de redes por conteúdos
Ministro Dias Toffoli conclui leitura de seu voto
O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quarta-feira (4) o julgamento dos processos que tratam da responsabilidade das empresas que operam as redes sociais sobre o conteúdo ilegal postado pelos usuários das plataformas.
O julgamento começou na semana passada e ainda não há placar de votação formado. Somente o ministro Dias Toffoli, relator de um dos processos, iniciou a leitura de seu voto, que deve ser finalizado na sessão de hoje. Mais dez ministros vão votar sobre a questão.
A Corte discute a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014), norma que estabeleceu os direitos e deveres para o uso da internet no Brasil.
De acordo com o artigo 19, “com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura”, as plataformas só podem ser responsabilizadas pelas postagens ilegais feitas por seus usuários se, após ordem judicial, não tomarem providências para retirar o conteúdo.
Na semana passada, representantes das redes sociais defenderam a manutenção da reponsabilidade somente após o descumprimento de decisão judicial, como ocorre atualmente. As redes socais sustentaram que já realizam a retirada de conteúdos ilegais de forma extrajudicial, que o eventual monitoramento prévio configuraria censura.
Por outro lado, os ministros Alexandre de Moraes e Dias Toffoli já sinalizaram que devem se manifestar a favor de balizas para obrigar as redes sociais a retirarem conteúdos ilegais de forma mais rápida.
Para Moraes, os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 demonstraram a “falência” do sistema de autorregulação das redes sociais .
Dias Toffoli afirmou que o Marco Civil da Internet deu imunidade para as plataformas digitais.
Entenda
O plenário do STF julga quatro processos que discutem a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet.
Na ação relatada pelo ministro Dias Toffoli, o tribunal julga a validade da regra que exige ordem judicial prévia para responsabilização dos provedores por atos ilícitos. O caso trata de um recurso do Facebook para derrubar decisão judicial que condenou a plataforma por danos morais pela criação de um perfil falso de um usuário.
No processo relatado pelo ministro Luiz Fux, o STF discute se uma empresa que hospeda um site na internet deve fiscalizar conteúdos ofensivos e retirá-los do ar sem intervenção judicial. O recurso foi protocolado pelo Google.
A ação relatada por Edson Fachin discute a legalidade do bloqueio do aplicativo de mensagens WhatsApp por decisões judiciais e chegou à Corte por meio de um processo movido por partidos políticos.
A quarta ação analisada trata da suspensão do funcionamento de aplicativos diante do descumprimento de decisões judiciais que determinam a quebra do sigilo em investigações criminais.
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