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Cepea, 18/02/2022 – Nesta edição, confira:

Preço do leite captado em janeiro pode subir frente à oferta limitada
Desde setembro de 2021, observa-se que o enfraquecimento do consumo por lácteos tem ditado os movimentos de preços para toda cadeia produtiva. As consecutivas quedas nos valores dos derivados nas negociações entre indústrias e canais de distribuição vêm sendo transmitidas também para o produtor no campo. O último dado fechado pelo Cepea mostra que o preço do leite captado em dezembro/21 e pago aos produtores em janeiro/22 chegou a R$ 2,1093/litro na “Média Brasil” líquida, recuos de 1,1% em relação ao mês anterior e de 6,1% frente ao mesmo período de 2021, em termos reais (deflação pelo IPCA de janeiro/22). Contudo, pesquisas ainda em andamento do Cepea apontam para a inversão desta tendência dos preços a partir da captação realizada em janeiro. 

Com demanda enfraquecida, setor recorre às promoções para garantir liquidez em janeiro
Os preços do leite UHT e do queijo muçarela recuaram no primeiro mês de 2022 no atacado de São Paulo. Segundo pesquisas realizadas pelo Cepea com o apoio da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), os preços médios fecharam em R$ 3,18/litro para o leite longa vida e em R$ 24,12/kg para a muçarela, 0,6% e 2,2% inferiores ao observado no mês anterior. Em relação ao mesmo período de 2021, as desvalorizações foram de 4,33% e 7,72%, respectivamente, em termos reais (valores deflacionados pelo IPCA de janeiro/22). 

Ano se inicia com baixa nas importações de lácteos
2022 começou com baixa na aquisição brasileira de derivados lácteos. As reduções no volume importado foram de 23,3% de dezembro/21 a janeiro/22 e de 51,6% em relação a janeiro/21, com total de 8,7 mil toneladas no primeiro mês do ano – segundo dados da Secex. O recuo das importações está atrelado à baixa demanda do mercado interno, visto que o poder de compra da maioria dos brasileiros permanece enfraquecido. Ademais, os altos patamares de preços negociados no mercado internacional desestimularam a compra de lácteos. 

Aumento no custo e queda na receita pressionam margens em janeiro
No primeiro mês de 2022, os custos de produção da pecuária leiteira avançaram, enquanto a receita recuou, cenário que pressionou as margens de produtores. O COE (Custo Operacional Efetivo) avançou 1,68% em janeiro na “Média Brasil” (BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP). Os grupos de custos que mais influenciaram essa alta no primeiro mês de 2022 foram os Suplementos Mineiras Minerais, com elevação de 2,54%, seguido dos Medicamentos Antibióticos (+ 2,35%), Adubos e Corretivos (+0,89%) e Concentrados (+0,57%). 

Fonte: CEPEA

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MS dá prazo para declaração da área plantada de soja

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Os produtores rurais de Mato Grosso do Sul têm até o dia 10 de janeiro próximo para declarar as áreas plantadas com soja da safra 2024/25. A obrigatoriedade foi reforçada pela Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), que destacou a importância do cadastro no combate à ferrugem asiática, a principal ameaça à cultura da soja no Brasil.

Neste ciclo, a área plantada com soja no estado deve crescer 6,8% em comparação à safra anterior, alcançando 4,501 milhões de hectares, de acordo com dados do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga-MS). A produtividade estimada é de 51,7 sacas por hectare, com expectativa de produção total de 13,977 milhões de toneladas, baseada na média dos últimos cinco anos.

O diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold, destacou a gravidade da ferrugem asiática, que pode causar perdas de até 90% na produção. “Por isso o registro é obrigatório e deve ser realizado pelo site da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), sem custos para os agricultores”, enfatizou Ingold. A medida também complementa o calendário fitossanitário e o período de vazio sanitário, ambos essenciais para prevenir a propagação da doença.

A semeadura da soja no Mato Grosso do Sul teve início em 16 de setembro e segue até 31 de dezembro, respeitando o calendário estabelecido para garantir a sanidade da lavoura. Esse planejamento permite que os produtores mantenham altos índices de produtividade e reduzam os riscos de perdas causadas por pragas e doenças.

O cadastro da área plantada não é apenas uma exigência burocrática, mas também uma ferramenta estratégica para o agronegócio de Mato Grosso do Sul. Além de contribuir para a proteção das lavouras, ele permite um monitoramento mais eficiente por parte das autoridades e fortalece o setor como um todo. Os agricultores interessados podem realizar a declaração de forma simples e gratuita no site da Iagro.

Com o crescimento na área plantada e perspectivas positivas para a produção, o estado reafirma sua relevância no cenário nacional e internacional da soja. A colaboração entre produtores e entidades é essencial para manter a competitividade e enfrentar os desafios do setor.

Para fazer sua declaração clique aqui

Fonte: Pensar Agro

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