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Ponte do Abunã: balsas danificam estruturas e podem atrasar obras

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Em menos de 90 dias, a colisão de balsas da empresa que explora a travessia colidiu e derrubou estacas destinadas ao apoio das fundações da ponte.

 

Dois acidentes seguidos em menos de 90 dias das balsas que fazem a travessia do rio Madeira, na BR-364, distrito de Abunã, derrubaram uma das chamadas “estacas raiz” destinadas ao apoio das fundações da ponte e comprometerem a segurança de outras duas. O material danificado pelas balsas da empresa Rodonave Navegações teve que ser substituído pela Arteleste Construções, que executa o projeto da ponte e que, além dos prejuízos materiais, poderá ter atrasado o cronograma da obra. Ambos os casos foram relatados à Marinha para abertura de inquérito e apuração das responsabilidades. Mas o resultado ainda não foi divulgado.

A informação é do superintendente do DNIT RO/AC, engenheiro Fabiano Martins Cunha, que disse estar muito preocupado com os acontecimentos, especialmente porque enquanto a empresa responsável e os usuários da rodovia são gravemente penalizados com os atrasos das obras, a Rodonave só tem a festejar pelo menos mais tempo de elevado faturamento no serviço de travessia. Seria evidentemente precipitada a atribuição de responsabilidade à Rodonave, pelo menos enquanto não for concluído o inquérito da Marinha, mas é inegável que isso beneficia largamente o faturamento da empresa.

Fabiano Cunha lembrou que a Rodonave recorreu inclusive ao judiciário em ação possessória com pedido de liminar para paralisar a obra. Seus advogados argumentaram que a empresa Arteleste Construções Ltda., invadiu propriedade privada com seu maquinário e executou desmatamento de reserva florestal sem o conhecimento e autorização do autor para instalação do canteiro de obras. Suas pretensões foram barradas pelo juiz Flávio Fraga e Silva, da 2ª Vara Federal, que não apenas indeferiu o pedido como determinou a transformação da ação possessória inicial em ação de desapropriação indireta. Os advogados já haviam tentado antes, sem sucesso, convencer o superintendente do DNIT da necessidade de paralisar a obra. Como não conseguiram, foram bater no Judiciário de onde saíram igualmente frustrados.

É claro que não se pode afirmar que os seguidos problemas operacionais de suas balsas e rebocadores em tão curto espaço de tempo seja nova investida para evitar ou pelo menos retardar ao máximo o fim do pedágio milionário cobrado pela travessia do rio. Vale lembrar que o movimento de veículos na região de Abunã é infinitamente superior ao que era registrado na ponte da BR-319 em Porto Velho. E os problemas ali enfrentados em decorrência das ações atribuídas aos proprietários das balsas são lembrados até hoje. Chegou-se ao absurdo de apenas ter sido possível a retirada total dos moradores dos barracos, irregularmente plantados na faixa de domínio do DNIT, para o excelente condomínio construído para eles no outro lado do rio em função da enchente do Madeira.

Não se pode, a priori, apontar o dedo acusador na direção da Rodonave. Mas não convém esquecer que a paralisação da obra, por obra do destino ou por acontecimentos no mínimo intrigantes como os registrados em Abunã é altamente favorável a seus interesses. O primeiro acidente ocorreu por volta de três da manhã do dia 28 de fevereiro. A imensa balsa chocou-se violentamente com o cabo de aço que segurava a balsa da Arteleste, fazendo desmoronar a camisa metálica da estaca 2. Operadores da balsa da Rodonave informarem ter havido uma pane elétrica ou falha no motor do rebocador, o que deixou a embarcação à deriva e ocasionou o choque. O segundo acidente aconteceu no final do expediente do dia 25 de maio, por volta das 17h45m. A balsa “Olívia”, conduzida pelo rebocador “Cesar”, da Rodonave, “desgovernou-se” e bateu em duas outras estacas de apoio das fundações da ponte, danificando-as.

Até os horários nos quais aconteceram os acidentes levantam suspeitas. Se ocorressem durante o dia, em horário de grande movimento, eles poderiam resultar em vítimas, com investigação policial e grande repercussão, o que não é, claro, nada interessante. O certo é que pelo sim, pelo não, a população e as autoridades de Rondônia e Acre devem estar atentas, pois uma nova ocorrência poderá comprometer o cronograma da obra para além da janela hidrológica do verão amazônico, com nova cheia do rio. É possível dar prosseguimento aos trabalhos mesmo após a elevação das águas. Mas seria muito mais caro. E demorado. Tudo, afinal, que a Rodonave adoraria ver.

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Missões estratégicas e humanitárias marcam ações de proteção e resgate em 2024

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O CBMRO recebeu reforço significativo com a incorporação dos aviões Air Tractor no combate aos incêndios florestais nos parques de Rondônia 

O ano de 2024 foi marcado por avanços nas atividades desenvolvidas pelo Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia (CBMRO). A corporação se destacou pela ampliação da infraestrutura, modernização tecnológica, capacitação de equipes e operações marcantes em diferentes frentes.

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, os investimentos em equipamentos, estruturas e capacitações fazem a diferença no atendimento aos rondonienses, garantindo mais proteção para população.

Em 2024, o CBMRO realizou mais de 20 mil atendimentos, incluindo emergências urbanas e desastres naturais. Apostando em inovação, foram adquiridas viaturas especializadas, drones e equipamentos de resgate de alta performance. Essas ferramentas aumentaram a eficiência e segurança das operações, especialmente no combate a incêndios e em situações de resgate em áreas de difícil acesso.

Foram mais de 20 mil atendimentos em 2024, incluindo emergências urbanas e desastres naturais

PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

O planejamento estratégico da Corporação durante o período desafiador dos incêndios florestais resultou em uma redução significativa dos focos de incêndio criminosos em áreas críticas como Guajará-Mirim, Pimenta Bueno e Costa Marques. O helicóptero Falcão 2, equipado com o sistema Bambi Bucket com capacidade de arrebatar 450 litros d’água, desempenhou papel essencial no combate aéreo.

O governo de Rondônia contratou ainda 800 horas de voos das aeronaves especializadas, cada uma com capacidade para despejar 2 mil litros de água em cada lançamento. Um reforço significativo com a incorporação dos aviões Air Tractor no combate aos incêndios florestais no Parque Estadual Guajará-Mirim e Estação Ecológica Soldado da Borracha, no município de Cujubim.

EQUIPAMENTOS E INFRAESTRUTURA

Entre os avanços, está a inauguração da Torre de Salvamento em Altura

Dentre os avanços no ano, está a inauguração da Torre de Salvamento em Altura, um equipamento pioneiro que amplia o padrão de treinamento dos bombeiros nas operações em locais elevados. Também foi entregue o novo Centro de Ensino da Corporação, considerado referência para a formação e qualificação dos militares.

A expansão da infraestrutura contemplou, ainda, a entrega do quartel do 3º Subgrupamento de Bombeiros Militar (2º SGBM) e o início da construção de duas novas unidades: o 4º Grupamento de Bombeiros Militar (4º GBM), em Pimenta Bueno, e o Quartel de Buritis. As melhorias ampliam o alcance operacional da instituição em regiões estratégicas.

VALORIZAÇÃO

A formação continuada também foi evidenciada em 2024. A participação dos servidores em cursos nacionais e internacionais, abordando temas como combate a incêndios florestais e resgates complexos, resultou em uma tropa ainda mais qualificada e preparada para os desafios.

Missão humanitária atendeu as vítimas de enchentes no Rio Grande do Sul

MISSÃO HUMANITÁRIA

Um dos momentos mais marcantes de 2024 foi a missão humanitária realizada pelo governo de Rondônia para atender às vítimas de enchentes no estado do Rio Grande do Sul. Pela primeira vez, o CBMRO atuou fora do estado. A equipe realizou 553 atendimentos diários, incluindo resgates, transporte aeromédico e distribuição de donativos.

O governo enviou, por meio do CBMRO, viaturas, embarcações, drones e outros equipamentos de salvamentos, necessários para atuação em situações de desastres. Para compor as equipes da Força-Tarefa, foram designados militares de todo estado. Durante a operação foram utilizadas uma aeronave “Caravan”, quatro caminhonetes e duas embarcações.

As equipes foram compostas por:

Governo de Rondônia entregou 52 medalhas para os participantes da ação humanitária

  • Dois binômios;
  • Dois pilotos;
  • Dois copilotos;
  • Dois operadores aerotáticos;
  • Um enfermeiro;
  • Dois médicos; e
  • Demais militares especialistas em salvamento terrestre.

No retorno a Rondônia, o governo do estado entregou 52 medalhas para os participantes da ação humanitária. Segundo o comandante-geral do CBMRO, coronel BM Nivaldo de Azevedo Ferreira, a operação demonstrou a capacidade técnica e a solidariedade dos bombeiros de Rondônia. “Foi uma missão desafiadora e histórica para nossa corporação. Mostramos que estamos preparados para atuar não apenas em Rondônia, mas em qualquer lugar onde nossa ajuda seja necessária”, afirmou.

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Fonte: Governo RO

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