Os desembargadores Sérgio Fernandes Martins, Vladimir Abreu da Silva, Alexandre Aguiar Bastos, Sideni Soncini Pimentel e Marcos José de Brito Rodrigues foram afastados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) na manhã dessa quinta-feira (24) por suspeita de corrupção e venda de sentenças.

Segundo a Polícia Federal, entre os crimes cometidos pelo grupo estão: lavagem de dinheiro, extorsão, falsificação; organização criminosa. Os afastamentos foram determinados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que também autorizou a Polícia Federal a cumprir, com apoio da Receita Federal, 44 mandados de busca e apreensão contra eles.

Veja quem são os 5 desembargadores:

O primeiro nome alvo da operação deflagrada nesta manhã, foi do presidente eleito para comandar o TJMS a partir de 2025, Sideni Soncini Pimentel. Ele é juiz de carreira e chegou ao cargo de desembargador por antiguidade em 2008, o critério consiste na valorização da longevidade profissional do magistrado.

Sideni Soncini Pimentel | FOTO: Reprodução

Sérgio Fernandes Martins é o atual presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS). Ele ingressou na magistratura como desembargador em 2007, por meio de vaga do Quinto Constitucional. O magistrado é formado em Ciências Jurídicas e Sociais na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1982.

Sérgio Fernandes Martins | FOTO: Reprodução

Vladimir Abreu também está na lista dos desembargadores envolvidos no esquema de venda de sentenças. Ele é juiz de carreira, e ingressou na magistratura como juiz substituto na comarca de Campo Grande, em 1986. O magistrado foi promovido por merecimento ao cargo de desembargador, em 2008.

Vladimir Abreu | FOTO: Reprodução

Alexandre Aguiar Bastos é pós-graduado em Direito Constitucional pela Pontifícia Universidade Católica/Escola Superior de Advocacia (PUC/ESA). Ele foi juiz substituto do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul no biênio (2010/2012) e empossado a desembargador em 2016 em vaga proveniente da OAB.

Alexandre Aguiar Bastos | FOTO: Reprodução

Marcos José de Brito Rodrigues é natural de Campo Grande, juiz de carreira e iniciou na magistratura como juiz substituto, em 1988. Assumiu como desembargador em 2012, promovido por merecimento.

Marcos José de  Brito | FOTO: Reprodução

Monitoramento

Os magistrados terão que usar tornozeleira eletrônica e estão proibidos de acessarem as dependências dos órgãos públicos e de se comunicarem com outras pessoas investigadas. 

Outros servidores afastados

Também foram afastados o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Osmar Domingues Jeronymo e o sobrinho dele, também servidor do TJ-MS, Danillo Moya Jeronymo.