Brasil
Real valorizou-se quase 20% sobre o boliviano desde o inicio do ano
Brasil
A valorização da moeda nacional reflete diretamente a população que residem nas fronteiras do pais, caso explicito do Brasil com a Bolívia.
No inicio de janeiro, o cambio do Real sobre o Dólar Americano era de 1,2372, foi umas das menores cotações desde março de 2021. No entanto, nesta Segunda-Feira, 18, a cotação fechou em 1,4828, são 19,84% de valorização desde o inicio do ano.
Em uma lista das moedas dos dez principais países emergentes, o real foi a terceira que mais se valorizou frente ao dólar americano em aproximadamente 1 mês desde o início da guerra na Ucrânia. É o que aponta levantamento feito pela Economatica, a pedido do InvestNews, que compara o desempenho das moedas entre os dias 24 de fevereiro e 22 de março.
Em primeiro e segundo lugar do ranking aparecem Colômbia e África do Sul, respectivamente. Veja abaixo:
Quando o Real se valoriza referente ao Dólar Americano, automaticamente irá se valorizar referente a moeda Boliviana e as demais moedas existentes no mundo. Isto acontece porque as outras moedas também tem sua derivação com referencia no Dólar Americano que até o momento, é considerado a moeda mais importante no mundo.
Gustavo Cruz, economista e estrategista da RB Investimentos, diz que esses movimentos são correlacionados. Para ele, os entre os motivos principais está o fato de as economias avançadas terem dado sinais de desaceleração. Isso faz com que gestores passem a buscar oportunidades em economias emergentes.
“O Brasil é um dos países a se destacar, dado que começou a fazer o aperto monetário (elevação dos juros) bem antes, mas Colômbia e África do Sul também estão em processo de elevação de taxa de juros e vão continuar, já que a inflação voltou a subir de forma considerável nesses países”, afirma Cruz.
Há ainda a própria questão da guerra na Ucrânia. Cruz lembra que, após a invasão russa na Ucrânia, há um fluxo natural de investidores para outros mercados emergentes, já que a Rússia ficou com a bolsa de valores fechada, foi retirada dos principais índices globais, além de ter passado por rebaixamento de agências de classificação de risco.
Referencias: InvestNews / TradingView
Brasil
STF retoma julgamento sobre responsabilidade de redes por conteúdos
Ministro Dias Toffoli conclui leitura de seu voto
O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quarta-feira (4) o julgamento dos processos que tratam da responsabilidade das empresas que operam as redes sociais sobre o conteúdo ilegal postado pelos usuários das plataformas.
O julgamento começou na semana passada e ainda não há placar de votação formado. Somente o ministro Dias Toffoli, relator de um dos processos, iniciou a leitura de seu voto, que deve ser finalizado na sessão de hoje. Mais dez ministros vão votar sobre a questão.
A Corte discute a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014), norma que estabeleceu os direitos e deveres para o uso da internet no Brasil.
De acordo com o artigo 19, “com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura”, as plataformas só podem ser responsabilizadas pelas postagens ilegais feitas por seus usuários se, após ordem judicial, não tomarem providências para retirar o conteúdo.
Na semana passada, representantes das redes sociais defenderam a manutenção da reponsabilidade somente após o descumprimento de decisão judicial, como ocorre atualmente. As redes socais sustentaram que já realizam a retirada de conteúdos ilegais de forma extrajudicial, que o eventual monitoramento prévio configuraria censura.
Por outro lado, os ministros Alexandre de Moraes e Dias Toffoli já sinalizaram que devem se manifestar a favor de balizas para obrigar as redes sociais a retirarem conteúdos ilegais de forma mais rápida.
Para Moraes, os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 demonstraram a “falência” do sistema de autorregulação das redes sociais .
Dias Toffoli afirmou que o Marco Civil da Internet deu imunidade para as plataformas digitais.
Entenda
O plenário do STF julga quatro processos que discutem a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet.
Na ação relatada pelo ministro Dias Toffoli, o tribunal julga a validade da regra que exige ordem judicial prévia para responsabilização dos provedores por atos ilícitos. O caso trata de um recurso do Facebook para derrubar decisão judicial que condenou a plataforma por danos morais pela criação de um perfil falso de um usuário.
No processo relatado pelo ministro Luiz Fux, o STF discute se uma empresa que hospeda um site na internet deve fiscalizar conteúdos ofensivos e retirá-los do ar sem intervenção judicial. O recurso foi protocolado pelo Google.
A ação relatada por Edson Fachin discute a legalidade do bloqueio do aplicativo de mensagens WhatsApp por decisões judiciais e chegou à Corte por meio de um processo movido por partidos políticos.
A quarta ação analisada trata da suspensão do funcionamento de aplicativos diante do descumprimento de decisões judiciais que determinam a quebra do sigilo em investigações criminais.
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