Agronegócio

Senar-RS levará oficinas de Operação de Drones para Abertura da Colheita do Arroz

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Manter-se competitivo na agricultura e na pecuária, aumentando qualidade e produtividade, exige modernização. E uma das ferramentas tecnológicas mais versáteis para auxiliar os produtores são os drones. Esses veículos aéreos podem ser empregados em diversas funções – da pulverização ao levantamento altimétrico, passando pela contagem de cabeças de gado e árvores no pomar, além da verificação de danos e pragas.

Para ampliar o interesse dos produtores sobre essa possibilidade, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS) realizará oficinas diárias durante a 32ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, que ocorrerá de 16 a 18 de fevereiro, em Capão do Leão (RS).

Conforme o agrônomo e Técnico em Formação Profissional Rural Henrique Padilha, a oficina Drone na Agricultura é uma pequena amostra do curso Operação de Drones, oferecido regularmente pelo Senar-RS. Na Abertura da Colheita, a atividade será realizada quatro vezes por dia, com duração de 30 minutos de ações teóricas e práticas.

“Nos primeiros 15 minutos, o instrutor vai apresentar as possibilidades de uso do drone e como isso pode ajudar o produtor rural. Na segunda metade, ele fará o planejamento do plano de voo e a demonstração prática do uso do equipamento realizando a captação de imagens aéreas”, explica Padilha.

Seguindo um ditado que diz que “é o olho do dono que engorda a boiada”, William Maas, produtor rural em Candelária, fez o curso em 2020. Segundo ele, o uso do aparelho torna o trabalho nas lavouras de arroz e soja muito mais prático.

“Dá para detectar falhas de plantio, alguma doença na cultura, se furou uma taipa. Com as imagens em tempo real, posso ver se há algum problema sem ficar me deslocando. Hoje, passo o dia de um lado e para outro na lavoura para ver se está tudo bem. Com o drone, posso saber da situação e tomar uma decisão mais rápido”, valoriza Maas.

O evento

O Senar-RS levará à Estação Experimental Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado – que sediará a Abertura Oficial da Colheita do Arroz -, uma estrutura própria para atendimento aos produtores rurais. Na unidade móvel da instituição, técnicos vão prestar informações e tirar dúvidas sobre cursos e programas oferecidos.

Em 2022, o evento terá como tema “A produção de alimentos no pós-pandemia. novos patamares, novos desafios”, terá atividades presenciais e on-line, além das tradicionais vitrines tecnológicas, feira, palestras e debates, homenagens e ato da Abertura Oficial. Informações e inscrições podem ser obtidas pelo aplicativo Colheita do Arroz ou no site www.colheitadoarroz.com.br.

Oficina Drone na Agricultura

Quando: dias 16, 17 e 18 de fevereiro de 2022

Horários: 10h, 11h, 14h e 15h

Onde: Espaço Senar na Abertura Oficial da Colheita do Arroz, na Estação Experimental Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado (Av. Eliseu Maciel, s/nº,  Capão do Leão)

Inscrições: no local

Fonte: CNA Brasil

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Agronegócio

Ponte desaba e expõe gargalos logísticos para o escoamento da safra

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O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, no último domingo (22.12), trouxe à tona os problemas crônicos da infraestrutura logística brasileira. A estrutura, que conectava os municípios de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), desmoronou sobre o rio Tocantins, provocando uma tragédia com uma morte confirmada e pelo menos 14 pessoas desaparecidas. Caminhões que transportavam ácido sulfúrico e herbicidas também caíram no rio, levando as prefeituras a emitirem alertas sobre contaminação da água.

O acidente ocorre em um momento crítico para o agronegócio nacional. O Brasil deve alcançar uma safra recorde de 322,53 milhões de toneladas de grãos em 2024/25, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Este aumento de 8,2% em relação à safra anterior reflete o crescimento da produção de soja e milho, mas evidencia os desafios logísticos de um setor cada vez mais pressionado por gargalos estruturais.

A ponte Juscelino Kubitschek estava localizada na região do Matopiba, uma das áreas de maior crescimento do agronegócio no Brasil, englobando os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Nos últimos dez anos, a produção de grãos na região aumentou 92%, saltando de 18 milhões de toneladas em 2013/14 para 35 milhões em 2024.

Essa expansão, no entanto, tem sobrecarregado a infraestrutura local. O intenso tráfego de cargas pesadas, principalmente de fertilizantes e grãos, contribuiu para o desgaste da ponte, que já apresentava rachaduras e denúncias de negligência na manutenção.

Além de afetar a segurança da população, o desabamento representa um entrave significativo ao escoamento da safra. Os portos do Arco Norte, responsáveis por 35,1% das exportações de grãos em outubro de 2024, são fundamentais para o agronegócio brasileiro. A interdição da ponte pode impactar negativamente a logística de transporte para esses portos, aumentando custos e atrasos.

O transporte de fertilizantes também está em alta, com as importações alcançando 4,9 milhões de toneladas em outubro, um crescimento de 5,9% em relação ao mês anterior. Essa demanda reforça a necessidade de investimentos em infraestrutura para evitar colapsos como o ocorrido no rio Tocantins.

Entidades do agronegócio, como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), destacam que episódios como este evidenciam a urgência de investimentos em infraestrutura. “O crescimento do agronegócio brasileiro depende diretamente de uma logística eficiente. A tragédia no rio Tocantins é um alerta para a necessidade de modernização das rotas de transporte e manutenção das estruturas existentes”, afirma a CNA em nota.

O Ministério dos Transportes já anunciou a abertura de uma sindicância para investigar o desabamento e prometeu reconstruir a ponte em 2025. Enquanto isso, o setor agropecuário pede soluções imediatas, como rotas alternativas e a implementação de medidas para mitigar os impactos sobre a logística da safra.

Embora críticas à expansão do agronegócio tenham ganhado destaque após o acidente, é crucial equilibrar o debate. O setor é um pilar da economia nacional, responsável por 25% do PIB e por grande parte das exportações brasileiras. Investir em infraestrutura adequada e eficiente não é apenas uma questão de atender às demandas do agronegócio, mas de assegurar que o crescimento econômico venha acompanhado de segurança, sustentabilidade e benefícios para toda a sociedade.

O desafio agora é transformar essa tragédia em um ponto de virada, priorizando investimentos estratégicos que garantam a competitividade do agronegócio no mercado global, sem negligenciar a segurança das comunidades locais e a preservação ambiental.

Fonte: Pensar Agro

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