Agronegócio

SOJA/CEPEA: Farelo se valoriza no BR; procura externa pelo derivado nacional pode aumentar

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Cepea, 21/3/2022 – Os preços do farelo de soja seguem em alta no mercado brasileiro, impulsionados pela firme demanda e por perspectivas de aumento também na procura externa pelo derivado nacional. Neste caso, segundo pesquisadores do Cepea, agentes estão fundamentados em notícias indicando possível aumento na tarifa de exportação de farelo e de óleo por parte da Argentina, principal abastecedora global desses produtos. Se isso de fato ocorrer, importadores podem redirecionar a demanda ao Brasil. Por enquanto, já se observa restrição nas negociações argentinas dos produtos para exportação. Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, os valores do farelo de soja subiram 0,4% entre 11 e 18 de março. De fevereiro para março (até o dia 18), as médias de 20 das 31 regiões acompanhadas pelo Cepea atingiram patamares recordes, em termos nominais. Para o grão, a firme demanda por farelo e a retração vendedora limitaram a queda nos preços, que seguem pressionados pela proximidade da finalização da colheita nas principais regiões do Brasil e pela desvalorização externa. Além disso, o aumento do frete rodoviário também reduziu o valor recebido pelos produtores no interior do País. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Fonte: CEPEA

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Exportações da Bahia totalizaram R$ 72,14 bilhões em 2024

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As exportações da Bahia totalizaram R$ 72,14 bilhões em 2024, um crescimento de 3,6% em relação ao ano anterior, mesmo diante de desafios globais, como a desaceleração da economia chinesa e a instabilidade nos preços das commodities. A agropecuária desempenhou papel essencial nesse resultado, contribuindo com R$ 28,42 bilhões, um aumento de 3%, mesmo com uma redução de 6,3% na produção física de grãos.

A soja e seus derivados mantiveram a liderança nas exportações agropecuárias, somando R$ 18,28 bilhões, o que representa 64,3% das vendas do setor. Apesar de uma queda de 4,2% em comparação a 2023, causada por oscilações no mercado e na demanda externa, outros produtos, como cacau, café e frutas, sustentaram o crescimento do segmento.

A China continuou como principal destino das exportações baianas, com compras de R$ 20,68 bilhões, uma alta de 4,1% em relação ao ano anterior. No total, as vendas para o bloco asiático atingiram R$ 33,88 bilhões, representando 47% das exportações do estado. Um destaque foi o aumento significativo das vendas para a Espanha, que cresceram 214,1%, totalizando R$ 3,50 bilhões, com uma pauta diversificada que incluiu soja, minério de cobre e produtos agropecuários.

A Bahia manteve sua posição como maior exportadora do Nordeste, sendo responsável por 47,2% das vendas externas da região. Esse desempenho reflete a força do agronegócio, aliada ao crescimento da indústria de transformação e da mineração, que também contribuíram para os resultados positivos.

As importações do estado, no entanto, registraram crescimento expressivo, alcançando R$ 65,69 bilhões, um aumento de 25,4% em relação a 2023. Esse avanço foi impulsionado principalmente pelas compras de combustíveis, que subiram 86% no ano, refletindo a alta demanda interna.

Para 2025, as perspectivas são otimistas. A previsão de uma safra agrícola maior que a de 2024 indica um potencial de crescimento nas exportações agropecuárias. Entretanto, fatores como a volatilidade cambial, as tensões comerciais entre China e Estados Unidos e as condições climáticas globais permanecem como desafios a serem acompanhados de perto.

O desempenho baiano reafirma a relevância do agronegócio como motor da economia regional e nacional, destacando-se como exemplo de inovação e resiliência em tempos de incertezas no cenário global.

Fonte: Pensar Agro

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