Agronegócio
SOJA/CEPEA: Preços recuam no Brasil
Agronegócio
Cepea, 28/03/2022 – Os prêmios de exportação e os valores do complexo soja recuaram no mercado doméstico nos últimos dias, segundo informações do Cepea. A pressão veio da desvalorização do dólar frente ao Real, da proximidade da finalização da colheita de soja em importantes áreas do Brasil, do início da colheita na Argentina e das expectativas de aumento de área da oleaginosa nos Estados Unidos. Entre 18 e 25 de março, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá (PR) recuou significativos 4,3%, a R$ 193,27/saca de 60 kg na sexta. O Indicador CEPEA/ESALQ – Paraná registrou baixa de 4% no mesmo comparativo, indo para R$ 189,54/sc de 60 kg no dia 25. FARELO DE SOJA – Os preços do derivado também recuaram nos últimos dias. Além de ser influenciado pela desvalorização do grão, grande parte dos consumidores se abasteceu de curto a médio prazo e não sinalizou necessidade de negociar grandes volumes no mercado spot. ÓLEO DE SOJA – A liquidez está baixa. A disparidade entre os valores de compradores e vendedores é alta, uma vez que parte das indústrias ainda não repassou a queda do grão para o derivado, com pedidas acima da paridade de exportação. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
Agronegócio
Exportações da Bahia totalizaram R$ 72,14 bilhões em 2024
As exportações da Bahia totalizaram R$ 72,14 bilhões em 2024, um crescimento de 3,6% em relação ao ano anterior, mesmo diante de desafios globais, como a desaceleração da economia chinesa e a instabilidade nos preços das commodities. A agropecuária desempenhou papel essencial nesse resultado, contribuindo com R$ 28,42 bilhões, um aumento de 3%, mesmo com uma redução de 6,3% na produção física de grãos.
A soja e seus derivados mantiveram a liderança nas exportações agropecuárias, somando R$ 18,28 bilhões, o que representa 64,3% das vendas do setor. Apesar de uma queda de 4,2% em comparação a 2023, causada por oscilações no mercado e na demanda externa, outros produtos, como cacau, café e frutas, sustentaram o crescimento do segmento.
A China continuou como principal destino das exportações baianas, com compras de R$ 20,68 bilhões, uma alta de 4,1% em relação ao ano anterior. No total, as vendas para o bloco asiático atingiram R$ 33,88 bilhões, representando 47% das exportações do estado. Um destaque foi o aumento significativo das vendas para a Espanha, que cresceram 214,1%, totalizando R$ 3,50 bilhões, com uma pauta diversificada que incluiu soja, minério de cobre e produtos agropecuários.
A Bahia manteve sua posição como maior exportadora do Nordeste, sendo responsável por 47,2% das vendas externas da região. Esse desempenho reflete a força do agronegócio, aliada ao crescimento da indústria de transformação e da mineração, que também contribuíram para os resultados positivos.
As importações do estado, no entanto, registraram crescimento expressivo, alcançando R$ 65,69 bilhões, um aumento de 25,4% em relação a 2023. Esse avanço foi impulsionado principalmente pelas compras de combustíveis, que subiram 86% no ano, refletindo a alta demanda interna.
Para 2025, as perspectivas são otimistas. A previsão de uma safra agrícola maior que a de 2024 indica um potencial de crescimento nas exportações agropecuárias. Entretanto, fatores como a volatilidade cambial, as tensões comerciais entre China e Estados Unidos e as condições climáticas globais permanecem como desafios a serem acompanhados de perto.
O desempenho baiano reafirma a relevância do agronegócio como motor da economia regional e nacional, destacando-se como exemplo de inovação e resiliência em tempos de incertezas no cenário global.
Fonte: Pensar Agro
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