Agronegócio

Suspensão da oferta de crédito

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O presidente do Sistema FAEMG, Antônio de Salvo, enviou hoje ofício à CNA, pedindo que interceda junto ao Governo Federal em defesa de medidas de crédito rural suplementar para o Plano Agrícola e Pecuário 2021/22.

“Tomamos conhecimento do Ofício Circular SEI nº 561/2022, do Ministério da Economia, que trata da suspensão de contratações de financiamentos rurais subvencionados no âmbito da Portaria nº 7.867/2021. Temos recebido as demandas de produtores rurais e Sindicatos de Produtores, preocupados com os reflexos da suspensão da oferta de crédito pelas instituições financeiras em suas atividades, no campo. Recordamos que, recorrentemente, no início do ano-civil, têm ocorrido cortes orçamentários, que comprometem o acesso aos recursos e o desenvolvimento da produção agropecuária”, alerta no documento.

Antônio de Salvo pede ainda à Confederação apoio no pleito junto aos parlamentares, para projeto de crédito suplementar e em sua aprovação. “É imperioso que consigamos reverter a situação. O setor precisa que o Governo Federal efetivamente disponibilize recursos, tanto para as linhas de financiamento que estão suspensas, quanto medidas emergenciais voltadas aos produtores que tiveram perdas produtivas por questões climáticas.”, conclui o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais.

Entenda a notícia

A Secretaria do Tesouro Nacional enviou comunicado às instituições financeiras  suspendendo até 28 de fevereiro, todas as contratações de crédito rural subvencionadas, inclusive o Pronaf.  

Segundo a Gerente Técnica do Sistema FAEMG, Aline Veloso, a medida prejudica muito o produtor rural brasileiro, em um momento de custos de produção muito elevados. “O produtor precisa ter condições de acessar o crédito para tocar suas atividades. E estamos também em momento de negociação para o próximo Plano Safra 2022-23. É preciso garantir recursos orçamentários para o próximo ciclo, dando ao produtor condições de se planejar antecipadamente para a nova safra”.

Fonte: CNA Brasil

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Apesar das dificuldades, Mapa faz balanço positivo de 2024

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O Ministério da Agricultura (Mapa) fez um balanço de 2024 lembrando que 0 ano foi marcado por uma série de desafios, mas também avanços no agronegócio brasileiro. O Mapa frisou que o governo buscou reforçar políticas agrícolas para apoiar produtores e impulsionar a sustentabilidade do setor.

Um dos destaques de 2024 foi o lançamento do Plano Safra 2024/2025, que representa o maior volume de recursos já destinado ao financiamento agrícola no Brasil. Com um montante total de R$ 508,59 bilhões, o Plano incluiu R$ 400,60 bilhões para custeio, comercialização, investimentos e industrialização. Este aumento de 10% em relação ao ano-safra anterior reflete a confiança e o suporte contínuo ao setor, garantindo que os produtores tenham acesso aos recursos necessários para suas operações.

De acordo com o secretário de Política Agrícola, Guilherme Campos, “2024 foi um ano de desafios, mas também um ano de grandes conquistas para o setor. Com o aumento nos recursos do crédito rural e políticas voltadas para o fortalecimento da produção, o Brasil continua a garantir a segurança alimentar e a competitividade global”. Uma das novidades do Plano foi o incentivo à produção sustentável, com taxas de juros mais baixas para sistemas de produção ambientalmente amigáveis.

O Rio Grande do Sul, um dos estados mais produtivos do país, enfrentou severas inundações em abril e maio deste ano, afetando severamente tanto as lavouras quanto a pecuária. O Ministério da Agricultura e Pecuária respondeu com ações de recuperação, incluindo a renegociação de parcelas de crédito rural e a liberação de recursos para mitigar os impactos. “O apoio fornecido é fundamental para ajudar os produtores a retomar suas atividades e garantir a continuidade da produção, especialmente em regiões que foram gravemente afetadas”, destacou o governo federal.

Outro grande passo dado pelo governo foi a sanção da Lei do Combustível do Futuro, que visa expandir o uso de combustíveis sustentáveis, como etanol, biodiesel e biocombustíveis. O programa prevê investimentos de R$ 260 bilhões até 2037 e uma redução estimada de 705 milhões de toneladas de CO2. “O Brasil é líder na produção energética graças à nossa rica base agropecuária. Pequenos, médios e grandes produtores são fundamentais para essa transição, que está conectada diretamente à terra e aos recursos naturais do país”, afirmou o ministro Carlos Fávaro.

O seguro rural também recebeu atenção especial em 2024, com uma significativa ampliação na subvenção ao prêmio do seguro. Até o momento, já foram comprometidos R$ 882 milhões, resultando na contratação de mais de 116 mil apólices que cobrem uma área de 6,3 milhões de hectares. As culturas mais beneficiadas foram soja, milho, café, trigo e pecuária. “Investimos pesado para garantir que o seguro rural esteja disponível e acessível para todos os produtores, oferecendo a segurança necessária para enfrentar os riscos naturais e garantir a estabilidade do setor”, afirmou Campos.

Além disso, o Rio Grande do Sul recebeu um crédito extraordinário de R$ 210 milhões para expandir a cobertura de seguro nas áreas afetadas pelas enchentes, abrangendo cerca de 26 mil produtores em 1,2 milhão de hectares segurados.

2024 foi também um ano de apoio específico para o setor cafeeiro, que recebeu R$ 5,7 bilhões através do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). Com grande parte desses recursos já liberados, o setor está em expansão, oferecendo suporte financeiro e melhorando a competitividade no mercado global. Além disso, o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) publicou 400 portarias, abrangendo 33 sistemas de produção, para garantir a segurança e a sustentabilidade das culturas agrícolas no país.

O agronegócio brasileiro continua a ser um pilar vital da economia do país, impulsionado por políticas eficazes e investimentos estratégicos. 2024 mostrou que, apesar dos desafios, o setor está preparado para enfrentar as dificuldades e continuar crescendo, garantindo a segurança alimentar e contribuindo para o desenvolvimento sustentável. Com políticas robustas e o apoio contínuo do governo, o setor agropecuário brasileiro está bem posicionado para se manter como líder global em produção e inovação.

Fonte: Pensar Agro

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