Agronegócio

Taxação de fertilizantes pode aumentar custos de produção

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O agronegócio brasileiro está em alerta com a possível decisão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) sobre a taxação de 15% na importação de nitrato de amônio, insumo essencial para a produção agrícola. A medida, que será votada na próxima quinta-feira (17.09), pode encarecer significativamente os custos de produção no Brasil, afetando diretamente os preços dos alimentos e a competitividade do setor no mercado internacional.

Hoje, o Brasil depende fortemente da importação de fertilizantes, sendo que 85% de todo o nitrato de amônio utilizado no país vem do exterior. Um aumento na tarifa poderia elevar o custo dos insumos e diminuir a margem de lucro dos produtores rurais, que já enfrentam desafios com a alta nos preços de outros insumos e com a volatilidade no mercado global.

Se aprovada, a taxação sobre o nitrato de amônio geraria uma arrecadação adicional de R$ 63 milhões por ano aos cofres públicos, um alívio para o governo. Contudo, entidades do agronegócio, como a Associação dos Misturadores de Adubo do Brasil (AMA), criticam a medida, afirmando que ela beneficiaria a indústria nacional de fertilizantes em detrimento dos produtores rurais. O aumento nos custos poderia impactar diretamente as exportações agrícolas, um setor vital para o equilíbrio da balança comercial do país.

Dados do Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas no Estado de São Paulo (Siacesp), por exemplo, revelam que, em 2023, o Brasil importou 1,1 milhão de toneladas métricas de nitrato de amônio, sendo 84% desse volume proveniente da Rússia. No primeiro semestre de 2024, o país já importou 629.497 toneladas, enquanto a produção nacional foi de apenas 64.143 toneladas, evidenciando a grande dependência das importações.

A discussão sobre a nova tarifa reacende o debate sobre a dependência brasileira de insumos importados e a competitividade do setor agropecuário. Especialistas do setor apontam que, embora o objetivo da taxação seja proteger a indústria nacional, ela não resolve os problemas estruturais da produção de fertilizantes no país, como os altos custos de gás natural, principal matéria-prima para a produção desse insumo.

A decisão da Camex sobre a “taxação dos fertilizantes” será crucial para definir o futuro da indústria nacional de fertilizantes e seus efeitos sobre a produção agrícola. Até lá, o setor segue acompanhando com apreensão os possíveis desdobramentos dessa medida, que pode gerar desafios de curto prazo para a produção agrícola, mas, a longo prazo, também pode contribuir para a recuperação da indústria química nacional.

Fonte: Pensar Agro

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Abertura Nacional da Colheita da Soja Safra 2024/25 será em Mato Grosso

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A Abertura Nacional da Colheita da Soja Safra 2024/25 está prevista para ser realizada no dia 7 de fevereiro de 2025, na Fazenda Esperança, em Santa Carmem, região de Sinop, Mato Grosso.

O evento, promovido pela Aprosoja Mato Grosso, terá início às 9h30 (horário de Brasília) e reunirá autoridades, produtores e representantes do setor agrícola para discutir temas relevantes para o futuro da sojicultura no Brasil. A transmissão será realizada pelo Canal Rural e estará aberta ao público por meio de inscrição online.

Entre os principais assuntos que serão abordados nos painéis de discussão estão a sustentabilidade na produção agrícola, o impacto da COP 30 no Brasil e os avanços no uso de biocombustíveis e alimentos. O evento também celebrará os 20 anos de atuação da Aprosoja Mato Grosso, que tem desempenhado um papel fundamental no fortalecimento da sojicultura no estado, promovendo inovações tecnológicas e práticas sustentáveis que consolidaram Mato Grosso como um dos maiores produtores de soja do mundo.

A soja chegou ao Brasil em 1901, mas foi nas décadas seguintes que a produção se expandiu, especialmente em Mato Grosso. O vice-presidente da Aprosoja MT, Luiz Pedro Bier, destaca que a soja foi a principal responsável por colocar o estado no cenário nacional e internacional, impulsionando o desenvolvimento econômico e social de cidades como Sinop. “A soja não só transformou a economia local, como também levou Mato Grosso a se destacar globalmente, sempre com um olhar voltado para a inovação e a sustentabilidade”, afirma Bier.

A abertura oficial da colheita será um marco importante, não apenas para o setor produtivo, mas também para a sociedade mato-grossense, que comemora o crescimento e o impacto da soja na geração de emprego, renda e melhoria da qualidade de vida na região. A expectativa é de que o evento seja um grande ponto de encontro para o setor agropecuário, com destaque para o debate sobre o futuro da agricultura sustentável e os desafios e oportunidades para o Brasil no contexto da COP 30.

Os interessados em participar podem garantir sua inscrição por meio do link disponível no site da Aprosoja MT. O evento promete ser um marco para a sojicultura brasileira e uma oportunidade única para discutir o futuro do agronegócio em Mato Grosso e no Brasil.

Fonte: Pensar Agro

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