Agronegócio
Técnico do AgroNordeste incentiva construção de viveiro com ‘custo zero'
Agronegócio
Utilizar e reaproveitar materiais sem adquirir absolutamente nada com dinheiro. Foi assim que a Fazenda Salva Vidas, em Itaobim, construiu um viveiro de mudas. A ideia surgiu da dificuldade de manter as mudas saudáveis e produzir direto no canteiro, uma vez que os insetos e o clima estavam desfavorecendo a horta.
“A estrutura do viveiro possibilita mais qualidade e constância de produção. Além disso, o produtor ganha autonomia para plantar o que quiser e quando quiser, pois detém controle de todo o processo”, explicou o técnico de campo do Programa AgroNordeste, Lucas Cordeiro.
Os benefícios da iniciativa foram expostos pelo técnico ao casal atendido e, segundo ele, mesmo se os produtores desembolsassem alguma quantia financeira, “valeria a pena, tendo em vista a importância do viveiro dentro de uma propriedade de hortaliças”.
Com tantos argumentos, Irene Ribeiro Silva e Uildo Chaves Almeida arregaçaram as mangas para resgatar tudo o que estava sem uso na propriedade: postes de eucalipto, ripas, tábuas, pedaços de lona, plástico e isopor. Faltou apenas um pedaço de filme de estufa, que foi trocado por três queijos avaliados em R$ 36. “Durante uma visita técnica, o próprio Lucas percebeu que o nosso vizinho, também atendido com a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), estava com filme de estufa sobrando. Na hora que soube da nossa necessidade, ele entregou o material e depois negociou comigo essa forma de pagar”, relembrou Irene.
O gerente regional do Sistema FAEMG/SENAR/INAES/Sindicatos, Luiz Rodolfo Antunes Quaresma, elogiou a iniciativa do técnico, que soube reaproveitar, instruir e engajar os produtores para investir em novidades na propriedade. “Foi uma atitude totalmente proativa. Além de participar da execução, mostrou o zelo também com a sustentabilidade”.
Com o viveiro pronto, Irene está animada. “As coisas estão melhorando e vão melhorar cada dia mais. Ainda bem que conheci a ATeG! Agradeço de coração todo este povo que colabora para o crescimento da nossa propriedade”. Uildo concorda com a esposa: “agora a propriedade trabalha do jeito certo”.
Agronegócio
Exportações da Bahia totalizaram R$ 72,14 bilhões em 2024
As exportações da Bahia totalizaram R$ 72,14 bilhões em 2024, um crescimento de 3,6% em relação ao ano anterior, mesmo diante de desafios globais, como a desaceleração da economia chinesa e a instabilidade nos preços das commodities. A agropecuária desempenhou papel essencial nesse resultado, contribuindo com R$ 28,42 bilhões, um aumento de 3%, mesmo com uma redução de 6,3% na produção física de grãos.
A soja e seus derivados mantiveram a liderança nas exportações agropecuárias, somando R$ 18,28 bilhões, o que representa 64,3% das vendas do setor. Apesar de uma queda de 4,2% em comparação a 2023, causada por oscilações no mercado e na demanda externa, outros produtos, como cacau, café e frutas, sustentaram o crescimento do segmento.
A China continuou como principal destino das exportações baianas, com compras de R$ 20,68 bilhões, uma alta de 4,1% em relação ao ano anterior. No total, as vendas para o bloco asiático atingiram R$ 33,88 bilhões, representando 47% das exportações do estado. Um destaque foi o aumento significativo das vendas para a Espanha, que cresceram 214,1%, totalizando R$ 3,50 bilhões, com uma pauta diversificada que incluiu soja, minério de cobre e produtos agropecuários.
A Bahia manteve sua posição como maior exportadora do Nordeste, sendo responsável por 47,2% das vendas externas da região. Esse desempenho reflete a força do agronegócio, aliada ao crescimento da indústria de transformação e da mineração, que também contribuíram para os resultados positivos.
As importações do estado, no entanto, registraram crescimento expressivo, alcançando R$ 65,69 bilhões, um aumento de 25,4% em relação a 2023. Esse avanço foi impulsionado principalmente pelas compras de combustíveis, que subiram 86% no ano, refletindo a alta demanda interna.
Para 2025, as perspectivas são otimistas. A previsão de uma safra agrícola maior que a de 2024 indica um potencial de crescimento nas exportações agropecuárias. Entretanto, fatores como a volatilidade cambial, as tensões comerciais entre China e Estados Unidos e as condições climáticas globais permanecem como desafios a serem acompanhados de perto.
O desempenho baiano reafirma a relevância do agronegócio como motor da economia regional e nacional, destacando-se como exemplo de inovação e resiliência em tempos de incertezas no cenário global.
Fonte: Pensar Agro
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