De acordo com uma das vítimas, que preferiu não ser identificada, o comportamento suspeito do médico já havia sido notado há cerca de três meses. Desde junho, ela percebeu que Igor Diniz passava longos períodos no corredor do prédio, próximo à janela do seu apartamento, observando seu interior. “Ele ficava horas no corredor olhando na direção do meu apartamento. Eu me sentia muito ameaçada”, relatou a mulher. Apesar de ter denunciado o comportamento à administração do condomínio e à polícia, nenhuma ação concreta havia sido tomada até o flagrante.
A mulher, preocupada com a falta de medidas, decidiu filmar o reflexo do homem pela televisão enquanto ele observava seu apartamento e o de outra vizinha. No entanto, na época, as evidências não foram consideradas suficientes para incriminá-lo, e o caso foi arquivado. “A resposta que ele me deu foi: ‘eu sou médico'”, contou a vítima, ressaltando a frustração com a falta de ações.
Moradora pediu ajuda para ter provas
Recentemente, o médico voltou a circular pelo corredor, reacendendo o medo da moradora. Diante disso, ela buscou ajuda de um vizinho que encontrou na academia do prédio, solicitando que ele a auxiliasse na obtenção de provas mais contundentes. O vizinho prontamente se dispôs a ajudar e sugeriu que ela o avisasse assim que o suspeito fosse visto novamente.
Na noite do incidente, a mulher ligou para o vizinho, que subiu imediatamente ao andar. Eles organizaram uma ação conjunta com outra moradora, a fim de filmar o médico em flagrante. Enquanto ele se posicionava no corredor, com a mão dentro da roupa, os vizinhos gravaram o ato obsceno. No vídeo, é possível ver o momento em que Igor Diniz rapidamente tira a mão das calças ao perceber que estava sendo filmado.
Revoltados com a situação, os vizinhos confrontaram o médico, que foi chamado de “tarado” e “safado” por uma das moradoras. Eles o impediram de retornar ao apartamento até a chegada da polícia, que o prendeu em flagrante. A defesa de Igor Diniz classificou a ação dos vizinhos como “desproporcional”, mas o caso continua sob investigação.
A comunidade do condomínio Green Life está abalada, e os moradores aguardam desdobramentos do processo, especialmente considerando que, apesar de denúncias anteriores, nenhuma medida havia sido tomada contra o médico até o episódio que culminou em sua prisão.