Porto Velho
BARCO SAÚDE Jornada pelo baixo Madeira é encerrada com mais de 6 mil atendimentos à população ribeirinha
Porto Velho
Após sua reativação, em 2021, a embarcação realizou sete viagens com mais de 62 mil atendimentos realizados
O Barco Saúde Dr. Floriano Riva Filho completou mais uma jornada no baixo Madeira, transformando vidas em três distritos e 12 comunidades ribeirinhas ao longo de oito dias intensos de trabalho. Com uma equipe dedicada de oito tripulantes e 30 profissionais, a missão proporcionou 6.196 atendimentos de saúde, oferecendo cuidados essenciais e especializados às populações ribeirinhas.
Coordenada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), a unidade fluvial deixou Porto Velho, no dia 16 de junho, em direção ao distrito de Calama, onde ofereceu serviços especializados aos moradores locais e também das adjacências. De lá, seguiu para Nazaré, encerrou os atendimentos em São Carlos, e retornou para Porto Velho.
Serviços que fazem a diferença
Em cada comunidade visitada, os moradores tiveram acesso à ortopedia, ginecologia, pediatria, fisioterapia, psicologia, odontologia e outras especialidades médicas. A bordo, um clínico geral e uma equipe de enfermagem realizaram preventivos, testes rápidos de glicemia e detecção de infecções sexualmente transmissíveis, exames laboratoriais e vacinação, assegurando um atendimento completo e humanizado.
“Nosso objetivo foi alcançado. Propusemos levar às populações ribeirinhas o serviço especializado tão aguardado pelos moradores locais. Onde moram, os serviços básicos de saúde estão disponíveis nas unidades, mas os especialistas somente com o barco ou quando eles procuram esse atendimento na cidade. Por isso esse trabalho é tão importante”, explicou a diretora do Departamento de Atenção Básica da Semusa, Fabíola Barros.
Histórias de vida e gratidão
Quem também falou sobre a importância dos serviços oferecidos pelo Barco Saúde foi a moradora de São Carlos, Maria Clarice. Mãe de três filhos, ela procurou a embarcação para consulta com o pediatra, uma das especialidades mais procuradas na embarcação.
“Facilita muito quando o barco vem. O custo para ir a Porto Velho é elevado por causa do gasto com passagem, alimentação e hospedagem. Nossa vida financeira é baixa, não tem como ir todo mundo. Por isso, quando soube que vinha pediatra, pensei ser o momento ideal para consultar meus filhos”, comemorou Clarice, que também elogiou a atuação do médico.
O acolhimento que transforma
Adauto Marques foi o pediatra a bordo do Barco Saúde, responsável pelos atendimentos infantis de Calama a São Carlos. O profissional é veterano nas viagens da embarcação e sempre faz questão de estar presente, atendendo ao chamado e a vocação que o guia pela medicina.
“Minha motivação é trazer atendimento para essa comunidade, mais desassistida, por ser distante da cidade e com acesso mais complicado também. Tem um quantitativo grande de crianças que necessitam de uma avaliação pediátrica. Aqui somos acolhidos de uma forma especial, por isso é tão bom estar nessa missão. A gente sente que faz a diferença, é muito gratificante saber que as pessoas escutam e praticam o que a gente orienta”, relata o médico pediatra.
Quem também reforçou o acolhimento especial da população foi a médica residente em ginecologia e obstetrícia Elisa Rosa, profissional que também já esteve no barco em outras oportunidades. Para ela, a motivação de estar na missão é facilitar o acesso dessa população aos serviços que não são disponibilizados nas unidades locais.
“Além disso, é uma população que carece um pouco mais de acesso a informações sobre saúde, a medicamentos específicos, a orientação. E, na maioria das vezes, a gente vem trazendo tudo isso, consultas, exames e medicamentos. A gente se sente muito bem acolhido, pois são pessoas que valorizam esse deslocamento de profissionais especializados”, aponta a médica.
Uma missão de muitos
Para que o trabalho no Barco Saúde Dr. Floriano Riva Filho aconteça, é necessário um conjunto de esforços que começa meses antes. Nesse planejamento, a Semusa conta com o apoio de parceiros que estão sempre presentes como a Base Aérea de Porto Velho (BAPV), que nesta viagem enviou o chefe de cozinha Emildo Alves como voluntário na preparação das refeições, além da Universidade Federal de Rondônia (Unir), que disponibiliza profissionais residentes.
Amanda Daiana Pontes é enfermeira residente da Unir. No currículo, contabiliza três viagens com o Barco Saúde da Prefeitura de Porto Velho, missão que faz questão de participar para agregar conhecimentos técnicos, mas também, experiências que vai levar para vida pessoal e profissional.
“Apesar de ter vindo três vezes, cada viagem é diferente e isso também me motiva. Desta vez, vim com uma bagagem melhor sobre o fluxo, sobre os atendimentos e conhecendo um pouco mais a peculiaridade de cada distrito. Apesar de estarmos no baixo Madeira, cada comunidade possui sua característica. É sempre um desafio, cada dia a gente cumpre uma missão diferente com as adversidades que podem acontecer. Isso me traz uma grande experiência enquanto enfermeira”, declara Amanda.
Jornada cumprida
Para Eliana Pasini, secretária da municipal de saúde, a gestão fez um grande esforço para reformar o barco saúde e reativar o serviço especializado à população ribeirinha. Desde sua volta às águas, em 2021, foram sete missões e mais de 62 mil atendimentos realizados.
“Isso demonstra nosso compromisso com a saúde da população, principalmente com aqueles que moram mais distante da cidade. Trabalhamos muito para que os serviços de saúde cheguem de forma digna para cada munícipe. Encerramos esse trabalho com o dever cumprido e felizes por termos atendido tantas pessoas”, finaliza Pasini.
Entre ida e volta, foram oito dias de navegação pelo rio Madeira. Em cada parada, histórias de dor e sofrimento atenuadas pela escuta atenta da psicologia, pelo olhar aprofundado dos médicos, pelo medicamento que não apenas alivia o mal físico, mas que apazígua a angústia da alma. Ao final da sua jornada, o Barco Saúde Dr. Floriano Riva Filho cumpriu a missão de levar saúde aos ribeirinhos e de transformar vidas dos profissionais que estiveram a bordo deste trabalho.
Texto: Luciane Gonçalves
Foto: Felipe Ribeiro/ Wesley Pontes
Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)
Fonte: Prefeitura de Porto Velho – RO
Porto Velho
INCLUSÃO SOCIAL Com o tema “De Olho na Inclusão”, Biblioteca Francisco Meirelles inicia programação em alusão ao Dia do Deficiente Visual
Em parceria com a Asdrevon, programação promove palestras e oficinas, de 9 a 13 de dezembro
Com o tema “De olho na Inclusão 2024” e fazendo parte das comemorações alusivas ao Dia do Deficiente Visual, celebrado anualmente dia 13 de dezembro, a Biblioteca Municipal Francisco Meirelles, em parceria com a Associação dos Deficientes Visuais do Estado de Rondônia (Asdevron), realiza de 9 a 13 deste mês, uma semana inteira de programação para discutir a importância da inclusão dos portadores de deficiências na sociedade. O evento acontece durante toda a semana, das 8h às 12h e, pela tarde, das 14h às 18h, na Sala de Braile da biblioteca.
Com o objetivo de trocar ideias e opiniões e discutir meios de combater o preconceito e a discriminação, a programação tem por missão fortalecer a inclusão social de todos os tipos de portadores de deficiências visuais para que se sintam respeitados, inseridos na sociedade e, acima de tudo, valorizados.
O projeto conta com a parceria da Secretaria Municipal de Assistência Social e Família (Semasf), Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Secretaria Municipal de Educação (Semed), Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RO/AC) e Tribunal de Contas do Estado (TCE/RO). Como parte das atividades, a programação inclui palestra motivacional ministrada pela professora doutora Silvânia Gregório, da Seduc, e mais 20 oficinas que abordarão temas como: Tecnologia Assistiva Responsável; Leitura e Escrita Braile Responsável; Introdução às Técnicas de Uso do Soroban; Tecnologia Assistiva e Orientação e Mobilidade.
A programação tem sua abertura oficial na manhã desta segunda-feira (9), com a palestra motivacional da professora e doutora Silvânia Gregório que reforça que é de grande valia que a semana de programação se estenda também à classe empresarial para que possam ter uma visão mais inclusiva, oportunizando maiores inserções no mercado de trabalho.
“Os entes e portadores de deficiência, se organizaram para que possam se fortalecer através de políticas públicas que venham favorecer essa classe de pessoas, que as vezes sofrem tantos preconceitos e para que toda a cidade reforce a questão da autoestima, autoimagem, tanto delas quanto à sociedade. Também é essencial que essa programação se estenda à classe empresarial para que possam dar mais oportunidade no mercado de trabalho para essa classe. Então, essa semana de programação intensa aqui na Biblioteca Francisco Meirelles, é como se fosse uma provocação para que a sociedade possa olhar para eles de uma forma mais humanizada possível”, reforça.
“A importância maior dessa programação vasta de atividades, é podermos celebrar o Dia do Deficiente Visual, comemorado no dia 13 agora, para que possamos trabalhar a conscientização com o deficiente visual, para que ele possa lutar, se motivar e para que ele não desanime perante a tantas dificuldades encontradas. O intuito dessa programação é trabalharmos a inclusão social, porque na verdade, o deficiente não tem muito o que comemorar nessa data, mas é importante que ele possa abrir caminhos para conseguir viver, se inserir no mercado de trabalho e que não desista de lutar sempre, destacou a servidora Sebastiana da Silva, que também é portadora de deficiência visual, há nove anos.
O presidente da Asdevron, José Aldair, disse que o evento, em alusão ao Dia do Deficiente, é de extrema importância para toda a sociedade. “Esse evento que estamos promovendo é de grande relevância não somente para o deficiente visual, mas para toda a sociedade em geral, que terão a oportunidade de conhecer mais a fundo a leitura e escrita em braile e tecnologia assistiva”.
Para o diretor da Biblioteca Municipal Francisco Meirelles, Carlos Augusto, as atividades em alusão à data são de extrema importância social, uma vez que reforçam as discussões da relevância social da Semana Nacional do Deficiente Visual, instituída no dia 13 de dezembro de 1961. De acordo ainda com o diretor, todos os anos, essas ações são desenvolvidas em parceria com a Asdevron.
“De 9 a 13 temos uma programação extensa. Hoje iniciaremos com as oficinas. O objetivo dessa programação é podermos proporcionar uma oportunidade de aprendizado e de autonomia. Além disso, é importante destacar que o evento não é apenas voltado para os deficientes visuais, mas se estende para seus familiares, para que possa facilitar o modo como interagem com eles”, finalizou.
Para quem desejar participar da semana de programação, as inscrições serão feitas presencialmente na Biblioteca Municipal Francisco Meirelles, situada à rua Dom Pedro II, 826. O atendimento ao público é de segunda a sexta-feira, das 8h às 21h (não fecha para o almoço).
Texto: Daniela Castelo Branco
Foto: Felipe Ribeiro
Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)
Fonte: Prefeitura de Porto Velho – RO
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