Agronegócio

Comitiva do Mapa encontra cenário de perdas severas no Oeste

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Toledo, na região Oeste, foi o primeiro destino do terceiro dia da expedição comandada pelo Mapa, com participação da FAEP e outras entidades, para avaliar os prejuízos causados pela severa estiagem que se abateu sobre o Paraná. Desde o início da semana integrantes do Ministério e da Conab estão percorrendo o Estado, se reunindo com produtores e lideranças rurais para compor um quadro da situação da agropecuária paranaense frente à seca. Os dados sobre as perdas de produção e as possíveis soluções para mitigar este problema serão levados à ministra Tereza Cristina.

Participaram deste encontro representantes do poder municipal, da Seab, das cooperativas Coamo e Primato, além de produtores e lideranças rurais.

Responsável pelo maior Valor Bruto de Produção (VBP) Agropecuária do Estado, Toledo tem como carro-chefe da sua economia a produção de proteínas, que foi severamente afetada pelas quebras ocorridas no campo, que impactaram o custo da alimentação animal.

De acordo com a Seab, na regional de Toledo, que abrange 20 municípios, a quebra na produtividade da soja foi de 75% na média, colocando a região como a mais afetada pela seca no Estado. Além do volume reduzido, o clima prejudicou a qualidade dos grãos, o que impactará diretamente as cadeias de aves, suínos, peixes e pecuária de leite.

Os números apresentados pela Seab vão ao encontro dos dados levantados pela cooperativa Primato, apresentado na ocasião. De acordo com o presidente da cooperativa, Anderson Sabadin, além das perdas de 75% na soja, constatou-se perda de 45% na produtividade do milho. “A qualidade dos grãos também preocupa, chegamos a devolver várias cargas por falta de qualidade”, disse. Segundo ele, além do preço e da qualidade, preocupa a disponibilidade desses insumos. “A grande preocupação passa a ser se teremos grãos, matéria prima para esmagar e manter o animal a campo”, avaliou.

Para o presidente do grupo de produtores Agrolíder, Almir Dalposso, a quebra constatada na soja foi de 90% a 95%. “Os últimos plantios praticamente não vão ter produção”, afirmou. Também o presidente do sindicato rural de Assis Chateaubriand, Valdemar Melato, presente na reunião, relatou perdas de 90% no seu município.

Medianeira

A segunda reunião ocorreu na sede da cooperativa Lar, localizada em Medianeira. Participaram do encontro representantes da Seab, do Sindiavipar, Fetaep, além de técnicos da Lar, do prefeito em exercício de Medianeira, Evandro Mees e dos presidentes dos sindicatos rurais de Medianeira, Ivonir Lodi e São Miguel do Iguaçu, José Carlos Colombari.

De acordo com os técnicos da Lar, na área de abrangência da cooperativa, foram registradas perdas de produtividade de 70% na soja.

A Seab também apresentou os dados do núcleo regional de Cascavel, que abrange 28 municípios da região. Segundo os técnicos do Estado, a quebra na soja foi de 61%, no milho de 58% e no feijão 55%. Como até o momento apenas 7% da soja foi colhida na região, estima-se que estas perdas sejam ainda maiores.

Em relação à produção de sementes de soja, a Lar mantém seus campos de produção em Santa Catarina, onde constatou-se perdas entre 15% e 20%.

A principal preocupação dos presentes foi o seguro rural, tanto na disseminação da cultura da gestão de risco entre os produtores, quanto na capacidade de avaliar e indenizar as áreas afetadas por parte das seguradoras, com destaque para relatos sobre atraso e falta de peritos em número suficiente.

“É preciso estruturar um programa de seguro mais ‘parrudo’, com mais gente pagando para diluir o custo”, disse o presidente da Lar, Irineu da Costa Rodrigues. Hoje, de acordo com a Lar, 20% dos produtores de soja e 10% dos produtores de milho da sua região não utilizam seguro rural.

Roteiro da comitiva

Segunda-feira (10): Guarapuava, Pitanga e Campo Mourão

Terça-feira (11): Maringá, Umuarama e Palotina

Quarta-feira (12): Toledo, Medianeira

Quinta-feira (13): Cascavel e Pato Branco

Sexta-feira (14): Prudentópolis

Ministra participa da comitiva nesta quinta-feira (13)

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, está em Cascavel ao longo desta quinta-feira (13). O presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette e outras autoridades do agro, participam do dia de trabalho que fará uma vistoria em uma propriedade rural de Lindoeste para analisar os danos provocados pela estiagem no Oeste do Paraná. Na sequência a ministra e a comitiva se reúnem com autoridades locais no Sindicato Rural de Cascavel.

Fonte: CNA Brasil

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Agronegócio

Abertura Nacional da Colheita da Soja Safra 2024/25 será em Mato Grosso

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A Abertura Nacional da Colheita da Soja Safra 2024/25 está prevista para ser realizada no dia 7 de fevereiro de 2025, na Fazenda Esperança, em Santa Carmem, região de Sinop, Mato Grosso.

O evento, promovido pela Aprosoja Mato Grosso, terá início às 9h30 (horário de Brasília) e reunirá autoridades, produtores e representantes do setor agrícola para discutir temas relevantes para o futuro da sojicultura no Brasil. A transmissão será realizada pelo Canal Rural e estará aberta ao público por meio de inscrição online.

Entre os principais assuntos que serão abordados nos painéis de discussão estão a sustentabilidade na produção agrícola, o impacto da COP 30 no Brasil e os avanços no uso de biocombustíveis e alimentos. O evento também celebrará os 20 anos de atuação da Aprosoja Mato Grosso, que tem desempenhado um papel fundamental no fortalecimento da sojicultura no estado, promovendo inovações tecnológicas e práticas sustentáveis que consolidaram Mato Grosso como um dos maiores produtores de soja do mundo.

A soja chegou ao Brasil em 1901, mas foi nas décadas seguintes que a produção se expandiu, especialmente em Mato Grosso. O vice-presidente da Aprosoja MT, Luiz Pedro Bier, destaca que a soja foi a principal responsável por colocar o estado no cenário nacional e internacional, impulsionando o desenvolvimento econômico e social de cidades como Sinop. “A soja não só transformou a economia local, como também levou Mato Grosso a se destacar globalmente, sempre com um olhar voltado para a inovação e a sustentabilidade”, afirma Bier.

A abertura oficial da colheita será um marco importante, não apenas para o setor produtivo, mas também para a sociedade mato-grossense, que comemora o crescimento e o impacto da soja na geração de emprego, renda e melhoria da qualidade de vida na região. A expectativa é de que o evento seja um grande ponto de encontro para o setor agropecuário, com destaque para o debate sobre o futuro da agricultura sustentável e os desafios e oportunidades para o Brasil no contexto da COP 30.

Os interessados em participar podem garantir sua inscrição por meio do link disponível no site da Aprosoja MT. O evento promete ser um marco para a sojicultura brasileira e uma oportunidade única para discutir o futuro do agronegócio em Mato Grosso e no Brasil.

Fonte: Pensar Agro

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