Agronegócio
Embrapa Rondônia abre inscrições para curso gratuito em sistema de produção de leite
Agronegócio
Estão abertas, de 15 a 22 de maio de 2017, as inscrições para o II Curso Modular em Sistema de Produção de Leite da Embrapa Rondônia. O curso é gratuito e podem se inscrever técnicos atuantes na cadeia da bovinocultura de leite do Estado. A capacitação será oferecida em seis módulos, no total de 128 horas/aula, em que os técnicos participam de atividades continuadas ao longo do ano e terão conhecimento teórico e prático mais completo e aprofundado. Assim, estarão preparados para levar conhecimento atualizado, tecnologias e boas práticas aos produtores de leite de Rondônia, promovendo a melhoria do setor produtivo e, consequentemente, da renda e qualidade de vida das famílias no campo.
Nesta segunda edição do Curso Modular, a Embrapa Rondônia quer continuar fortalecendo a parceria com instituições ligadas ao setor produtivo e ampliar o alcance das tecnologias e conhecimentos disponíveis, somando esforços para levar inovações aos produtores e promover o desenvolvimento sustentável desta cadeia produtiva. Para que isso aconteça, os participantes, ao se inscreverem, firmarão o compromisso em realizar ações de transferência de tecnologia aos atores do setor produtivo de leite em sua região. “Esta é uma forma de garantir a adoção de tecnologias no campo, fazendo com que o conhecimento gerado na pesquisa chegue aos produtores e promova transformações positivas”, destaca o coordenador do curso, o médico veterinário da Embrapa Rondônia Rhuan Lima.
Vale ressaltar que os técnicos, para receberem o certificado, devem ter participação integral, cursando todos os módulos.
Para se inscrever
É preciso ter formação técnica (técnico agrícola/agropecuário), ou superior na área de Zootecnia, Medicina Veterinária ou Agronomia e estar atuando na cadeia produtiva da bovinocultura de leite no estado Rondônia. Estão disponíveis 12 vagas e todos os módulos do curso serão realizados na sede da Embrapa Rondônia, localizada na BR 364, Km 5,5, em Porto Velho. As inscrições podem ser realizadas no formulário eletrônico http://bit.ly/2pOyiXK.
A Embrapa disponibiliza aos interessados a programação do curso, com conteúdos e datas, disponível no endereço http://bit.ly/2q9bzrg, onde também podem ser baixados os termos de compromissos e demais documentos necessários para a inscrição. Enviar para o e-mail [email protected] o arquivo digitalizado do comprovante de formação técnica ou graduação; termo de compromisso de participação (rubricado em todas as páginas e assinado ao final) e digitalizado. Atenção para o preenchimento do termo correto, conforme seja vinculado a uma empresa ou autônomo. É obrigatório aos inscritos o preenchimento do formulário de inscrição e o envio dos documentos digitalizados descritos acima. Havendo mais de 12 inscritos que atendam aos pré-requisitos mencionados, os participantes serão definidos pela ordem de inscrição. O resultado será divulgado até o dia 25/05.
Após avaliação da documentação necessária, os participantes selecionados receberão confirmação de sua participação no e-mail cadastrado no formulário de solicitação de inscrição.
Dúvidas podem ser sanadas pelos telefones: (69) 3219-5022 ou 3219-5051, das 7h30 às 11h30 e das 12h30 às 16h30. Também pelo e-mail [email protected].
Agronegócio
Ponte desaba e expõe gargalos logísticos para o escoamento da safra
O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, no último domingo (22.12), trouxe à tona os problemas crônicos da infraestrutura logística brasileira. A estrutura, que conectava os municípios de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), desmoronou sobre o rio Tocantins, provocando uma tragédia com uma morte confirmada e pelo menos 14 pessoas desaparecidas. Caminhões que transportavam ácido sulfúrico e herbicidas também caíram no rio, levando as prefeituras a emitirem alertas sobre contaminação da água.
O acidente ocorre em um momento crítico para o agronegócio nacional. O Brasil deve alcançar uma safra recorde de 322,53 milhões de toneladas de grãos em 2024/25, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Este aumento de 8,2% em relação à safra anterior reflete o crescimento da produção de soja e milho, mas evidencia os desafios logísticos de um setor cada vez mais pressionado por gargalos estruturais.
A ponte Juscelino Kubitschek estava localizada na região do Matopiba, uma das áreas de maior crescimento do agronegócio no Brasil, englobando os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Nos últimos dez anos, a produção de grãos na região aumentou 92%, saltando de 18 milhões de toneladas em 2013/14 para 35 milhões em 2024.
Essa expansão, no entanto, tem sobrecarregado a infraestrutura local. O intenso tráfego de cargas pesadas, principalmente de fertilizantes e grãos, contribuiu para o desgaste da ponte, que já apresentava rachaduras e denúncias de negligência na manutenção.
Além de afetar a segurança da população, o desabamento representa um entrave significativo ao escoamento da safra. Os portos do Arco Norte, responsáveis por 35,1% das exportações de grãos em outubro de 2024, são fundamentais para o agronegócio brasileiro. A interdição da ponte pode impactar negativamente a logística de transporte para esses portos, aumentando custos e atrasos.
O transporte de fertilizantes também está em alta, com as importações alcançando 4,9 milhões de toneladas em outubro, um crescimento de 5,9% em relação ao mês anterior. Essa demanda reforça a necessidade de investimentos em infraestrutura para evitar colapsos como o ocorrido no rio Tocantins.
Entidades do agronegócio, como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), destacam que episódios como este evidenciam a urgência de investimentos em infraestrutura. “O crescimento do agronegócio brasileiro depende diretamente de uma logística eficiente. A tragédia no rio Tocantins é um alerta para a necessidade de modernização das rotas de transporte e manutenção das estruturas existentes”, afirma a CNA em nota.
O Ministério dos Transportes já anunciou a abertura de uma sindicância para investigar o desabamento e prometeu reconstruir a ponte em 2025. Enquanto isso, o setor agropecuário pede soluções imediatas, como rotas alternativas e a implementação de medidas para mitigar os impactos sobre a logística da safra.
Embora críticas à expansão do agronegócio tenham ganhado destaque após o acidente, é crucial equilibrar o debate. O setor é um pilar da economia nacional, responsável por 25% do PIB e por grande parte das exportações brasileiras. Investir em infraestrutura adequada e eficiente não é apenas uma questão de atender às demandas do agronegócio, mas de assegurar que o crescimento econômico venha acompanhado de segurança, sustentabilidade e benefícios para toda a sociedade.
O desafio agora é transformar essa tragédia em um ponto de virada, priorizando investimentos estratégicos que garantam a competitividade do agronegócio no mercado global, sem negligenciar a segurança das comunidades locais e a preservação ambiental.
Fonte: Pensar Agro
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