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Espetáculo ÌFÉ estreia neste sábado, inspirado em figura religiosa histórica de Porto Velho

O espetáculo ÍFÈ, da Companhia Beradera de Teatro, estreia neste sábado (23), às 20h, em Porto Velho e tem como inspiração a história de importante figura religiosa de Porto Velho: uma mãe de santo cujo terreiro ficava entre os bairros Areal e Tucumanzal, região central da cidade, e era frequentado por políticos como Jerônimo Santana, primeiro governador de Rondônia, e outros personagens importantes. O espetáculo tem 60 minutos e a classificação etária é de 14 anos.

A peça é resultado de um trabalho de investigação histórica de pelo menos dois anos, realizado por integrantes do Grupo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares Afro-amazônicos (GEPIAA) da Universidade Federal de Rondônia, entre eles o dramaturgo e diretor da montagem, Raoní Amaral. “Quando cheguei lá, me apaixonei pelo terreiro, me apaixonei pela história, e acabou se tornando a temática do meu TCC”.

O Trabalho de Conclusão de Curso foi adaptado a linguagem do teatro e contemplado com o Prêmio de Teatro Jango Rodrigues 2017, do Governo de Rondônia.

Raoní explica que nesse processo de pesquisa, uma característica comum observada nos terreiros visitados era a acolhida e a relação com comunidade do entorno pelos membros e pais e mães de santo, especialmente os trabalhos de caridade. “Essa histórias se repetiam, então decidimos retratar esse ambiente, essas características, e homenagear todas essas líderes religiosas”, explica o diretor.

Na peça, Andressa Silva, Diego Augusto e Júnior Brum dão vida a uma filha de santo, um estudante universitário e um quilombola, que serão responsáveis por apresentar a figura religiosa histórica ao público e envolvê-lo num espetáculo de cheiros, sensações e movimentos, percorrendo os quartos do antigo Hotel Pousada da Sete, num cenário composto por elementos característicos ao universo das religiões de matrizes africanas.

Além de uma homenagem a essas figuras, a montagem busca uma reflexão quanto ao preconceito e combate à intolerância religiosa. “Infelizmente o senso comum faz com que no dia a dia tratemos determinados elementos e costumes como algo ruim, falamos de macumba de forma pejorativa, por exemplo. Então a ideia é envolver o público no cenário afro religioso e desmistificar alguns desses conceitos pré estabelecidos”, finaliza Raoní.

As sessões de ÌFÉ seguem até o dia 7 de abril, sempre aos sábados e domingos, com limite de 21 pessoas por sessão. As senhas serão distribuídas gratuitamente uma hora antes de cada apresentação no local. O antigo Hotel Pousada da Sete está localizado ao lado da loja Zeta, na avenida 7 de setembro, próximo a Campus Sales.

Sinopse

A montagem teatral ÌFÉ foi livremente inspirada na trajetória de uma líder religiosa que teve grande representatividade entre as décadas de 1980 a 2000 em Rondônia.

O espetáculo ocorre num antigo hotel desocupado, apropriando-se de elementos presentes nos rituais e abordando a memória político-social e cultural nos contextos afro-religiosos.

Memórias fragmentadas marcadas por um passado violento, um presente de empoderamento, luta e afirmação para trazer uma discussão sobre religiões a partir de fragmentos da memória e a reflexão sobre preconceito, incompreensão e intolerância, ainda tão presentes na sociedade contemporânea.

A Beradera Cia de Teatro

A Beradera Companhia de Teatro surgiu em 2013, com a montagem da peça “Lete”, contemplada pelo Prêmio Myriam Muniz 2012, inspirada a partir da instalação das Usinas Hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau em Porto Velho, relacionando os atuais eventos com outros pertencentes aos ciclos migratórios do passado.

O segundo trabalho do grupo, “Saga Beradera”, surgiu no ano de 2015, contemplado pelo Prêmio Myriam Muniz de Teatro 2014. A peça parte dos eventos reais da enchente histórica de 2014, que alagou diversas comunidades ribeirinhas de Rondônia.

A companhia volta agora com ÍFÈ, contemplada com o Prêmio de Teatro Jango Rodrigues 2017, marcando a estreia de Raoni Amaral como dramaturgo e diretor.

FICHA TÉCNICA

Direção e Dramaturgia: Raoní Amaral.

Dramaturgia dos Quartos: Andressa Silva, Diego Augusto e Junior Brum.

Elenco: Andressa Silva, Diego Augusto e Júnior Brum.

Figurinista: Selma Pavanelli.

Costureira: Rita Magna.

Cenografia: Ismael Neves.

Trilha Sonora: Tanison Passos e Raoní Amaral.

Dramaturgia da Luz: Raoní Amaral.

Fotografia e Filmagem: Luana Lopes e Anne Salles.

Produção: Matheus Amorim e Raoní Amaral e Tanison Passos.

Projetista: Denise Cristal.

Assessoria de Imprensa: Folk Produções.

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Rondônia

Governo de RO inaugura Centro Integrado de Operações em Ji-Paraná

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Centro Integrado de Operações II (Ciop-II) está localizado nas instalações do 2º Batalhão da Polícia Militar, em Ji-Paraná

O governo de Rondônia entregou, oficialmente, o Centro Integrado de Operações II (Ciop-II), localizado nas instalações do 2º Batalhão da Polícia Militar, em Ji-Paraná. A cerimônia aconteceu na sexta-feira (20). A iniciativa, da Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), tem como objetivo centralizar os atendimentos de emergência e urgência realizados pelos números 190 e 193, otimizando os serviços de segurança pública em diversos municípios da região Central e Cone Sul do estado.

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, a nova unidade é mais um avanço no fortalecimento da segurança pública no estado. “Estamos investindo em tecnologia, capacitação de pessoal e integração das forças de segurança, a fim de proporcionar um atendimento mais rápido e eficiente às comunidades”, salientou.

ESTRUTURA E OPERAÇÃO

O Ciop-II conta com modernas instalações, que incluem uma sala de coordenação, datacenter, uma central de atendimento com capacidade para quatro atendentes por turno e um supervisor, além de uma sala destinada ao videomonitoramento e despacho integrado de equipes da Polícia Militar do Estado de Rondônia (PMRO) e Corpo de Bombeiros  Militar de Rondônia (CBMRO). Os atendimentos compreendem o uso de sistemas tecnológicos como o Sistema Interact  e o Sistema Integrado de Segurança (Siseg), ferramentas essenciais para coordenar as ações de emergência na região.

IMPACTOS 

Sala destinada ao videomonitoramento no CIOP II

Desde o início das operações, em setembro, o Centro Integrado de Operações-II já registrou números expressivos. Entre 2 de setembro e 16 de dezembro foram atendidas 12.988 ligações, criados 3.299 protocolos no Siseg, e realizadas 2.951 ações de despacho de equipes. Além disso, as forças de segurança apreenderam 15 armas de fogo e recapturaram 30 foragidos.

O secretário de Segurança, Felipe Bernardo Vital, ressaltou os benefícios do novo Ciop para as forças de segurança e sociedade. “Com o Ciop-II, estamos avançando na modernização e integração das nossas operações. Esse Centro é mais do que uma estrutura física, é um símbolo do comprometimento do governo com a segurança pública e a eficiência do atendimento à população.”

INVESTIMENTOS E RESULTADOS

O projeto do Centro Integrado de Operações-II recebeu um investimento de aproximadamente R$ 1 milhão, que abrangeu reformas, aquisição de equipamentos tecnológicos, como telas côncavas e sistemas de videomonitoramento, e a contratação de novos prestadores de serviço voluntário. Os esforços buscam replicar o modelo de sucesso já implementado no Ciop de Porto Velho, promovendo um atendimento mais humano e ágil.

Com a inauguração do CIOP-II, Ji-Paraná e municípios vizinhos passam a contar com uma estrutura de segurança pública robusta e eficiente, fortalecendo a ordem pública e a defesa social na região.

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Fonte: Governo RO

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