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Agronegócio

Expectativa do Governo é de que a cafeicultura possa gerar pelo menos US$100 milhões em exportação até o fim do ano

Agronegócio

Cultura do café fomenta a agricultura familiar e injeta dinheiro nas economias dos municípios de Rondônia

Rondônia tem se destacado na cultura do café, tanto em qualidade quanto em volume de vendas, com resultados expressivos no mercado. Em 2024, o setor registrou um forte crescimento, aquecendo a economia e impactando positivamente a balança comercial rondoniense. De janeiro a setembro, foram exportados mais de US$ 89,3 milhões em café, principalmente para a Ásia e Europa (que enfrentam crises climáticas que afetaram drasticamente a produção, abrindo novas fronteiras comerciais para o café brasileiro) e a expectativa do Governo de Rondônia é que as exportações alcancem US$ 100 milhões em vendas até o final do ano.
Dados do IBGE mostram que Rondônia supera a média nacional de rendimento na produção de café. Enquanto o Brasil registra uma média de 2.560 kg por hectare, Rondônia atinge 3.630 kg, aceleração gerada através do fortalecimento da cafeicultura impulsionado pelas políticas públicas fortalecidas pelo Governador Marcos Rocha.
O secretário de Agricultura, Luiz Paulo, destaca o impacto desse crescimento, especialmente para a agricultura familiar. “O aumento da exportação gera mais empregos no campo, aquece a economia dos municípios e cria novas oportunidades de negócios, beneficiando toda população de Rondônia”, afirma.
A estratégia do governador tem rendido frutos significativos. Em comparação, o Estado exportou US$ 2,3 milhões em café em 2022; US$ 17,5 milhões em 2023; e em nove meses de 2024, o valor chegou a US$ 89,3 milhões. “A cafeicultura fortalece o produtor, fomenta a economia e promove desenvolvimento sustentável. Estamos criando um novo pilar econômico para Rondônia”, conclui Marcos Rocha.

CONVERGÊNCIA DE FATORES QUE ALAVANCARAM AS VENDAS DO CAFÉ RONDONIENSE
A crise climática que principalmente a Ásia está enfrentando também colaborou com o crescimento da cafeicultura de Rondônia. Os produtores do Vietnã (um dos maiores do mundo) migraram de cultura, deixando o café de lado em decorrência do clima e isso criou uma lacuna enorme no mercado mundial. Países como Colômbia, Etiópia, Peru e Uganda (também produtores de renome) tentaram, com pouco sucesso, cobrir a demanda. O Brasil conseguiu acessar essa parcela de mercado e a qualidade do que é produzido em Rondônia chamou a atenção do mercado internacional.
Outro fator que tem colaborado com o volume de vendas é o mercado chinês. A população está mudando seus hábitos culturais, consumindo menos quantidades de chás, dando lugar ao consumo do café. As agendas de promoções do café rondoniense criadas pelo Governo do Estado também são grandes ferramentas de vendas. Somente em julho deste ano, durante o evento Taste and Feel (consuma e aprove) realizado em Londres, foram vendidos dois contêineres de café aos londrinos. Esse tipo de evento permite que os compradores tenham contato com a história da produção e principalmente provem a qualidade do produto ofertado.

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Agronegócio

Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.

Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.

Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.

A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.

A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.

Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.

Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

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