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Agronegócio

Falta de arroz no estoque da Conab gera desespero e medidas equivocadas do governo, denuncia Izan Rezende

Agronegócio

O presidente do Instituto do Agronegócio (IA), Izan Rezende, denunciou nesta quarta-feira (22.05) a omissão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na gestão dos estoques de arroz, que resultou na necessidade de importação de um milhão de toneladas.

Veja os relatórios de estoque de arroz da Conab desde 1987, nunca faltou arroz nos armazens como nos últimos 2 anos:

Segundo Rezende, a Conab, empresa pública responsável por garantir a segurança alimentar do país, falhou em sua missão de armazenar arroz para suprir a demanda interna em momentos de crise. “A incompetência e ineficiência da gestão da Conab são as verdadeiras responsáveis pelo desespero do governo federal em importar arroz”, afirmou.

O presidente do IA ressalta que, em anos anteriores, a Conab mantinha estoques estratégicos de arroz, garantindo a regularidade do abastecimento à população. No entanto, nos últimos dois anos (2023 e 2024), a estatal negligenciou essa função crucial, deixando o país desabastecido.

VOCÊ TAMBÉM PODE CONSULTAR OS ESTOQUES DA CONAB, CLICANDO AQUI

“Essa falha da Conab gerou uma série de consequências negativas para o país”, alerta Rezende. A escassez de arroz no mercado interno provocou a especulação e o aumento de 30% nos preços do produto entre os países do Mercosul. Em um momento de crise econômica, essa alta impacta diretamente o bolso do consumidor brasileiro.

Para tentar solucionar o problema, o governo federal, em uma decisão considerada equivocada por Rezende, zerou o imposto de importação de arroz de países de fora do Mercosul até 31 de dezembro de 2024. “Essa medida, além de onerar o consumidor, prejudica ainda mais os produtores nacionais de arroz, que já estão sofrendo com a alta dos custos de produção”, critica o presidente do IA.

Diante da situação caótica, Izan Rezende cobra providências imediatas do governo federal. “É urgente que se faça uma profunda reforma na Conab, tirando os ‘Jabutis’ da gestão e profissionalizando a estatal”, defende. “Precisamos garantir que a Conab cumpra de fato seu papel de garantir a segurança alimentar do país, evitando que situações como essa se repitam no futuro”, conclui.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.

Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.

Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.

A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.

A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.

Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.

Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

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