Agronegócio

FAPERON sedia reunião da Comissão de Regularização Fundiária de Rondônia para debater as principais restrições legais ao crédito rural

Agronegócio

A Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia (FAPERON) sediou, nesta sexta-feira (11), a 3ª Reunião Ordinária da Comissão Estadual de Regularização Fundiária. O evento reuniu os membros da comissão, lideranças políticas e representantes de diversas instituições para discutir os principais desafios, entraves, restrições e oportunidades relacionados ao acesso ao crédito rural e à regularização de terras no estado.

Um dos temas de maior destaque foi a criação de uma plataforma única para integração de dados fundiários, alimentada pela Sedam, órgão ambiental, e pelo Incra, juntamente com a plataforma do Sistema Florestal Brasileiro (SFB). Essa plataforma visa atender às exigências legais impostas pelos decretos e resoluções federais em vigor e, assim, possibilitar a aceleração da liberação de créditos rurais para custeio e investimentos para os agricultores rondonienses e suas propriedades.
A proposta é considerada um passo essencial para remover restrições ambientais e fundiárias das propriedades rurais que buscam financiamentos junto aos agentes financeiros. Isso será alcançado por meio de ações administrativas, que informarão formalmente à Sedam sobre as áreas e zonas produtivas protegidas e incluídas no Zoneamento Agroecológico (ZEE) de Rondônia.
Essas informações serão integradas ao Sistema Florestal Brasileiro, garantindo que as áreas consolidadas e glebas arrecadadas sejam reconhecidas como produtivas, conforme previsto no decreto vigente. A iniciativa também prevê a integração da plataforma estadual Geoportal com o Sistema Florestal Brasileiro (SFB), reforçando a gestão das restrições de áreas públicas de Florestas Tipo B.
O senador Confúcio Moura, que participou remotamente da reunião, destacou sua atuação política em Brasília junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, à direção do Incra e ao SFB para a revisão do decreto sobre as Florestas Tipo B, um obstáculo legal que tem impactado diretamente a concessão de crédito rural em todos os municípios de Rondônia.
Confúcio destacou que, com os avanços recentes junto aos órgãos federais, o processo não depende mais de novos atos presidenciais, mas sim de um alinhamento técnico das bases de dados cartográficas do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), do Serviço Florestal Brasileiro e, agora, da Sedam.
Hélio Dias, presidente do Sistema Faperon/Senar, enfatizou a relevância do debate sobre a necessidade de destravar a aplicação do crédito rural em Rondônia e a importância da colaboração e do conhecimento das entidades e superintendências dos bancos oficiais e cooperativos presentes nesses encaminhamentos. “O crédito rural é uma das principais ferramentas para o crescimento do setor agropecuário, e a união de esforços entre as instituições é essencial para superarmos os entraves que dificultam o acesso ao financiamento”, ressaltou.
O evento também contou com a presença de representantes de importantes instituições envolvidas no processo de regularização fundiária e crédito rural em Rondônia, como o superintendente do Incra, Flávio; Victor Paiva, da Aprosoja; Valdecir Tose, do Basa; Jorge Werley, Antonio Euller e Laisde Carvalho, diretores do Incra; Valdir Rothermel, do Sicoob Norte; Dione Wesley, da Caixa Econômica Federal; Fábio Adriano, da SEDEC; secretário Gilmar de Oliveira, Charles Barata e Geovane, da Sedam; Hélio Dias, Dr. Jorge Rafael, Victor Andreolli, da Faperon, entre outros participantes remotos.
O presidente da Comissão Estadual de Regularização Fundiária, secretário adjunto Gilmar de Oliveira, da Sedam, afirmou que a comissão, criada por decreto estadual, tem atribuições legais e objetivos de promover a integração interinstitucional para viabilizar a regularização fundiária de todas as áreas passíveis de regularização no território do estado de Rondônia. Sua premissa fundamental é garantir a representatividade dos segmentos envolvidos, facilitando o acesso à terra, contribuindo para a sua titulação, a segurança jurídica e promovendo o desenvolvimento sustentável em Rondônia.
A expectativa é que, com o apoio da Comissão Estadual de Regularização Fundiária e o trabalho de suas entidades e instituições representativas, sejam implementadas soluções rápidas e eficazes de ações administrativas e políticas nas diversas esferas, promovendo o destravamento e a liberação do crédito rural nas diversas linhas de crédito do plano safra 2024/2025, fortalecendo a produção agrícola e o desenvolvimento socioeconômico de Rondônia.
COMENTE ABAIXO:
Propaganda

Agronegócio

Autorizado plantio em fazenda embargada pelo Ibama no Matopiba

Publicados

em

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) concedeu, na véspera de Natal, uma decisão histórica ao autorizar o plantio de soja na Fazenda Ypê, localizada na região do Matopiba, entre Tocantins e Piauí. A decisão permitiu ao produtor Adão Ferreira Sobrinho retomar as atividades na propriedade, que estava embargada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ligado ao Ministério do Meio Ambiente, devido a um impasse sobre o licenciamento ambiental.

Segundo o advogado que representa o produtor, o órgão ambiental vinha alterando as exigências e locais de licenciamento, criando um cenário de instabilidade jurídica e impedindo o avanço das atividades econômicas. “Essa decisão assegura o direito do produtor de trabalhar enquanto o processo de licenciamento é concluído. Sem isso, a Fazenda perderia a janela de plantio e sofreria prejuízos irreparáveis”, afirmou Franco.

A desembargadora relatora destacou que embargos administrativos não podem funcionar como “pena perpétua”, especialmente em áreas consolidadas antes de 2008 e com respaldo do Código Florestal de 2012. A decisão suspendeu os embargos e liberou maquinários apreendidos, garantindo que o plantio da safra 2024/2025 ocorresse dentro do prazo.

A Fazenda Ypê, consolidada há quase três décadas, gera empregos diretos e sustenta 14 famílias. Sua localização no Matopiba, uma das regiões agrícolas mais promissoras do Brasil, ilustra os desafios enfrentados por produtores devido à indefinição de competências entre estados e órgãos reguladores.

A decisão do TRF-1 representa um marco na luta do agronegócio contra entraves burocráticos, reforçando a importância da segurança jurídica para o setor. Para especialistas, casos como o da Fazenda Ypê evidenciam a necessidade de reformas na gestão ambiental brasileira, promovendo um equilíbrio entre preservação e desenvolvimento econômico.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

POLÍCIA

RONDÔNIA

PORTO VELHO

POLÍTICA RO

MAIS LIDAS DA SEMANA