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Fluminense faz virada espetacular em cima do Inter e está na final da Libertadores
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O Fluminense surpreendeu ao garantir sua vaga na final da Libertadores com uma incrível virada. O Tricolor venceu o Internacional por 2 a 1 no jogo de volta no Beira-Rio, avançando com um placar agregado de 4 a 3.
John Kennedy e Cano marcaram os gols decisivos aos 36′ e 42′ do segundo tempo, garantindo a classificação. Mercado marcou o gol do Inter aos dez minutos do primeiro tempo.
Valencia teve duas oportunidades claras de marcar no segundo tempo, quando o placar ainda estava em 1 a 0 para o Colorado.
O Fluminense mantém vivo o sonho de conquistar o título inédito da Libertadores. A equipe retorna à final após 15 anos e está determinada a buscar sua primeira taça.
A grande final está marcada para 4 de novembro no Maracanã. O adversário será o vencedor do confronto entre Palmeiras e Boca Juniors, que será decidido amanhã – o jogo de ida na Argentina terminou em 0 a 0.
Ambas as equipes voltam a campo no domingo (8) para confrontos clássicos no Brasileirão. O Fluminense enfrentará o Botafogo, enquanto o Internacional terá o Grêmio como adversário – ambos os jogos começarão às 16h (horário de Brasília).
No início da partida, o Internacional mostrou domínio. Com o apoio de mais de 50 mil torcedores no Beira-Rio, os donos da casa pressionaram o adversário, forçando erros na saída de bola e impedindo o Fluminense de avançar além do meio-campo, seguindo o estilo característico de Coudet.
O Fluminense tentou controlar o ritmo do jogo, mas sofreu um gol cedo em uma jogada de bola parada. Fábio esbarrou em Nino durante uma cobrança de escanteio, caiu no chão e deixou o gol desprotegido para Mercado abrir o placar. A estratégia de pressão deu resultados, mesmo que de forma inesperada.
Os visitantes começaram a dominar a posse de bola, enquanto o Inter respondia com contra-ataques. O Flu trocava passes, em busca de brechas na defesa colorada, enquanto os donos da casa recuavam e apostavam na velocidade. No entanto, o Fluminense não conseguiu criar perigo real.
Diniz fez alterações no intervalo e a equipe voltou para o segundo tempo com uma postura mais ofensiva. O time ficou mais agressivo com as mudanças, com Marcelo se movimentando pelo meio-campo, mas também passou a deixar espaços na defesa.
Valencia perdeu duas oportunidades de ampliar o placar e foi aí que brilhou a estrela de John Kennedy. O atacante saiu do banco, marcou o primeiro gol e depois deu o passe para Cano virar o jogo em apenas seis minutos mágicos, em pleno campo adversário.
Os torcedores do Internacional fizeram uma grande festa nos arredores do Beira-Rio antes da partida. Os fãs organizaram o evento conhecido como “Ruas de Fogo”, acendendo sinalizadores para receber os jogadores e aumentaram ainda mais a atmosfera para o jogo.
No entanto, os sinalizadores também apareceram dentro do estádio. Uma dessas sinalizações atingiu uma ambulância e causou um pequeno incêndio, enquanto o sistema de som insistia repetidamente para evitar o uso de pirotecnia e evitar penalidades ao clube.
O clima de tensão dominou o Beira-Rio no final da partida. Os torcedores estavam apreensivos, mesmo com a vantagem de 1 a 0, e ficaram frustrados com a virada.
Ficha técnica
Inter 1 x 2 Fluminense [3×4 no agregado]
Competição: Volta da semifinal da Libertadores
Local: Beira-Rio, em Porto Alegre (RS)
Data e hora: 4 de outubro de 2023, às 21h30
Árbitro: Jesús Valenzuela
Assistentes: Jorge Urrego e Tulio Moreno
VAR: Juan Soto
Amarelos: Martinelli
Vermelhos: Não houve
Público: 50.002
Renda: R$ 1.439.508,00
Gols: Mercado, aos 10’/1ºT, Jhon Kennedy, aos 36’/2ºT, e Cano, aos 42’/2ºT
Inter: Rochet; Hugo Mallo, Vitão, Gabriel Mercado e Renê; Johnny (Luiz Adriano), Charles Aránguiz (Bruno Henrique), Mauricio (Carlos de Pena), Alan Patrick e Wanderson (Lucca); Enner Valencia. Técnico: Eduardo Coudet
Fluminense: Fábio; Guga (Yony González), Nino, Felipe Melo (John Kennedy) e Marcelo; Alexsander (Martinelli), André, Ganso (Lima), Arias e Keno (Marlon); Cano. Técnico: Fernando Diniz
Fonte: Esportes
Brasil
STF retoma julgamento sobre responsabilidade de redes por conteúdos
Ministro Dias Toffoli conclui leitura de seu voto
O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quarta-feira (4) o julgamento dos processos que tratam da responsabilidade das empresas que operam as redes sociais sobre o conteúdo ilegal postado pelos usuários das plataformas.
O julgamento começou na semana passada e ainda não há placar de votação formado. Somente o ministro Dias Toffoli, relator de um dos processos, iniciou a leitura de seu voto, que deve ser finalizado na sessão de hoje. Mais dez ministros vão votar sobre a questão.
A Corte discute a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014), norma que estabeleceu os direitos e deveres para o uso da internet no Brasil.
De acordo com o artigo 19, “com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura”, as plataformas só podem ser responsabilizadas pelas postagens ilegais feitas por seus usuários se, após ordem judicial, não tomarem providências para retirar o conteúdo.
Na semana passada, representantes das redes sociais defenderam a manutenção da reponsabilidade somente após o descumprimento de decisão judicial, como ocorre atualmente. As redes socais sustentaram que já realizam a retirada de conteúdos ilegais de forma extrajudicial, que o eventual monitoramento prévio configuraria censura.
Por outro lado, os ministros Alexandre de Moraes e Dias Toffoli já sinalizaram que devem se manifestar a favor de balizas para obrigar as redes sociais a retirarem conteúdos ilegais de forma mais rápida.
Para Moraes, os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 demonstraram a “falência” do sistema de autorregulação das redes sociais .
Dias Toffoli afirmou que o Marco Civil da Internet deu imunidade para as plataformas digitais.
Entenda
O plenário do STF julga quatro processos que discutem a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet.
Na ação relatada pelo ministro Dias Toffoli, o tribunal julga a validade da regra que exige ordem judicial prévia para responsabilização dos provedores por atos ilícitos. O caso trata de um recurso do Facebook para derrubar decisão judicial que condenou a plataforma por danos morais pela criação de um perfil falso de um usuário.
No processo relatado pelo ministro Luiz Fux, o STF discute se uma empresa que hospeda um site na internet deve fiscalizar conteúdos ofensivos e retirá-los do ar sem intervenção judicial. O recurso foi protocolado pelo Google.
A ação relatada por Edson Fachin discute a legalidade do bloqueio do aplicativo de mensagens WhatsApp por decisões judiciais e chegou à Corte por meio de um processo movido por partidos políticos.
A quarta ação analisada trata da suspensão do funcionamento de aplicativos diante do descumprimento de decisões judiciais que determinam a quebra do sigilo em investigações criminais.
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