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REFORMA TRIBUTÁRIA

GOVERNO DEIXA CARNES DE FORA DA ISENÇÃO DE IMPOSTOS DA CESTA BÁSICA NA REFORMA TRIBUTÁRIA

Brasil

A carne bovina terá alíquota reduzida em 60% em relação ao imposto padrão com regulamentação da reforma tributária

As proteínas de origem animal, como carnes bovina, suína, ovina, caprina e de aves, ficaram de fora da isenção de produtos básicos na proposta do governo Lula (PT) para a regulamentação da reforma tributária. Os itens terão um imposto parcial, com redução de 60% em relação à alíquota padrão.

Isso significa que as carnes não farão parte da Cesta Básica Nacional, que terá imposto zero. Com a proposta do Ministério da Fazenda, as proteínas animais farão parte da chamada cesta básica estendida e terão uma alíquota de 10,6%.

De acordo com Bernard Appy, secretário extraordinário para a reforma tributária do Ministério da Fazenda, atualmente as carnes têm uma tributação média de 12,7% nos estados com o ICMS e impostos residuais. Assim, de acordo com o governo, os impostos para os itens terão uma queda, indo para os 10,6% propostos.

Para as famílias mais pobres, a queda nos impostos deve ser menor, chegando a 8,5%. A diferença se dará porque cerca de 73 milhões de brasileiros, a parcela mais pobre da população, terá direito ao cashback (devolução de parte dos impostos pagos) de 20% dos impostos pagos nos produtos.

O corte para saber quem terá direito ao cashback foi feito por renda, de acordo com o Ministério da Fazenda. O governo considerou as famílias que têm renda de até meio salário mínimo por pessoa e está cadastrada no CadÚnico para chegar ao número de pessoas que deveriam ser beneficiadas com o mecanismo.

O projeto de regulamentação da Emenda Constitucional que institui o novo sistema tributário brasileiro está em análise no Congresso.

 

O governo federal escolheu deixar as proteínas animais de fora da Cesta Básica Nacional e, portanto, da isenção total de impostos porque atualmente as carnes já são tributadas acima de um limiar de 11% e porque o consumo é concentrado entre as famílias mais ricas do Brasil, segundo dados analisados pelo Ministério da Fazenda, principalmente porque os mais pobres consomem os cortes menos nobres, a chamada carne de segunda.

Segundo o governo, não é tecnicamente viável cortar o imposto dos cortes de carne consumidos pela população mais pobre e manter os impostos dos cortes consumidos pelos mais ricos. Isso porque não haveria como fiscalizar que a regra estaria sendo cumprida.

Além disso, de acordo com o governo, o cashback para os mais pobres de 20% dos impostos pagos nas proteínas animais que já terão uma redução de 60% do imposto padrão assegura que os mais pobres paguem menos para consumir carne bovina, como a picanha, por exemplo.

Os técnicos da Fazenda indicaram ainda que se as proteínas de origem animal estivesse com alíquota zero, a alíquota padrão, indicada em 26,5% com o texto atual, subiria para mais de 27%. Ou seja, o imposto padrão para o comércio e os serviços aumentaria.

“Ao ficar na alíquota reduzida já tem, para a média do Brasil, uma redução na tributação sobre a carne”, disse Appy ao explicar a proposta de regulamentação do governo na quinta-feira (26)

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Brasil

STF retoma julgamento sobre responsabilidade de redes por conteúdos

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Ministro Dias Toffoli conclui leitura de seu voto

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quarta-feira (4) o julgamento dos processos que tratam da responsabilidade das empresas que operam as redes sociais sobre o conteúdo ilegal postado pelos usuários das plataformas.

O julgamento começou na semana passada e ainda não há placar de votação formado. Somente o ministro Dias Toffoli, relator de um dos processos, iniciou a leitura de seu voto, que deve ser finalizado na sessão de hoje. Mais dez ministros vão votar sobre a questão.

A Corte discute a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014), norma que estabeleceu os direitos e deveres para o uso da internet no Brasil.

De acordo com o artigo 19, “com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura”, as plataformas só podem ser responsabilizadas pelas postagens ilegais feitas por seus usuários se, após ordem judicial, não tomarem providências para retirar o conteúdo.

Na semana passada, representantes das redes sociais defenderam a manutenção da reponsabilidade somente após o descumprimento de decisão judicial, como ocorre atualmente. As redes socais sustentaram que já realizam a retirada de conteúdos ilegais de forma extrajudicial, que o eventual monitoramento prévio configuraria censura.

Por outro lado, os ministros Alexandre de Moraes e Dias Toffoli já sinalizaram que devem se manifestar a favor de balizas para obrigar as redes sociais a retirarem conteúdos ilegais de forma mais rápida.

Para Moraes, os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 demonstraram a “falência” do sistema de autorregulação das redes sociais .

Dias Toffoli afirmou que o Marco Civil da Internet deu imunidade para as plataformas digitais.

Entenda

O plenário do STF julga quatro processos que discutem a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet.

Na ação relatada pelo ministro Dias Toffoli, o tribunal julga a validade da regra que exige ordem judicial prévia para responsabilização dos provedores por atos ilícitos. O caso trata de um recurso do Facebook para derrubar decisão judicial que condenou a plataforma por danos morais pela criação de um perfil falso de um usuário.

No processo relatado pelo ministro Luiz Fux, o STF discute se uma empresa que hospeda um site na internet deve fiscalizar conteúdos ofensivos e retirá-los do ar sem intervenção judicial. O recurso foi protocolado pelo Google.

A ação relatada por Edson Fachin discute a legalidade do bloqueio do aplicativo de mensagens WhatsApp por decisões judiciais e chegou à Corte por meio de um processo movido por partidos políticos.

A quarta ação analisada trata da suspensão do funcionamento de aplicativos diante do descumprimento de decisões judiciais que determinam a quebra do sigilo em investigações criminais.

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