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Janeiro Roxo: Médico alerta para cuidados contra a Hanseníase na Gravidez

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A hanseníase é uma doença crônica e transmissível, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que se multiplica lentamente, levando a sintomas que podem demorar até 20 anos para aparecer. Ela afeta principalmente os nervos periféricos e está associada a lesões cutâneas características. Sem tratamento, pode causar danos aos nervos, demonstrados por fraqueza nas mãos e pés e pela presença de deformidade visível. Embora a doença seja completamente curável, com uma terapia que é gratuita, a demora em iniciar o tratamento pode levar à incapacidade permanente.

O Brasil concentra mais de 90% dos casos de hanseníase da América Latina, sendo o segundo país no mundo com a maior incidência, ficando atrás apenas da índia. Janeiro é o mês escolhido para a conscientização sobre a doença.

O ginecologista e obstetra Dr. Alberto Guimarães explica sobre a Hanseníase durante a gravidez:

Que problemas a hanseníase durante a gestação pode trazer à mãe e ao bebê?

A hanseníase começa de uma forma aparentemente inocente, com uma alteração na pele, e o desfecho pode levar a grandes mutilações, por isso quando um infectado era identificado ele era isolado, porque as pessoas começam a perder partes do corpo devido ao processo de atrofiamento e deformação, o que acabava causando uma segregação, sem o convívio com a sociedade.

Como é o tratamento da doença quando a paciente está grávida?

Como é uma doença que avança de uma maneira lenta e gradual, muitas pessoas que nem sabem que tem hanseníase acabam engravidando. Caso o diagnóstico seja feito durante a gestação, a principal questão é o tratamento que envolve vários medicamentos e que podem ter alteração no bebê, mas isso depende da fase que foi feito esse diagnóstico e do momento e que se inicia o tratamento. O tratamento da hanseníase dentro e fora da gravidez é o mesmo, com polimendicação, ou seja, a utilização de vários medicamentos.

Como a gestante pode evitar a hanseníase?

A hanseníase é transmitida principalmente por meios respiratórios, então é importante para a mulher – e não só a gestante – evitar os grandes conglomerados, a convivência em espaços com pouca ventilação, ou lugares aonde as pessoas não tem muita higiene. Uma abordagem interessante seriam campanhas que pudessem lembrar as pessoas que a hanseníase continua existindo, mesmo que a gente viva em um momento onde o Zika Vírus exige muitos recursos para descobrir como lidar com esse vírus, no Brasil ainda existem mais de 30 mil casos de hanseníase novos por ano e que passam despercebidos. É necessário que as pessoas estejam atentas ao seu próprio corpo e principalmente lembrar que manchas na pele e diminuição de sensibilidade (térmica, dolorosa e tátil) são situações que precisam ser investigadas. Se for feito o diagnóstico, a pessoa tem que entender a importância de ser tratado, geralmente o tratamento é longo, dependendo da fase da doença, e não é algo que termina em uma semana ou um ano, é um acompanhamento. É interessante ficar claro essa importância do tratamento e ser indicado, caso a mulher saiba que contraiu essa doença, a esperar a cura para se engravidar.

O pré-natal de uma gestante com hanseníase deve ser diferenciado?

O pré-natal de uma mulher que tem hanseníase será sim diferenciado, já que dependendo da gravidade da doença podem existir sequelas na criança. Na hanseníase a questão começa pela pele, mas o bacilo causador da doença tem preferência por atacar os nervos periféricos e a partir disso começam as outras complicações, inclusive a doença pode comprometer a visão por conta da alteração do nervo ótico, atrofiar músculos, alteração da movimentação. Além da pessoa também perder a autoestima e acabar se isolando, devido à essas situações. Durante o pré-natal, são tomados cuidados gerais para diminuir estas complicações referentes ao ataque dos bacilos nos nervos periféricos da mãe.

O recomendado é que a mulher que tenha hanseníase espere estar curada para engravidar, porém, muitas mulheres engravidam nesse período, e o Brasil tem mais de 30 mil casos de hanseníase por ano, segundo a OMS. O que contribui para esse cenário, na sua opinião?

São vários os fatores que contribuem para que a hanseníase não seja erradicada no Brasil. A hanseníase é o que chamamos de “doença silenciosa”, então ela começa na pele, de forma pouco perceptível, e em embora seja uma patologia de fácil identificação médica, muitas vezes as mulheres que estão infectadas engravidam porque nem sabem que estão doentes.
Outro fator é que a doença tem um tratamento longo e muitas vezes as pessoas abandonam os remédios por não verem o resultado imediato. O que agrava ainda mais a situação é que no Brasil não há políticas públicas que incentivem o planejamento familiar, então se a mulher engravida por acidente as chances de o bebê ter como consequência doenças graves é ainda maior. A hanseníase é uma questão de saúde pública, ainda mais por se tratar de uma doença que se prolifera com mais incidência em classes sociais menos favorecidas, que vivem em espaços menores, com mais pessoas e com poucas condições de higienização.

Dr. Alberto Guimarães: ginecologista, obstetra e precursor do Parto sem Medo
Formado pela Faculdade de Medicina de Teresópolis (RJ) e mestre pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP), o médico atualmente encabeça a difusão do “Parto Sem Medo”, novo modelo de assistência à parturiente que realça o parto natural como um evento de máxima feminilidade, onde a mulher e o bebê devem ser os protagonistas. Atuou no cargo de gerente médico para humanização do parto e nascimento do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim, CEJAM, em maternidades municipais de São Paulo e na Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. Site: https://www.partosemmedo.com.br/

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Cuidar da circulação pode ajudar a envelhecer melhor e com mais saúde

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Conheça algumas dicas de prevenção e cuidados para evitar doenças que possam afetar os vasos sanguíneos

O brasileiro está vivendo mais e, com isso, os cuidados com a saúde precisam ser reforçados para garantir a qualidade de vida ao longo do envelhecimento. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que as pessoas com 60 anos ou mais já representam 15,6% da população, reflexo do aumento de 56% desta faixa etária desde 2010. Além disso, a expectativa de vida subiu de 71,1 anos em 2000, para 76,4 em 2023. Um dos diversos fatores para a melhoria desse índice está relacionado ao cuidado com a saúde. Para viver mais e melhor, é importante ficar atento para possíveis comorbidades que podem surgir ao longo dos anos, principalmente do sistema circulatório.

 

Com o avançar da idade, os vasos sanguíneos se tornam mais frágeis e dilatados, algo que pode tornar o fluxo sanguíneo mais lento. “Qualquer alteração no fluxo de sangue pode trazer consequências para a saúde, por isso, é preciso ter acompanhamento médico constante para compreender as necessidades de cada paciente. Os idosos podem enfrentar problemas como obstruções, tromboses e riscos de doenças cardíacas relacionadas aos sistema circulatório”, afirma a médica Allana Tobita, cirurgiã vascular e membra da SBACV (Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia vascular).

 

Como prevenir

Para evitar estas situações, a médica recomenda ações que podem se tornar hábitos antes mesmo de chegar à terceira idade. Entre eles estão a atividade física, a ingestão de líquidos, o acompanhamento por meio de check-ups periódicos para prevenir doenças cardiovasculares, entre outros.

Dra. Allana Tobita

“O fortalecimento da musculatura das pernas auxilia na ejeção do fluxo sanguíneo e a ingestão de líquidos melhora a fluidez do sangue nas veias. Já a meia de compressão pode ser uma boa opção para momentos de repouso prolongados, pois ajuda a ativar a circulação, conforme orientação médica. É importante ressaltar que não se trata apenas de uma ação, mas um conjunto de fatores que ajudam a manter o sistema circulatório saudável”, explica Allana.

 

Comida que faz bem

A alimentação saudável, com poucas gorduras saturadas, rica em nutrientes, fibras e antioxidantes também faz parte da receita para cuidar e prevenir doenças circulatórias na terceira idade.

“Frutas vermelhas, oleaginosas e fibras ajudam na proteção dos vasos sanguíneos, evitam o acúmulo de gordura e o entupimento das veias. Estes alimentos promovem diversos benefícios conforme a necessidade de cada paciente”, comenta.

 

Cuidado com a mente e o sono

 

Allana também traz como recomendação a necessidade do sono saudável e o controle do estresse. Ambos têm impacto direto no metabolismo e precisam de atenção especial.

 

“O sono saudável permite que o organismo possa processar melhor os nutrientes e evita a ação de radicais livres, substâncias prejudiciais que aumentam o risco de doenças como a trombose e obstruções arteriais. Já o estresse pode levar a outras situações como a ansiedade, que por consequência afetam o sono e diversos aspectos da saúde. Por isso, uma abordagem multifatorial, que envolva aspectos físicos e psicológicos, pode promover benefícios ainda maiores para as pessoas”, finaliza.

Sobre as meias de compressão

As meias de compressão funcionam como uma “bomba da panturrilha”, e reforçam o mecanismo natural das pernas para bombear o sangue até o coração. Algumas meias como os modelos da SIGVARIS GROUP possuem uma tecnologia que auxilia no tratamento dos desconfortos causados por problemas de circulação, a exemplo de inchaços, dores, entre outros.

 

Sobre a SIGVARIS GROUP

A SIGVARIS GROUP é uma empresa suíça de capital 100% familiar desde sua fundação e que está empenhada em ajudar as pessoas a se sentirem melhor com soluções inovadoras e de alta qualidade em terapia de compressão médica. Todo dia. No mundo todo. Nosso portfólio atende a uma ampla gama de diferentes necessidades e indicações, com o objetivo de promover saúde e qualidade de vida às pessoas, prevenire tratar doenças venosas e proporcionar conforto em todos os momentos da vida. A empresa foi fundada em 1864 na cidade de Winterthur e, por aproximadamente 100 anos, produziu “tecidos emborrachados elásticos”, comercializado na Suíça e no Exterior. Entre 1958 e 1960, colaborou com o Dr. Karl Sigg para desenvolver meias médicas de compressão para melhorar a função venosa e aliviar os sintomas venosos. O portfólio de produtos foi ampliado em 2009 quando as linhas esportivas, de viagem e de bem-estar, dedicadas ao consumidor, foram acrescentadas à linha médica. As meias das linhas de viagem e bem-estar proporcionam uma função preventiva e aliviam os primeiros sintomas de problemas nas pernas, enquanto os produtos da linha esportiva apoiam o desempenho dos atletas e seu tempo de recuperação. No mundo, são 1,5 mil funcionários, em fábricas na Suíça, França, Brasil, Polônia e Estados Unidos, bem como subsidiárias integrais na Alemanha, Áustria, Reino Unido, Canadá, China, Austrália, México e Emirados Árabes Unidos, com atendimento a 70 países. No Brasil, são mais de 200 funcionários em sua sede, em Jundiaí.

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