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Agronegócio

Preço do leite já caiu 30% em 2023. Governo adota medidas emergenciais para socorrer produtores

Agronegócio

Os valores pagos aos produtores de leite cru tiveram sua quarta queda consecutiva, de acordo com informações divulgadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) nesta segunda-feira (02.10).

No mês de agosto, observou-se uma redução de 6,8% em comparação com julho, resultando em um preço de R$ 2,25 por litro. Quando comparado ao mesmo período do ano anterior, o declínio se aproxima dos 30%, e no acumulado do ano, a queda real alcança 13,6%.

De acordo com o relatório, um dos motivos para a diminuição nos valores pagos aos produtores é o aumento da oferta de leite no mercado interno, com uma alta presença de leite importado.

Além disso, o Cepea destaca o aumento de 0,25% no Custo Operacional Efetivo (COE) na pecuária leiteira no mês passado.

Para conter a crise o Governo Federal tomou várias medidas desde junho para lidar com essa emergência. Começando com o esforço da Câmara de Comércio Exterior (Camex), a primeira ação foi a revogação das medidas e o aumento da fiscalização para coibir práticas ilegais, como a triangulação de produtos de fora do Mercosul para o Brasil.

Adicionalmente, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) está adquirindo leite em pó, com uma chamada pública que se encerra em 10 de outubro, destinando até R$ 100 milhões do produto para distribuição às redes de assistência social. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) também propôs uma subvenção econômica para os produtores de leite.

Nesta segunda-feira (2), equipes técnicas do Mapa e do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) se reunirão com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir medidas tributárias com o objetivo de aumentar a competitividade da indústria de produção de leite no Brasil.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, enfatizou o comprometimento do governo em encontrar soluções para este setor crucial da economia. Ele ressaltou que o governo nunca foi negligente e que as equipes trabalharam intensamente para fornecer uma resposta eficaz.

De acordo com Márcio Elias Rosa, secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, desde agosto do ano passado, as importações de leite aumentaram significativamente, de cerca de 5 toneladas para 14 toneladas. No entanto, desde junho, o Brasil tem registrado uma queda expressiva nas importações, cerca de 25%, devido às medidas urgentes e responsáveis adotadas pelo governo federal.

Fávaro ressaltou que a relação comercial com o Mercosul é benéfica para o Brasil, mas que é necessário encontrar um equilíbrio para proteger os interesses dos produtores nacionais de leite.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Mercado bilionário de cálculos bovinos atrai criminosos e exige maior segurança

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O mercado global de cálculos biliares bovinos, popularmente conhecidos como “pedras de boi” ou “ouro bovino”, é uma das áreas menos conhecidas, mas altamente lucrativas do agronegócio. Segundo um relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, as importações desse produto pela China cresceram 66% desde 2019, alcançando um valor de US$ 218 milhões (cerca de R$ 1,4 bilhão) em 2023.

O Brasil, maior fornecedor global, se destaca como o principal exportador, tendo triplicado suas vendas nos últimos quatro anos, para um total de US$ 148 milhões (cerca de R$ 934 milhões) no mesmo período. Embora os dados detalhados mais recentes ainda estejam em apuração, o crescimento no setor permanece evidente em 2024.

No entanto, esse mercado enfrenta desafios que vão além da logística e da biologia. O valor elevado dos cálculos biliares os torna alvo de roubos e contrabando. No Brasil, casos de assaltos e armazenamento ilegal têm sido registrados.

Em São Paulo, por exemplo, um roubo de 2,7 kg de cálculos resultou em prejuízo estimado em R$ 2 milhões. Situações semelhantes ocorrem em outros países produtores, como Argentina e Uruguai, onde investigações revelaram redes de contrabando e falsificação.

Esse mercado específico é impulsionado pela demanda da medicina tradicional asiática, onde os cálculos biliares são utilizados na produção de medicamentos para tratar transtornos neurológicos, como acidentes vasculares cerebrais e convulsões. O valor das pedras pode variar de R$ 12 mil a R$ 37 mil por quilo no Brasil e alcançar até US$ 65 por grama no mercado internacional.

A produção desses cálculos é extremamente limitada e depende de fatores biológicos. Apenas cerca de 2% das vacas desenvolvem cálculos biliares naturalmente, e eles costumam ser encontrados em gado mais velho. Para produzir 1 kg de cálculos biliares, estima-se que sejam necessários abates de aproximadamente 200 mil animais. Isso torna o produto escasso e altamente valioso.

Além do Brasil, outros países como Austrália, Colômbia, Argentina, Uruguai e Paraguai têm tentado expandir suas exportações para atender à crescente demanda, especialmente na China, que consome cerca de cinco toneladas anuais do produto, mas produz apenas uma tonelada internamente. Recentemente, a Argentina firmou um novo protocolo com a China para exportação formal, enquanto o Uruguai segue em processo de regulamentação.

Apesar das dificuldades, o Brasil mantém sua liderança no setor, refletindo a força e a competitividade de seu agronegócio. Essa posição de destaque reforça o papel estratégico do país no comércio global, ao mesmo tempo em que destaca a necessidade de protocolos claros e segurança para proteger a cadeia produtiva. Com a crescente valorização dos cálculos biliares no mercado internacional, o segmento pode se consolidar como mais uma fonte de renda significativa para o setor de proteína animal brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

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