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RO no fim da fila como sempre: Saúde estuda mudar estratégia de vacinação e priorizar o Norte contra nova cepa

Rondônia será o penultimo a ser beneficiado, não se sabe o critério já que estados como menos população estão mais uma vez sendo beneficiados na frente.

Governadores de outros estados, no entanto, não devem topar a estratégia do ministério

O Ministério da Saúde pretende apresentar a governadores, na quarta-feira (17), uma nova estratégia de vacinação para o país. A CNN apurou que a pasta vai defender que, a partir do próximo lote, sejam priorizados os estados onde a disseminação da nova cepa do novo coronavírus esteja comprometendo o sistema de saúde.

Segundo auxiliares do ministro Eduardo Pazuello, a proposta é começar pelo estado do Amazonas e imunizar não só os grupos prioritários, mas toda a população a partir dos 18 anos de idade. De acordo com a nova estratégia, toda a região Norte do país seria vacinada primeiro.

De acordo com a apuração da CNN, o cronograma que o ministério deve apresentar aos governadores mostra que os estados serão totalmente vacinados na seguinte ordem: Amazonas, Roraima, Acre, Amapá, Rondônia e Pará.

A pasta de Pazuello trabalha com um cenário em que, paralelamente a essa estratégia para a região Norte, o restante do Brasil seguiria o cronograma de grupos prioritários previstos no PNI (Plano Nacional de Imunização).

Os governadores, no entanto, não devem topar a estratégia do ministério. A CNN apurou que os chefes dos Executivos estaduais devem manter a proposta de estabelecer um fundo permanente de vacina para atender as regiões mais pressionadas pela Covid-19. A ideia é manter uma reserva de 5% de doses disponíveis para atender esses locais.

A avaliação de governadores ouvidos pela CNN, em caráter reservado, é a de que a estratégia de priorizar determinados estados pode causar ainda mais impacto na vacinação de todo o país.

Há também, de acordo com eles, a possibilidade de se incentivar o turismo de vacinação. De acordo com os governadores, com essa reserva de 5% em um fundo permanente será possível atender de forma mais célere os estados que estão com aumento expressivo de casos.

A expectativa do Ministério da Saúde é receber ainda neste mês de fevereiro 10 milhões de doses prontas da vacina da AstraZeneca, que estão na Índia. De acordo com relatos feitos à CNN, esse novo lote já teria um quantitativo maior reservado para a nova estratégia da pasta.

O Exército ficará responsável pela distribuição da vacina, por sua segurança e pela montagem dos pontos de vacinação por colégio eleitoral em todo o Estado.

Nas zonas eleitorais, a orientação será a mesma já repassada pelos postos de saúde: a população deve apresentar apenas documento com foto e o cartão de vacinação.

COM INFORMAÇÕSE CNN BRASIL

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Agronegócio

Mercado bilionário de cálculos bovinos atrai criminosos e exige maior segurança

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O mercado global de cálculos biliares bovinos, popularmente conhecidos como “pedras de boi” ou “ouro bovino”, é uma das áreas menos conhecidas, mas altamente lucrativas do agronegócio. Segundo um relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, as importações desse produto pela China cresceram 66% desde 2019, alcançando um valor de US$ 218 milhões (cerca de R$ 1,4 bilhão) em 2023.

O Brasil, maior fornecedor global, se destaca como o principal exportador, tendo triplicado suas vendas nos últimos quatro anos, para um total de US$ 148 milhões (cerca de R$ 934 milhões) no mesmo período. Embora os dados detalhados mais recentes ainda estejam em apuração, o crescimento no setor permanece evidente em 2024.

No entanto, esse mercado enfrenta desafios que vão além da logística e da biologia. O valor elevado dos cálculos biliares os torna alvo de roubos e contrabando. No Brasil, casos de assaltos e armazenamento ilegal têm sido registrados.

Em São Paulo, por exemplo, um roubo de 2,7 kg de cálculos resultou em prejuízo estimado em R$ 2 milhões. Situações semelhantes ocorrem em outros países produtores, como Argentina e Uruguai, onde investigações revelaram redes de contrabando e falsificação.

Esse mercado específico é impulsionado pela demanda da medicina tradicional asiática, onde os cálculos biliares são utilizados na produção de medicamentos para tratar transtornos neurológicos, como acidentes vasculares cerebrais e convulsões. O valor das pedras pode variar de R$ 12 mil a R$ 37 mil por quilo no Brasil e alcançar até US$ 65 por grama no mercado internacional.

A produção desses cálculos é extremamente limitada e depende de fatores biológicos. Apenas cerca de 2% das vacas desenvolvem cálculos biliares naturalmente, e eles costumam ser encontrados em gado mais velho. Para produzir 1 kg de cálculos biliares, estima-se que sejam necessários abates de aproximadamente 200 mil animais. Isso torna o produto escasso e altamente valioso.

Além do Brasil, outros países como Austrália, Colômbia, Argentina, Uruguai e Paraguai têm tentado expandir suas exportações para atender à crescente demanda, especialmente na China, que consome cerca de cinco toneladas anuais do produto, mas produz apenas uma tonelada internamente. Recentemente, a Argentina firmou um novo protocolo com a China para exportação formal, enquanto o Uruguai segue em processo de regulamentação.

Apesar das dificuldades, o Brasil mantém sua liderança no setor, refletindo a força e a competitividade de seu agronegócio. Essa posição de destaque reforça o papel estratégico do país no comércio global, ao mesmo tempo em que destaca a necessidade de protocolos claros e segurança para proteger a cadeia produtiva. Com a crescente valorização dos cálculos biliares no mercado internacional, o segmento pode se consolidar como mais uma fonte de renda significativa para o setor de proteína animal brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

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