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Seguro rural: entenda as funções e benefícios da modalidade

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Ao contratar uma apólice de seguro rural o produtor (pessoa física ou jurídica) pode minimizar suas perdas ao recuperar o capital investido na sua lavoura

 

O seguro rural é uma modalidade de seguro destinada a proteger a atividade agropecuária contra diversos riscos, como intempéries climáticas, pragas, doenças e outros eventos que podem causar prejuízos financeiros ao produtor rural.

 

De acordo com Diego Duarte, coordenador do curso de Agronomia da Faculdade Anhanguera, o objetivo é garantir a continuidade da produção e a estabilidade financeira dos agricultores, pecuaristas e outros agentes do setor rural. O docente aponta, que de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), ao contratar uma apólice de seguro rural o produtor (pessoa física ou jurídica) pode minimizar perdas ao recuperar o capital investido na lavoura. “O Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural é uma iniciativa do governo brasileiro que visa estimular o uso de seguros rurais por produtores agropecuários por meio de subsídios financeiros para ajudar a reduzir o custo do seguro, tornando-o mais acessível aos produtores rurais. É oferecido mediante perdas relacionadas a diversos riscos, como previsões climáticas extremas (secas, passivas e granizo, entre outros), doenças e diretrizes que podem afetar a produção agrícola e pecuária.

 

Segundo o especialista, um motivo que ressalta a importância da obtenção desse benefício, é o ocorrido no Rio Grande do Sul, em que enchentes causaram estragos por todo o estado, com mais R$ 423,8 milhões de prejuízos para a agricultura, segundo a CNM (Confederação Nacional dos Municípios). Diego alerta que esse desastre não será o último a prejudicar o agronegócio e que apesar do aumento da procura, a fatia dos negócios cobertos ainda é muito pequena, em que apenas 10% a 15% das fazendas possuem essa segurança. As estatísticas são da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e do Mapa.

 

Para contratar o seguro rural, o produtor deve procurar uma seguradora habilitada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária no Programa de Subvenção. Caso o produtor já tenha cobertura do Proagro ou Proagro Mais para uma lavoura, ele não será beneficiado pelo PSR na mesma área.

 

Por fim, o especialista explica os benefícios do seguro e seus modelos. Confira abaixo:

 

Proteção financeira: garante indenização ao produtor em caso de sinistros, ajudando a cobrir os custos de replantio, reposição de animais e recuperação de estruturas.

Estabilidade econômica: oferece segurança financeira, permitindo que os produtores planejem e invistam com mais confiança na sua atividade.

 

Facilidade de crédito: muitos bancos exigem a contratação de seguro rural como condição para a liberação de créditos agrícolas, facilitando o acesso a financiamentos.

 

Promoção da sustentabilidade: contribui para a sustentabilidade da atividade agropecuária ao mitigar riscos e promover práticas mais seguras e responsáveis.

 

Tipos de Seguro Rural 

 

Seguro Agrícola: cobre culturas específicas contra riscos como granizo, seca, geada, excesso de chuvas, entre outros. Pode incluir culturas como soja, milho, trigo, arroz, entre outras.

 

Seguro Pecuário: protege rebanhos contra morte acidental, doenças, ataques de predadores e outros eventos que possam causar perda de animais.

 

Seguro de Florestas: voltado para plantações florestais comerciais, como eucalipto e pinus, cobrindo riscos como incêndios e ventanias.

 

Seguro Aquícola: destinado à proteção de produções de aquicultura, como peixes e camarões, contra doenças, variações de temperatura e outros riscos específicos.

 

Seguro de Benfeitorias e Produtos Agropecuários: sobre infraestruturas, maquinários, armazéns e produtos estocados contra incêndios, furtos, e outros danos.

 

 

 

Sobre a Anhanguera – Fundada em 1994, a Anhanguera oferece para jovens e adultos uma infraestrutura moderna, ensino de excelência e um portfólio diversificado com mais de 47 cursos de graduação presenciais, 43 semipresenciais e 96 na modalidade a distância, além de pós-graduações, cursos livres, profissionalizantes, técnicos, EJA e preparatórios, com destaque para o Intensivo da OAB. Pertencente à Cogna Educação, o mais diversificado e maior grupo educacional do país, a marca está presente em mais de 106 unidades e 1.698 polos em todos os estados brasileiros, atendendo a milhares de alunos por meio de professores especialistas, mestres e doutores. Com o conceito lifelong centric, centrado na aprendizagem em todas as fases do aluno, 91% das instituições possuem notas 4 ou 5 no MEC. Para mais informações das soluções educacionais, acesse o site e o blog. 

 

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Brasil gigante: colheita começou, mas ainda falta chuva para o plantio

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O Natal chegou e o plantio da safra de soja 2024/2025 ainda está por ser concluído. A última estimativa aponta que 98,9% da área prevista já havia sido semeada o que supera a média histórica de 96,3% para o período e reflete avanços significativos em comparação à safra passada, quando 97% da área havia sido plantada no mesmo intervalo.

No entanto, as dimensões gigantescas de nosso país trazem à tona nuances impressionantes. Nestes 1,1% que ainda estão por plantar temos, por exemplo, o Matopiba — região que compreende Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia — onde a falta de umidade no solo, especialmente no Tocantins e no sul do Maranhão, tem retardado a semeadura. A chegada de chuvas é esperada nos próximos dias, com previsão de volumes entre 60 e 80 mm, o que deve trazer o alívio necessário aos produtores e garantir um bom início de safra.

A situação no restante do Matopiba é mais otimista. Estados como a Bahia e o Piauí também devem receber volumes significativos de chuva, o que contribuirá para a reposição hídrica e a aceleração do plantio. Em Barreiras, um dos principais polos de produção de soja na Bahia, as precipitações previstas garantirão condições ideais para a semeadura e o desenvolvimento inicial das lavouras.

Por outro lado, em regiões do Sudeste e Centro-Oeste, como Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, as altas precipitações registradas nas últimas semanas, com acumulados entre 60 e 80 mm, elevaram a umidade do solo a níveis adequados. No entanto, o excesso de umidade aumenta o risco de pragas e doenças, exigindo maior atenção dos produtores para garantir a sanidade das lavouras. Monitoramento constante e manejo adequado serão fundamentais para evitar perdas.

No Sul do país, as chuvas têm se mostrado regulares, com volumes entre 30 e 40 mm, o que favorece o andamento das atividades de campo. Ainda assim, os produtores precisam monitorar as condições do solo para evitar problemas de encharcamento que possam comprometer a produtividade.

Ao mesmo tempo em que regiões ainda esperam chuvas para começar a plantar, em Mato Grosso, a colheita da safra 2024/25 já começou, como é o caso da região de Querência. Embora os números ainda sejam tímidos e limitados a áreas irrigadas, as expectativas são de que a colheita se intensifique a partir do final de janeiro e início de fevereiro de 2025. A produção do estado deve atingir 44,04 milhões de toneladas, um aumento de 12,78% em relação à safra anterior. A produtividade média esperada é de 57,97 sacas por hectare, representando um crescimento de 11,15% quando comparado à safra de 2023/24.

O início da semeadura no estado foi marcado por atrasos nas chuvas, resultando em um ritmo mais lento nas primeiras semanas. As atividades de plantio se intensificaram na segunda quinzena de outubro, com mais de 50% da área sendo semeada em apenas duas semanas. No entanto, o atraso pode impactar o cronograma da colheita. As previsões climáticas agora são essenciais para o bom andamento da safra, pois chuvas volumosas e persistentes podem prolongar o ciclo das lavouras e favorecer as chamadas “doenças fúngicas”, como a ferrugem asiática.

Fonte: Pensar Agro

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