Agronegócio

Senar-MT realiza diagnósticos em Alto Araguaia para produtores obterem selo arte

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Produtores rurais de Alto Araguaia estão em processo de obtenção do selo arte, certificação nacional que possibilita a comercialização de produtos artesanais de forma regularizada e legal.  Os produtores que demandaram são atendidos pela Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), na cadeia de bovinocultura de leite e pretendem obter o selo para a comercialização do queijo cabacinha.

Em Mato Grosso, o órgão responsável pela obtenção da certificação é o Instituto de Defesa Agropecuária do estado (Indea-MT). O Senar-MT participa do processo orientando os produtores atendidos pela ATeG sobre como obtê-la. O produtor rural de Mato Grosso que quiser informações sobre o selo ou demandar auxílio para sua obtenção, deve solicitar via Sindicato Rural de seu município.

A legalidade traz benefícios tanto aos produtores rurais quanto aos consumidores. A confiança do consumidor para obter esses produtos será muito maior e o produtor rural poderá expandir o seu negócio e enviar os produtos a outros estados.

Nesta primeira semana de fevereiro estão sendo realizados levantamentos com os produtores para analisar documentos já existentes e infraestrutura. Em Alto Araguaia há uma agente de comercialização, profissional que auxilia na regularização das certificações sanitárias.

Selo Arte – Segundo definição do Governo Federal, o selo arte é uma certificação destinada a produtos artesanais como queijos, embutidos, pescados e mel, possibilitando a comercialização em território nacional, eliminando entraves burocráticos. Para os consumidores, é uma garantia de qualidade, com a segurança de que a produção é artesanal e respeita as boas práticas agropecuárias e sanitárias.

O Senar Central produziu um vídeo explicando sobre a certificação, os produtos que podem recebê-la e o passo a passo para obter o selo. O material está disponível no link a seguir: https://www.cnabrasil.org.br/noticias/senar-apresenta-como-obter-o-selo-arte-para-alimentos-artesanais.

Fonte: CNA Brasil

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Agronegócio

Ponte desaba e expõe gargalos logísticos para o escoamento da safra

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O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, no último domingo (22.12), trouxe à tona os problemas crônicos da infraestrutura logística brasileira. A estrutura, que conectava os municípios de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), desmoronou sobre o rio Tocantins, provocando uma tragédia com uma morte confirmada e pelo menos 14 pessoas desaparecidas. Caminhões que transportavam ácido sulfúrico e herbicidas também caíram no rio, levando as prefeituras a emitirem alertas sobre contaminação da água.

O acidente ocorre em um momento crítico para o agronegócio nacional. O Brasil deve alcançar uma safra recorde de 322,53 milhões de toneladas de grãos em 2024/25, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Este aumento de 8,2% em relação à safra anterior reflete o crescimento da produção de soja e milho, mas evidencia os desafios logísticos de um setor cada vez mais pressionado por gargalos estruturais.

A ponte Juscelino Kubitschek estava localizada na região do Matopiba, uma das áreas de maior crescimento do agronegócio no Brasil, englobando os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Nos últimos dez anos, a produção de grãos na região aumentou 92%, saltando de 18 milhões de toneladas em 2013/14 para 35 milhões em 2024.

Essa expansão, no entanto, tem sobrecarregado a infraestrutura local. O intenso tráfego de cargas pesadas, principalmente de fertilizantes e grãos, contribuiu para o desgaste da ponte, que já apresentava rachaduras e denúncias de negligência na manutenção.

Além de afetar a segurança da população, o desabamento representa um entrave significativo ao escoamento da safra. Os portos do Arco Norte, responsáveis por 35,1% das exportações de grãos em outubro de 2024, são fundamentais para o agronegócio brasileiro. A interdição da ponte pode impactar negativamente a logística de transporte para esses portos, aumentando custos e atrasos.

O transporte de fertilizantes também está em alta, com as importações alcançando 4,9 milhões de toneladas em outubro, um crescimento de 5,9% em relação ao mês anterior. Essa demanda reforça a necessidade de investimentos em infraestrutura para evitar colapsos como o ocorrido no rio Tocantins.

Entidades do agronegócio, como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), destacam que episódios como este evidenciam a urgência de investimentos em infraestrutura. “O crescimento do agronegócio brasileiro depende diretamente de uma logística eficiente. A tragédia no rio Tocantins é um alerta para a necessidade de modernização das rotas de transporte e manutenção das estruturas existentes”, afirma a CNA em nota.

O Ministério dos Transportes já anunciou a abertura de uma sindicância para investigar o desabamento e prometeu reconstruir a ponte em 2025. Enquanto isso, o setor agropecuário pede soluções imediatas, como rotas alternativas e a implementação de medidas para mitigar os impactos sobre a logística da safra.

Embora críticas à expansão do agronegócio tenham ganhado destaque após o acidente, é crucial equilibrar o debate. O setor é um pilar da economia nacional, responsável por 25% do PIB e por grande parte das exportações brasileiras. Investir em infraestrutura adequada e eficiente não é apenas uma questão de atender às demandas do agronegócio, mas de assegurar que o crescimento econômico venha acompanhado de segurança, sustentabilidade e benefícios para toda a sociedade.

O desafio agora é transformar essa tragédia em um ponto de virada, priorizando investimentos estratégicos que garantam a competitividade do agronegócio no mercado global, sem negligenciar a segurança das comunidades locais e a preservação ambiental.

Fonte: Pensar Agro

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