Agronegócio
Sindicato equilibra contas com alugueis e até “hotel” para cavalos
Agronegócio
O fim da contribuição sindical obrigatória, em 2017, caiu como uma bomba nas finanças do Sindicato Rural de Tibagi, nos Campos Gerais. De uma hora para a outra, a entidade teve de colocar o pé no freio, cortar gastos e fazer uma rápida adaptação para sobreviver. O começo foi turbulento, mas com criatividade e a ajuda do Programa de Sustentabilidade Sindical (PSS), criado pelo Sistema FAEP/SENAR-PR, a entidade conseguiu achar um novo equilíbrio. Entre as principais estratégias adotadas nesse novo cenário estão o aluguel de salas dentro do próprio sindicato, e em prédios externos pertencentes à instituição, e até mesmo a instalação de um hotel para cavalos, em uma parceria com a prefeitura do município.
A primeira atitude após o fim da contribuição obrigatória foi cortar gastos. O processo de enxugar os custos envolveu, por exemplo, deixar de participar de alguns eventos e também mudar a forma de compra de insumos. “Antes nós comprávamos em pequenas quantidades, o que não nos dava margens para negociação. Agora, fazemos compras maiores e também mudamos nossos fornecedores”, revela a colaboradora do sindicato Joyce Hellen da Rocha Turra.
De forma simultânea, a diretoria do sindicato se mobilizou para aumentar a receita. Dentro do próprio prédio da entidade foram liberadas quatro salas de 20 metros quadrados cada – hoje ocupadas por prestadores de serviço como esteticista, manicure e fisioterapeuta. Um prédio nos fundos do terreno do sindicato, com um total de 400 metros quadrados, passou por melhorias e, posteriormente, foi alugado para a prefeitura. A antiga sede do sindicato, da mesma forma, foi alugada. Com isso, somente com alugueis, o sindicato passou a arrecadar quase R$ 6 mil por mês.
Outra fonte de renda importante da entidade sindical vem de um “hotel” para cavalos. Em parceria com a prefeitura da cidade, a instituição representante dos produtores rurais obteve um espaço dentro do Centro de Eventos do município. Lá foi montada uma estrutura de cocheiras e se cobra um valor mensal para cuidar de animais de terceiros. Tirando as despesas com o funcionário, a estrutura gera em torno de R$ 2 mil mensais fixos de receita líquida.
“Tivemos que reestruturar algumas coisas no sindicato, mas hoje oferecemos mais serviços para os produtores rurais. Hoje conseguimos continuar oferecendo com a mesma qualidade”, reflete Maurício Chizini Barreto, presidente do sindicato.
As prestações de serviço como declaração de Imposto Territorial Rural (ITR), folha de pagamento, Certificado de Cadastro do Imóvel Rural (CCIR), contratos em geral, Certificação Digital e Cadastro Nacional de Imóveis Rurais (CNIR) também geram renda ao sindicato. Em média, entram no caixa em torno de R$ 1 mil que ajudam na manutenção das contas. Os produtores associados recebem descontos nesses serviços, enquanto os não associados têm um valor um pouco mais alto cobrado pela entidade.
PSS
Todo esse processo de adequações contou com o apoio do Programa de Sustentabilidade Sindical (PSS), do Sistema FAEP/SENAR-PR, em prática desde 2017. Segundo Maurício César do Valle Gomes, secretário do Sindicato Rural de Tibagi, a iniciativa ajudou a tirar algumas ideias do papel. “Com o passar do tempo o sindicato foi trabalhando e chegando a um ponto em que estamos equilibrados entre receitas e despesas, até um certo superávit, pequeno por enquanto”, conta.
O presidente da entidade considera que as informações levadas à instituição pelo PSS foram proveitosas e geraram uma oxigenação nas ideias. “Uma coisa que implantei quando assumi a presidência foi o informativo das nossas ações. Estamos fazendo o informativo online mensalmente com os serviços ofertados pelo sindicato. Foi uma ideia que surgiu no programa”,
destaca Barreto. “Também a questão de enfatizar mais a visão e a missão do sindicato, a gente conseguiu dar uma organizada a partir do programa. Trouxe maior movimentação, nos ajudou a passar por essa fase”, complementa.
Uma das estratégias para melhorar esse cenário, segundo o presidente, é promover mais reuniões e fazer os produtores ficarem sabendo das conquistas do sindicato rural e do Sistema FAEP/SENAR-PR. “Agora estamos consolidando a marca do sindicato, trazendo mais público para que conheça a entidade e os serviços. Muitas vezes o produtor não vem para o sindicato por não saber os serviços que temos aqui. Por isso, estamos com uma série de reuniões temáticas programadas. Em 2021, já fizemos sobre a ovinocultura, energia solar e outorga da água. Temos trazido esses produtores para dentro do sindicato para mostrar a importância de se associar”, revela o presidente.
A administradora do Sindicato Rural de Tibagi ratifica a importância dos agricultores e pecuaristas entenderem a importância do sindicato rural. “Ainda temos alguns preconceitos quando se fala a palavra sindicato. Alguns produtores não entendem a importância da nossa entidade, de representatividade. Nosso maior desafio hoje é que o produtor conheça a importância da classe”, crava.
Agronegócio
Publicação prevê um ano incrível para o agronegócio brasileiro
Com um cenário favorável à produção e expectativas de boas colheitas, 2025 deve ser um ano de recuperação para o agronegócio brasileiro. Especialistas e entidades do setor, ouvidos pela Revista norte-americana Forbes, indicam que o clima mais ameno e a recuperação de preços em diversas cadeias produtivas devem contribuir para resultados mais positivos.
A expectativa é de que a safra de grãos seja recorde, com o VBP (Valor Bruto da Produção) crescendo 7,4%, impulsionado especialmente pelo setor pecuário. Apesar de desafios econômicos e logísticos, o setor se prepara para um ciclo próspero no próximo ano.
A produção de grãos é uma das grandes apostas para 2025. Segundo os especialistas, o Brasil deve alcançar 322 milhões de toneladas de grãos, com destaque para o aumento na produção de soja, milho e trigo, que devem continuar a representar uma parcela significativa das exportações brasileiras. O setor pecuário, por sua vez, deve registrar um crescimento de 7,4% no VBP, em grande parte devido à melhoria na produção de carne.
Marcos Matos, diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), destaca que o café também tem boas perspectivas para o próximo ano. Para ele, 2025 será um ano de recuperação, especialmente após os impactos causados pelas mudanças climáticas nos últimos anos, como secas e excessos de umidade. O setor de café arábica será monitorado com cautela, mas a expectativa é de que o conilon supere as projeções de produção.
Nem todos os segmentos do agronegócio esperam uma recuperação tão forte. O setor de suco de laranja, por exemplo, pode enfrentar mais dificuldades. Ibiapaba Neto, presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), alerta para a falta de oferta da fruta devido aos impactos climáticos, o que continua a afetar os preços e o consumo, trazendo desafios para o setor.
Já a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) observa que a demanda externa deverá continuar forte, com o Brasil exportando até 103 milhões de toneladas de grãos. No entanto, a logística e os desdobramentos políticos internacionais, como as tensões comerciais com os Estados Unidos, devem ser observados de perto.
O clima em 2025 deve ser mais favorável para a produção, com previsões de temperaturas amenas e menos extremos climáticos, o que contribui para as boas perspectivas de safra. No entanto, a alta dos custos logísticos e os efeitos da economia brasileira, como a reforma tributária e os juros elevados, ainda representam desafios para a rentabilidade do setor. A economia global também exerce pressão sobre os preços e as trocas comerciais.
Paulo Hartung, presidente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), destaca a expectativa de crescimento para o setor de celulose, com aumento na produção e na área plantada. Contudo, ele também chama a atenção para os riscos econômicos, como a instabilidade fiscal e os conflitos comerciais internacionais.
Além das questões internas, o Brasil também deve focar nas questões externas que impactam o agronegócio. A Forbes, uma das principais publicações econômicas do mundo, destacou em seu levantamento que a relação comercial entre os Estados Unidos e a China será um dos pontos de atenção para o setor, assim como o possível impacto do Acordo Mercosul-UE, que pode modificar a dinâmica comercial do agronegócio brasileiro.
Fonte: Pensar Agro
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