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8 de março é dia de empoderamento, feminismo, equidade e força para seguir a luta

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Em 2018, a data de 8 de março deve ser lembrada como mais um momento para mobilizar, buscar conquistas de direitos e discutir as discriminações e violências morais, físicas e sexuais que ainda são sofridas pelas mulheres. O Brasil precisa reagir contra o golpe em andamento no país e impedir ainda mais retrocessos que ameacem o que já foi alcançado em diversos setores, principalmente quando se refere à equidade salarial, ações de empoderamento e de participação política. As mulheres ainda não possuem representatividade compatível com a quantidade de pessoas do sexo feminino que existe no país – mais da metade da população é feminina no Brasil. O nosso parlamento, em contrapartida, é amplamente masculino, misógino e egocêntrico, basta analisar o impedimento da presidente Dilma Rousseff.

Vivemos um processo de retrocessos. O que está em jogo agora são os direitos trabalhistas e previdenciários das mulheres, principalmente das mulheres agricultoras. O governo golpista de Michel Temer (MDB) quer impor uma profunda desigualdade entre as mulheres que atuam no campo com as que vivem nas cidades e equiparar o tempo de contribuição com o dos homens – um tremendo desrespeito com a dupla, às vezes tripla, jornada de trabalho delas. Neste momento crítico que vivemos no Brasil, a citação histórica de Simone de Beauvoir deve ser lembrada como um alerta: “Nunca se esqueça de que basta uma crise política, econômica ou religiosa para que os direitos das mulheres sejam questionados”. Infelizmente, é justamente o que presenciamos diariamente com o governo temeroso, reacionário e antidemocrático que está instalado no Congresso Nacional.

Por exemplo, com o argumento de que estariam promovendo a igualdade entre os gêneros, o governo federal de Michel Temer propôs que homens e mulheres passassem a se aposentar com a mesma idade. Uma questão retrógrada e questionável, já que não existem políticas estruturais nem reformas que atinjam a classe mais abastada do país, como a taxação das grandes fortunas, por exemplo. Nos debates sobre a reforma da previdência – que saiu de pauta momentaneamente e deu lugar a uma intervenção militar no Rio de Janeiro – duas questões foram levantadas envolvendo as mulheres no que diz respeito ao acesso à aposentadoria: em uma jogada só, Temer desejava igualar o tempo de contribuição das mulheres com os homens e, repentinamente, elevar o seu período contributivo em 60%.

Historicamente, as mulheres, a partir de muita luta organizada, têm alcançado inúmeros avanços mesmo que de forma lenta. O 8 de março é uma data importante para continuar a luta, porque remete a um caso que se tornou conhecido em todo o mundo. A criação do Dia Internacional da Mulher é em razão do incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York (EUA), em 1911, quando cerca de 130 operárias morreram carbonizadas. Mas apenas anos depois, em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional que tinha princípios de igualdade entre homens e mulheres. Foi uma luta demorada, e apenas em 1960 o movimento feminista ganhou corpo, em 1975 comemorou-se oficialmente o Ano Internacional da Mulher e, em 1977, o 8 de março foi enfim reconhecido oficialmente pela ONU.

No Brasil, além do direito ao voto, que se configurou em 1932, as mulheres também lutaram para conquistar o direito à maternidade, à educação e ao trabalho no ambiente público – saindo do ambiente privado de seus lares. No entanto, ainda existem algumas barreiras centrais que impedem as mulheres de alcançarem a igualdade em sua plenitude, dentre elas, a violência de gênero e a baixa representação política.

O Brasil é o quinto país que mais mata mulheres no mundo, e o combate à violência contra a mulher é um grande desafio que deve envolver ações conjuntas entre toda a sociedade e o poder púbico, num esforço coletivo de garantir uma sociedade mais justa, igualitária e segura. O primeiro passo para alcançarmos um patamar de igualdade é a participação da mulher no cenário político, a fim do desenvolvimento social do gênero, pois há pouca representatividade da mulher nos espaços de poder e decisão como no Congresso Nacional, nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras de Vereadores.

No entanto, é preciso que se destaque os avanços acontecidos nesta seara, especialmente nos governos do PT, com a implantação de políticas públicas de proteção e inclusão das mulheres em todos os setores da sociedade: programas como Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida, a aprovação da PEC das Domésticas, os fortes investimentos em educação que possibilitaram a criação de mais creches e vagas em universidades, a Lei Maria da Penha e a tipificação do crime de ‘feminicídio’ são exemplos de políticas comprometidas com a promoção da autonomia, crescimento e empoderamento feminino.

É necessário aprofundar estas políticas públicas e sociais, para que as mulheres negras, que estão na base da sociedade com menores salários e mais dificuldade de acesso aos direitos, sejam elas das periferias das grandes cidades ou das zonas rurais dos municípios, sejam parte do processo de transformação e empoderamento real feminino. O dia a dia dessas mulheres é marcado por lutas intensas e características daquelas que precisam dar conta de alimentar, educar e proteger uma família ainda que não ocupem um trabalho formal, digno e seguro.

Angela Davis, professora e filósofa norte-americana, diz que “as mulheres negras são a base da sociedade e quando a base se move, toda a estrutura social se modifica”. Ou seja, é preciso que as mulheres negras sejam o público-alvo das políticas sociais, pois se as alcançarem provocando mudanças em suas vidas, por certo, estas políticas já atingiram a toda sociedade.

É preciso continuar a luta em busca de reaver os direitos usurpados, manter a vigília, para que outros não sejam colocados à prova ou vilipendiados por leis que só beneficiam os ricos e poderosos deste país. E, principalmente, é preciso que nós homens também participemos da luta das mulheres na conquista de novos direitos.

Luiz Carlos Suíca é vereador do PT de Salvador e ouvidor geral da Câmara

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Cuidar da circulação pode ajudar a envelhecer melhor e com mais saúde

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Conheça algumas dicas de prevenção e cuidados para evitar doenças que possam afetar os vasos sanguíneos

O brasileiro está vivendo mais e, com isso, os cuidados com a saúde precisam ser reforçados para garantir a qualidade de vida ao longo do envelhecimento. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que as pessoas com 60 anos ou mais já representam 15,6% da população, reflexo do aumento de 56% desta faixa etária desde 2010. Além disso, a expectativa de vida subiu de 71,1 anos em 2000, para 76,4 em 2023. Um dos diversos fatores para a melhoria desse índice está relacionado ao cuidado com a saúde. Para viver mais e melhor, é importante ficar atento para possíveis comorbidades que podem surgir ao longo dos anos, principalmente do sistema circulatório.

 

Com o avançar da idade, os vasos sanguíneos se tornam mais frágeis e dilatados, algo que pode tornar o fluxo sanguíneo mais lento. “Qualquer alteração no fluxo de sangue pode trazer consequências para a saúde, por isso, é preciso ter acompanhamento médico constante para compreender as necessidades de cada paciente. Os idosos podem enfrentar problemas como obstruções, tromboses e riscos de doenças cardíacas relacionadas aos sistema circulatório”, afirma a médica Allana Tobita, cirurgiã vascular e membra da SBACV (Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia vascular).

 

Como prevenir

Para evitar estas situações, a médica recomenda ações que podem se tornar hábitos antes mesmo de chegar à terceira idade. Entre eles estão a atividade física, a ingestão de líquidos, o acompanhamento por meio de check-ups periódicos para prevenir doenças cardiovasculares, entre outros.

Dra. Allana Tobita

“O fortalecimento da musculatura das pernas auxilia na ejeção do fluxo sanguíneo e a ingestão de líquidos melhora a fluidez do sangue nas veias. Já a meia de compressão pode ser uma boa opção para momentos de repouso prolongados, pois ajuda a ativar a circulação, conforme orientação médica. É importante ressaltar que não se trata apenas de uma ação, mas um conjunto de fatores que ajudam a manter o sistema circulatório saudável”, explica Allana.

 

Comida que faz bem

A alimentação saudável, com poucas gorduras saturadas, rica em nutrientes, fibras e antioxidantes também faz parte da receita para cuidar e prevenir doenças circulatórias na terceira idade.

“Frutas vermelhas, oleaginosas e fibras ajudam na proteção dos vasos sanguíneos, evitam o acúmulo de gordura e o entupimento das veias. Estes alimentos promovem diversos benefícios conforme a necessidade de cada paciente”, comenta.

 

Cuidado com a mente e o sono

 

Allana também traz como recomendação a necessidade do sono saudável e o controle do estresse. Ambos têm impacto direto no metabolismo e precisam de atenção especial.

 

“O sono saudável permite que o organismo possa processar melhor os nutrientes e evita a ação de radicais livres, substâncias prejudiciais que aumentam o risco de doenças como a trombose e obstruções arteriais. Já o estresse pode levar a outras situações como a ansiedade, que por consequência afetam o sono e diversos aspectos da saúde. Por isso, uma abordagem multifatorial, que envolva aspectos físicos e psicológicos, pode promover benefícios ainda maiores para as pessoas”, finaliza.

Sobre as meias de compressão

As meias de compressão funcionam como uma “bomba da panturrilha”, e reforçam o mecanismo natural das pernas para bombear o sangue até o coração. Algumas meias como os modelos da SIGVARIS GROUP possuem uma tecnologia que auxilia no tratamento dos desconfortos causados por problemas de circulação, a exemplo de inchaços, dores, entre outros.

 

Sobre a SIGVARIS GROUP

A SIGVARIS GROUP é uma empresa suíça de capital 100% familiar desde sua fundação e que está empenhada em ajudar as pessoas a se sentirem melhor com soluções inovadoras e de alta qualidade em terapia de compressão médica. Todo dia. No mundo todo. Nosso portfólio atende a uma ampla gama de diferentes necessidades e indicações, com o objetivo de promover saúde e qualidade de vida às pessoas, prevenire tratar doenças venosas e proporcionar conforto em todos os momentos da vida. A empresa foi fundada em 1864 na cidade de Winterthur e, por aproximadamente 100 anos, produziu “tecidos emborrachados elásticos”, comercializado na Suíça e no Exterior. Entre 1958 e 1960, colaborou com o Dr. Karl Sigg para desenvolver meias médicas de compressão para melhorar a função venosa e aliviar os sintomas venosos. O portfólio de produtos foi ampliado em 2009 quando as linhas esportivas, de viagem e de bem-estar, dedicadas ao consumidor, foram acrescentadas à linha médica. As meias das linhas de viagem e bem-estar proporcionam uma função preventiva e aliviam os primeiros sintomas de problemas nas pernas, enquanto os produtos da linha esportiva apoiam o desempenho dos atletas e seu tempo de recuperação. No mundo, são 1,5 mil funcionários, em fábricas na Suíça, França, Brasil, Polônia e Estados Unidos, bem como subsidiárias integrais na Alemanha, Áustria, Reino Unido, Canadá, China, Austrália, México e Emirados Árabes Unidos, com atendimento a 70 países. No Brasil, são mais de 200 funcionários em sua sede, em Jundiaí.

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