Agronegócio
A serviço de quem? Denúncias sobre a piscicultura de Rondônia são infundadas, afirma associação
Agronegócio
Desde o início da atividade piscicultora, os produtores rurais são fiscalizados pela Secretaria de Desenvolvimento e Meio Ambiente (Sedam), instituição responsável pelos licenciamentos ambientais das propriedades.
Diante da denúncia de um grupo de veterinários, levantando a suspeita da qualidade do pescado produzido no Estado, a Associação de Criadores de Peixes de Rondônia (ACRIPAR) esclarece que todas as etapas da produção são acompanhadas pelos órgãos de fiscalização do Governo do Estado, garantindo a qualidade desta proteína.
Desde o início da atividade piscicultora, os produtores rurais são fiscalizados pela Secretaria de Desenvolvimento e Meio Ambiente (Sedam), instituição responsável pelos licenciamentos ambientais das propriedades.
A Agência de Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron) também fiscaliza as pisciculturas do Estado, monitorando a presença de zoonoses, acompanhando o transporte dos peixes abatidos através da Guia de Transporte Animal (GTA) documento obrigatório.
CONSERVAÇÃO
Estudos realizados com peixes da espécie Tambaqui na Embrapa Meio Norte demonstraram que os animais permanecem em bom estado de consumo por 22 dias, conservados inteiros apenas no gelo.
O estudo foi apresentado por Marcio Silva para uma banca de doutores de universidades federais e institutos federais de educação para mostrar o tempo de conservação do Tambaqui apenas no gelo e nas prateleiras dos supermercados.
Nestes 22 dias, o Tambaqui foi monitorado e não apresentou alteração significativa em seu pH e nem nas bactérias Pseudomonas e Enterobactérias, ficando dentro dos padrões exigidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o seu consumo, desde que conservado na proporção de 1 kg de gelo para cada 1 kg de peixe.
O presidente da ACRIPAR, Francisco Hidalgo Farina, esclarece que os procedimentos apontados pelo estudo desenvolvido nos laboratórios da Embrapa Meio Norte são adotados pelos piscicultores de Rondônia, bem como todas as boas práticas de manejo e produção, sem o conhecimento de qualquer zoonose que possa ser transmitida ao consumidor.
CONCLUSÃO
Diante da suspeição do peixe produzido em Rondônia, a ACRIPAR esclarece que tais ilações não passam de uma tentativa desesperada e uma tática comercial perversa para desvalorizar uma cadeia produtiva que está em franco desenvolvimento, chegando a movimentar cerca de R$ 500 milhões de reais em 2018.
A ACRIPAR também esclarece que este é o momento de intensificar a fiscalização para identificar e orientar, com vistas à melhorias, os produtores rurais que porventura insistam em práticas não recomendadas para a produção desta proteína saudável e cada vez mais exigida pelo mercado e consumidores.
Farina acredita no potencial da piscicultura de Rondônia e sua expansão, fortalecendo o desenvolvimento econômico sustentável juntamente com a preservação do meio ambiente.
Agronegócio
Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.
Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.
Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.
A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.
A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.
Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.
Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.
Fonte: Pensar Agro
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