Agronegócio
Comissão de Agropecuária debate situação da pauta do boi
Agronegócio
Alíquota do ICMS para comercialização do boi será discutida com a Sefin
A Comissão de Agropecuária e Política Rural (CAPR), presidida pelo deputado Lazinho da Fetagro (PT), em reunião na manhã desta quarta-feira (28) no Plenarinho da Assembleia Legislativa, debateu com representantes da Secretaria da Agricultura (Seagri) e com a Federação da Agricultura e Pecuária (Faperon), a situação da pauta do boi em Rondônia.
O deputado Lazinho iniciou a reunião informando que irá propor projeto de lei criando incentivo às famílias, que estão inseridas em projetos de assentamento para não cobrar o ITBI em transações financeiras.
O gestor da Seagri, Evandro Padovani disse ser totalmente favorável no fortalecimento do crédito rural para o incremento da agricultura familiar o que aumenta a produtividade do Estado. “Temos vários exemplos no Estado de
pequenas iniciativas que proporcionaram grandes resultados na economia”, argumentou.
O deputado Adelino Follador (DEM) voltou a frisar a questão do ICMS da carne, informando que Rondônia está perdendo terreno para o Acre e Mato Grosso, que reduziram as alíquotas de ICMS na comercialização, ficando mais competitivos. Salientou que produtores estão separando o gado para não reproduzir mais, pois não tem onde por tanto bezerro.
O presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado (Faperon), Helio Dias de Souza, informou que em reunião da categoria, foram retiradas duas propostas. A primeira do alinhamento de uma redução da pauta em 15% em todas as categorias e faixas do boi, exceto bezerros machos e bezerras desmame.
Outra discussão foi a questão da redução da alíquota. Segundo ele, 12% ainda é alta. Disse que em MT está em 7%. “Temos estoque alto de bezerros e boi gordo a oferecer, mas os valores não estão atrativos, com um estoque entre 700 mil a 1 milhão de cabeças sem comprometer nosso rebanho”. Hélio destacou que é preciso promover a atratividade de compradores de gado ao Estado.
Ficou agendada reunião para a próxima segunda-feira (3) com a Secretaria de Finanças do Estado para tratar do tema e apresentar estudo realizado sobre a redução da alíquota do ICMS, visando o incremento da produção.
Agronegócio
Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.
Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.
Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.
A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.
A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.
Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.
Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.
Fonte: Pensar Agro
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