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Agronegócio

Cooperar é o caminho para aumentar a adesão de tecnologias no campo

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Julho é o mês em homenagem às iniciativas que visam unir forças para promover o desenvolvimento do agronegócio, principalmente em pequenas e médias propriedades rurais

O mês de julho homenageia e celebra o cooperativismo no Brasil, um importante movimento que nos últimos anos tem se consolidado, principalmente no agronegócio nacional. Segundo informações do AnuárioCoop 2022 – Dados do Cooperativismo Brasileiro, o total de pessoas associadas às sociedades cooperativas chegou a 18,8 milhões. O número é 10% superior ao de 2020. Especialistas veem esse tipo de organização como a alternativa mais rápida e segura no acesso das pequenas e médias propriedades rurais às tecnologias.

Segundo o presidente da Coplacana, Arnaldo Antonio Bortoletto, cooperativa que atualmente conta com aproximadamente 11 mil associados e mais de 35 filiais distribuídas nos estados de São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná, esse sistema de organização gera oportunidades para todos na cadeia produtiva. “Este é um caminho que mostra que é possível unir o desenvolvimento econômico e social, produtividade e sustentabilidade, o individual e o coletivo. Dessa forma o cooperativismo vem crescendo muito no Brasil e hoje mais de 50% da produção nacional passa por algum cooperado”, diz.

O grande desafio de importantes cooperativas como a Coplacana não é apenas o de buscar tecnologias do mercado, mas sobretudo desenvolver estratégias para torná-las acessíveis aos agricultores. De acordo com Bortoletto, hoje todas as alternativas precisam se enquadrar no conceito ESG, sigla em inglês para “Environmental, Social and Governance“, que em português pode ser traduzido como ambiental, social e governança.

Entre as preocupações da cooperativa, principalmente no pilar ambiental, está o uso racional da água por seus cooperados. “O Brasil é um dos principais países no mundo na produção de grãos e de alimentos, pois temos as três condições necessárias (terra, sol e água), porém, sabemos que este último é um recurso cada vez mais escasso. Portanto, temos que tomar cuidado e utilizá-la de forma consciente”, destacou.

Nesse sentido, a Coplacana recentemente firmou uma parceria com a Lindsay América Latina, empresa representada pelas marcas Zimmatic™ e FieldNET™, que atua na fabricação e distribuição de pivôs centrais, laterais e soluções de tecnologia de irrigação há mais de cinco décadas. “Com um sistema de irrigação planejado e bem tecnificado, além de economia, podemos fornecer à planta somente a quantidade necessária de água que ela precisa, evitando principalmente o estresse hídrico”, destaca Bortoletto.

Eficiência na irrigação

A maior economia de água, no ato da irrigação de uma lavoura, consiste em acertar o momento correto que a planta precisa e na quantidade exata, no local correto, sempre aproveitando o recurso que já está disponível no solo. Uma das ferramentas eficientes hoje nesse sentido é o FieldNET Advisor. Com gerenciamento remoto e manejo da irrigação, a solução foi desenvolvida pela Lindsay e é totalmente integrada à plataforma FieldNET.

Com a ferramenta, a ideia é aplicar realmente o necessário, permitindo que as plantas expressem o máximo do seu potencial produtivo. Mas, isso tudo, com foco em reduzir os custos com energia e o uso da água, uma solução altamente eficiente e sustentável. Além disso, é importante salientar que a agricultura irrigada pode proporcionar uma produtividade de duas até três vezes maior do que áreas de sequeiro (não irrigadas).

A técnica oferece outras vantagens, como: melhoria na qualidade dos produtos, redução de custos unitários, atenuação dos impactos da variabilidade climática, otimização de insumos e equipamentos e o aumento na oferta e na regularidade de alimentos. “Buscamos constantemente ferramentas como essas, que além de maior produtividade, vão gerar aos nossos cooperados uma produção cada vez mais eficiente e sustentável”, finaliza o presidente da Coplacana.

Sobre – A Lindsay América Latina com escritório em Campinas (SP) e fábrica em Mogi Mirim (SP) – Brasil, produz uma linha completa de sistemas de irrigação, representada pelas marcas Zimmatic™ e FieldNET™. Com sistemas de irrigação operando em mais de 90 países, a Lindsay atua na fabricação e distribuição de pivôs centrais, laterais e soluções de tecnologia de irrigação há mais de cinco décadas, e tem sede global em Omaha, no estado do Nebraska, EUA. www.lindsay.com.br.

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Agronegócio

Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.

Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.

Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.

A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.

A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.

Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.

Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

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