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Depressão e suicídio.- o que fazer diante de um deprimido?

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Há dois dias, logo ao despertar, deparei-me com uma tragédia, infelizmente rotineira no mundo moderno: mais uma jovem se suicidou. Desta vez, ao vivo, pelo Instagram… Ontem, os pais da jovem, quase tão jovens quanto ela, certamente desesperados com a tragédia, transmitida ao vivo, também se suicidaram… Perdas irreparáveis, que, infelizmente, cairão no olvido.

Não me canso de escrever sobre a depressão, como os meus leitores mais fiéis devem saber. Eu mesmo, apesar da consciência que tenho da minha doença, sofro de grave depressão. Sinto, na pele e no coração, a dor dessa jovem, o desespero de não ver saída. Cada dia é um tormento, cada segundo uma eternidade. Entre rendições, desistências e autossabotagens, vou lutando, todos os dias, para não me deixar seduzir pela pulsão de morte, essa força voraz que palpita no meu peito.

Aos depressivos desse mundo, gente como eu, a minha solidariedade. Não se sintam sozinhos! Estou aqui, no mundo virtual. Conversemos… Conte-me a sua dor, divida o seu fardo. Eu sobreviverei… Na verdade, sobreviveremos juntos… Nem tudo está perdido. Existe gente como você. Apenas se reconecte consigo própria através dessas almas que também sofrem por aí… De mãos dadas, a gente se encontra, e o peso se torna mais leve. Não enfrente tudo sozinha, nem se envergonhe de estar doente! Procure ajuda de amigos, parentes e, principalmente, de profissionais. Ter depressão não é vergonhoso. Vergonhoso é destilar preconceito.

Aos idiotas desse Planetinha azul, que tratam como frescura uma grave doença, o meu mais profundo desprezo. Leiam o meu texto e reflitam sem preconceito! Quem se mata não é fraco, apenas está doente. É verdade!, depressão é doença! Só você, um intolerante cheio de certezas, é que não sabe. A depressão se trata com remédios e um bom Psiquiatra, a sua intolerância provavelmente não tem cura.

Aproveitando as tragédias, que continuam a acontecer, sobretudo nas Cidades grandes — quase rotineiras, infelizmente —, devo relembrar, pela enésima vez, que depressão não é doença de ricos e inconsequentes, nem é frescura, como costumam dizer os desinformados e preconceituosos!

Depressão, na verdade, é o abandono de si próprio, é a insatisfação com o próprio eu, mas não é só isso; é uma patologia que envolve predisposição genética e afeta o equilíbrio químico do cérebro.

Depressão é uma doença crônica, muitas vezes incapacitante, que produz alteração do humor, quadro de tristeza profunda e sem fim, sentimentos de amargura, desencanto com a vida, desesperança sem motivo, déficit na autoestima e culpa recorrente, associada, quase sempre, à autopiedade.

Nos quadros depressivos, degrada-se, muitas vezes com graves consequências, a capacidade para lidar com as múltiplas perdas que a vida impõe aos seres humanos, e aqui me refiro não somente às mais óbvias — pessoas e objetos —, senão também às perdas da libido, da autoestima e da pulsão vital, que se expressam através de inibições como a anorexia, a insônia, a abulia e a indiferença diante da dor e do destino.

Mais do que tristeza, a depressão gera melancolia, um sentimento prolongado de revolta com o próprio ego e de frustração com a existência, um desânimo intenso, que envolve, em alguns casos, a recusa à vida, afastando o deprimido dos amigos e das atividades profissionais. O abuso das drogas — consentidas ou proibidas —, só agrava o quadro, abrindo o abismo sem fim que acaba engolindo o deprimido.

Frases do tipo: — Tão jovem assim, com a vida pela frente! Ou, ainda pior: — Como uma pessoa tão bonita e cheia de vida, comunicativa, repleta de amigos, pode estar deprimida? Todas essas afirmações e perguntas refletem o preconceito que, como uma serpente venenosa, se aninha no desconhecimento de que a depressão é uma doença, um desequilíbrio na química cerebral com graves consequências, não raro o suicídio. Tanto pior, quando associada ao abuso das drogas.

Depressão não é sinônimo de tristeza nem de desânimo, embora essas emoções se exacerbem nos quadros depressivos. O deprimido recrimina-se do que não fez e sofre com delírios de autopunição, reduzindo-se, progressivamente, a sua capacidade de amar e interagir com o mundo.

A depressão imobiliza o sujeito, mina os desejos e a energia para realizá-los. O deprimido se sente derrotado, imaginando que todo esforço seria inútil. Ele se paralisa na autocomiseração!

Não tem fé em si mesmo, nem se conecta com as próprias emoções: ao contrário, encontra nas expectativas dos outros, que nunca imagina atender, a fonte perene das suas frustrações, buscando, no exterior e no que as pessoas dizem que é certo, a felicidade que nunca consegue alcançar.

Como Don Quixote, vive a perseguir ilusões e objetos irreais, num mundo em que a fantasia retroalimenta as suas angústias e frustrações.

Nesse delírio de autopunição, representa seu ego como algo sem valor e desprezível, incapaz de qualquer realização digna, num quadro delirante de inferioridade física e moral, que é acompanhado, quase sempre, de insônia e da recusa em se alimentar ou, em alguns casos, da compulsão por comida, um quadro patológico em que o instinto de sobrevivência é superado pela dor. Não raro, surge, como válvula de escape, o abuso das drogas, uma tentativa infrutífera de neutralizar a melancolia, que vai se tornando, pouco a pouco, um monstro devorador de sentimentos e emoções. Abusar das drogas, para aplacar a depressão, é como lançar gasolina ao fogo, na ilusão de apagá-lo… Só o médico pode receitar drogas, e apenas as lícitas.

O sintoma mais persistente da depressão, talvez o mais nocivo, é a autossabotagem. Quando o deprimido começa o ciclo de autodestruição, mergulhando na chamada pulsão de morte, inicia-se a negação da doença e do tratamento. Ele simplesmente não vai ao psiquiatra ou abandona a psicoterapia e, pior ainda, a medicação. A ajuda dos parentes e amigos não passa pela prescrição de receitas milagrosas, mas pelo segurar o outro pelas mãos e levá-lo a buscar ajuda especializada. Convencer o paciente de que não vergonhoso ir ao Psiquiatra é o primeiro passo. Mostre que não tem preconceito, e ele acolherá a sua mensagem, percebendo que depressão é doença e que o psiquiatra é o especialista mais indicado. Se fosse uma mal do estômago, o indicado seria um gastroenterologista, no pulmão, um pneumologista, no coração, um cardiologista, na mente, um Psiquiatra. Simples assim!

Estar deprimido não é fraqueza nem falta de Deus; é como entrar no labirinto do Minotauro sem porta de saída…

— Acabado, sem amor, gasto pelo tempo, cabelos brancos, rugas no rosto, olheiras profundas, bolsas sob os olhos, músculos flácidos, pele sem brilho… Isso não é justo! — Dizia o homem, enquanto examinava, com estranho fascínio, a triste figura em que se transformara.

Confuso, diante da imagem decadente que se refletia no espelho, ele vislumbrou, sob a velha carcaça, os traços da juventude que se perdera no outono da vida. Ele sorriu, pensando, talvez, que ainda lhe restassem alguns traços de formosura debaixo da pele encarquilhada:

— Pense, homem! Seria ainda pior, se você fosse mulher… Pelo menos a celulite não habita o seu corpo… — Ele dizia isso com uma estranha maldade nas palavras, um sabor acre que escorria dos lábios.

Depois de um breve momento de esperança, uma repentina fé na vida, a sua fisionomia se fechou, restando, no rosto envelhecido, um amargo sorriso, a enunciar a nuvem negra que encobria a sua mente:

— E desde quando você não tem celulite? Não seja autoindulgente com toda essa flacidez! Nem por piedade, aceite autoelogios! Você foi abandonado, trocado por carne mais jovem, com músculos mais rijos e pele sedosa, um rapaz jovem, com uma carreira pela frente! Ela o abandonou! Também, trinta anos mais jovem… O que você esperava? Que ela afagasse seus cabelos brancos ou trocasse suas fraldas geriátricas na velhice? — Ele disse a si mesmo, ao estilhaçar o espelho, com os punhos cerrados.

Perdendo a luta com o tempo, ele se sentia derrotado, incapaz de ver em si mesmo o sonhador que fora um dia. Sem qualquer aviso, a vida se tornara um lento e nostálgico remoer do passado, uma busca incessante do tempo perdido. Sentia-se impelido a escavar velhas culpas, a destilar lamentos pelo perdão que negava a si mesmo.

Foi assim, hipnotizado pelas gotas de sangue que pingavam no tapete branco, que ele conheceu a depressão…

Sei que muitos fazem pouco da depressão, tratando-a como tristeza ou simples incapacidade para lidar com os desafios da vida. Por isso, encerro com o poema de Boris Vian, citado pela Psicanalista
Maria Rita Kehl no Preâmbulo de“O tempo e o cão: a atualidade das depressões”:

“Morrerei de um câncer na coluna vertebral

Morrerei de um câncer na coluna vertebral

Será numa noite horrível

Clara, quente, perfumada,

sensual Morrerei de um apodrecimento

De certas células pouco conhecidas

Morrerei de uma perna arrancada

Por um rato gigante surgido de um buraco gigante

Morrerei de cem cortes

O céu terá desabado sobre mim

Estilhaçando-se como um vidro espesso

Morrerei de uma explosão de voz

Perfurando minhas orelhas

Morrerei de feridas silenciosas

Infligidas às duas da madrugada

Por assassinos indecisos e calvos

Morrerei sem perceber

Que morro, morrerei

Sepultado sob as ruínas secas

De mil metros de algodão tombado

Morrerei afogado em óleo de cárter

Espezinhado por imbecis indiferentes

E, logo a seguir, por imbecis diferentes

Morrerei nu, ou vestido com tecido vermelho

Ou costurado num saco com lâminas de barbear

Morrerei, quem sabe, sem me importar

Com o esmalte nos dedos do pé

E com as mãos cheias de lágrimas

E com as mãos cheias de lágrimas

Morrerei quando descolarem

Minhas pálpebras sob um sol raivoso

Quando me disserem lentamente

Maldades ao ouvido

Morrerei de ver torturarem crianças

E homens pasmos e pálidos

Morrerei roído vivo

Por vermes, morrerei com as

Mãos amarradas sob uma cascata

Morrerei queimado num incêndio triste

Morrerei um pouco, muito,

Sem paixão, mas com interesse

E quando tudo tiver acabado

Morrerei.”

Jorge Araken Filho, apenas um coletor de palavras perdidas nos ermos do tempo.

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Cuidar da circulação pode ajudar a envelhecer melhor e com mais saúde

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Conheça algumas dicas de prevenção e cuidados para evitar doenças que possam afetar os vasos sanguíneos

O brasileiro está vivendo mais e, com isso, os cuidados com a saúde precisam ser reforçados para garantir a qualidade de vida ao longo do envelhecimento. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que as pessoas com 60 anos ou mais já representam 15,6% da população, reflexo do aumento de 56% desta faixa etária desde 2010. Além disso, a expectativa de vida subiu de 71,1 anos em 2000, para 76,4 em 2023. Um dos diversos fatores para a melhoria desse índice está relacionado ao cuidado com a saúde. Para viver mais e melhor, é importante ficar atento para possíveis comorbidades que podem surgir ao longo dos anos, principalmente do sistema circulatório.

 

Com o avançar da idade, os vasos sanguíneos se tornam mais frágeis e dilatados, algo que pode tornar o fluxo sanguíneo mais lento. “Qualquer alteração no fluxo de sangue pode trazer consequências para a saúde, por isso, é preciso ter acompanhamento médico constante para compreender as necessidades de cada paciente. Os idosos podem enfrentar problemas como obstruções, tromboses e riscos de doenças cardíacas relacionadas aos sistema circulatório”, afirma a médica Allana Tobita, cirurgiã vascular e membra da SBACV (Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia vascular).

 

Como prevenir

Para evitar estas situações, a médica recomenda ações que podem se tornar hábitos antes mesmo de chegar à terceira idade. Entre eles estão a atividade física, a ingestão de líquidos, o acompanhamento por meio de check-ups periódicos para prevenir doenças cardiovasculares, entre outros.

Dra. Allana Tobita

“O fortalecimento da musculatura das pernas auxilia na ejeção do fluxo sanguíneo e a ingestão de líquidos melhora a fluidez do sangue nas veias. Já a meia de compressão pode ser uma boa opção para momentos de repouso prolongados, pois ajuda a ativar a circulação, conforme orientação médica. É importante ressaltar que não se trata apenas de uma ação, mas um conjunto de fatores que ajudam a manter o sistema circulatório saudável”, explica Allana.

 

Comida que faz bem

A alimentação saudável, com poucas gorduras saturadas, rica em nutrientes, fibras e antioxidantes também faz parte da receita para cuidar e prevenir doenças circulatórias na terceira idade.

“Frutas vermelhas, oleaginosas e fibras ajudam na proteção dos vasos sanguíneos, evitam o acúmulo de gordura e o entupimento das veias. Estes alimentos promovem diversos benefícios conforme a necessidade de cada paciente”, comenta.

 

Cuidado com a mente e o sono

 

Allana também traz como recomendação a necessidade do sono saudável e o controle do estresse. Ambos têm impacto direto no metabolismo e precisam de atenção especial.

 

“O sono saudável permite que o organismo possa processar melhor os nutrientes e evita a ação de radicais livres, substâncias prejudiciais que aumentam o risco de doenças como a trombose e obstruções arteriais. Já o estresse pode levar a outras situações como a ansiedade, que por consequência afetam o sono e diversos aspectos da saúde. Por isso, uma abordagem multifatorial, que envolva aspectos físicos e psicológicos, pode promover benefícios ainda maiores para as pessoas”, finaliza.

Sobre as meias de compressão

As meias de compressão funcionam como uma “bomba da panturrilha”, e reforçam o mecanismo natural das pernas para bombear o sangue até o coração. Algumas meias como os modelos da SIGVARIS GROUP possuem uma tecnologia que auxilia no tratamento dos desconfortos causados por problemas de circulação, a exemplo de inchaços, dores, entre outros.

 

Sobre a SIGVARIS GROUP

A SIGVARIS GROUP é uma empresa suíça de capital 100% familiar desde sua fundação e que está empenhada em ajudar as pessoas a se sentirem melhor com soluções inovadoras e de alta qualidade em terapia de compressão médica. Todo dia. No mundo todo. Nosso portfólio atende a uma ampla gama de diferentes necessidades e indicações, com o objetivo de promover saúde e qualidade de vida às pessoas, prevenire tratar doenças venosas e proporcionar conforto em todos os momentos da vida. A empresa foi fundada em 1864 na cidade de Winterthur e, por aproximadamente 100 anos, produziu “tecidos emborrachados elásticos”, comercializado na Suíça e no Exterior. Entre 1958 e 1960, colaborou com o Dr. Karl Sigg para desenvolver meias médicas de compressão para melhorar a função venosa e aliviar os sintomas venosos. O portfólio de produtos foi ampliado em 2009 quando as linhas esportivas, de viagem e de bem-estar, dedicadas ao consumidor, foram acrescentadas à linha médica. As meias das linhas de viagem e bem-estar proporcionam uma função preventiva e aliviam os primeiros sintomas de problemas nas pernas, enquanto os produtos da linha esportiva apoiam o desempenho dos atletas e seu tempo de recuperação. No mundo, são 1,5 mil funcionários, em fábricas na Suíça, França, Brasil, Polônia e Estados Unidos, bem como subsidiárias integrais na Alemanha, Áustria, Reino Unido, Canadá, China, Austrália, México e Emirados Árabes Unidos, com atendimento a 70 países. No Brasil, são mais de 200 funcionários em sua sede, em Jundiaí.

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