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Especialistas afirmam que centralização de votos no TSE não fragiliza segurança da votação

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Após a lentidão ocorrida na totalização dos votos das eleições municipais do último domingo, 15, e sob a suspeita de pelo menos dois ataques hackers, a discussão sobre a segurança da centralização do sistema de contagem de votos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) voltou a ser assunto entre autoridades e órgãos de estado.

Até as últimas eleições de 2018, os boletins das urnas eram transmitidos para os computadores dos tribunais regionais eleitorais, que totalizavam os votos e enviavam o resultado ao TSE. Neste ano, o tribunal mudou o procedimento e centralizou a totalização dos votos em Brasília.

No domingo, apenas quase sete horas após o encerramento da votação, o resultado de todos os municípios havia sido divulgado pela corte. O motivo de toda a demora, segundo o ministro Luís Roberto Barroso, havia sido um problema técnico no núcleo de processamento do supercomputador que apura a contagem.

Em sessão remota virtual realizada na terça-feira (17), Barroso pediu desculpas à população pelos inconvenientes e voltou a garantir que nenhum prejuízo foi sofrido durante o processo eleitoral.

“Eu peço desculpas aos colegas e a sociedade brasileira por essa dificuldade que enfrentamos, mas esclareço que não houve nenhum tipo de comprometimento para a fidedignidade do voto, para a fidelidade da manifestação da vontade popular”, pronunciou.

Barroso, em um primeiro momento, chegou a dizer aos jornalistas que não era simpático a centralização da totalização dos votos. Ainda assim, defendeu que a medida não prejudicou o processo. Em 2018, a Polícia Federal divulgou um relatório, após uma perícia no sistema eleitoral, que informava que a centralização minimizaria a exposição de dados e teria potencial de melhorar “consideravelmente a segurança operacional” do sistema.

Segundo o especialista em segurança digital, Bruno Teles, Chief Operating Officer da startup e plataforma BughHunt, os problemas técnicos do TSE e as tentativas de ataques sofridas afetaram apenas serviços online e pode ter gerado consequências apenas para a reputação das eleições, mas não atingem o sigilo dos votos ou a destinação da escolha de 113 milhões de brasileiros.

“Os ataques ocorridos na última eleição do TSE não trazem riscos a confiabilidade do processo eleitoral porque foram ataques que não tiveram uma relação direta com as urnas eletrônicas e nem com o sistema de contagem dos votos. Com relação a centralização da contagem dos votos, teoricamente é a melhor solução. Acaba trocando todos os 27 pontos de contagem dos dados e passa a ter somente um ponto onde os dados são manipulados. Então sob essa ótica de segurança, acaba melhorando a confidencialidade e a integridade dos resultados”, avalia.

Segundo o TSE, em dez anos, a centralização do sistema, utilizada pela primeira vez nestas eleições, vai levar a uma economia de R$ 65 milhões com gastos em tecnologia pela Justiça Eleitoral do País. A comparação é com o gasto estimado caso fosse retomada a contagem de votos pelos Tribunais Regionais Eleitorais de cada estado e do Distrito Federal, que ficaria em R$ 130 milhões para o mesmo período de uma década.

Como funciona a urna eletrônica?
Antes da votação, o TSE permite a auditoria do código da urna, dando a especialistas e partidos a oportunidade de averiguar potenciais irregularidades antes de fechar o sistema que será instalado na urna. Algumas semanas antes do pleito, o código é “lacrado”, com uma assinatura digital que garante que ele não foi alterado após a data. Qualquer alteração produziria uma chave diferente que seria facilmente detectável. Dias antes, os dados da zona e da sessão eleitoral em que a urna está são carregados nela, além de dados dos futuros políticos.

No dia da eleição, a urna, que não é conectada a nenhum tipo de internet, contabiliza os votos e grava os resultados com criptografia em um cartão CompactFlash que são extraídos no final do processo para um pendrive USB. Dentro do pendrive ficam gravados um boletim da urna, o registro digital do voto, dados de quem não foi votar, além de justificativas. O Registro Digital do Voto (RDV), instalado em um equipamento de nome memória de resultado, é transmitido para totalização em algum ponto de acesso à rede da Justiça Eleitoral. Essa rede também é isolada da internet na maior parte do Brasil, exceto em alguns lugares mais distantes, onde é necessário transmitir os dados protegidos por uma VPN pela internet via satélite.

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Léo agradece à população de Porto Velho pelos 135 mil votos conquistados no 2º turno

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Representante do Podemos teve 56,18% dos votos válidos

Ainda no final da tarde do último domingo (27), Porto Velho já conhecia o seu novo prefeito a partir do dia 01 de janeiro de 2025: Léo, do Podemos, foi eleito com 56,18% do total ou 135.118 votos válidos. Bem à frente de sua adversária, Mariana Carvalho (União Brasil), que teve 43,82% ou 105.406 votos.

Com a notícia já consolidada, Léo participou de uma carreata no Espaço Alternativo da cidade, além de subir em um trio elétrico para agradecer a todos que depositaram confiança nele para administrar a cidade pelos próximos quatro anos:

“Graças a Deus foi muito bonito, mas eu quero lembrar porquê a gente ganhou. Nós fizemos sim, aliança. Tivemos duas grandes alianças e essas eu não abro mão: tivemos Deus na frente e o povo de Porto Velho. Obrigado! Agora o trabalho vai começar e daqui em diante” , afirmou ele.

Que prosseguiu: “Esse foi o maior recado que Porto Velho quer a mudança. Minha gratidão a todos que não acreditaram em tantas fake news. Sem dúvida esse segundo turno foi marcado como o mais sujo da história, fizeram de tudo, mas o povo deu o recado”.

Já nesta segunda-feira (28), Léo deu entrevistas em programas ao vivo e a agenda segue nesta terça (29) com outra participação, agora no programa A Voz do Povo, apresentado pelo jornalista Arimar Souza de Sá, na Rádio Caiari.

Texto: Felipe Corona
Fotos: Robert Alves

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