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Agronegócio

Junta orçamentária nega R$ 500 milhões para o seguro rural e FPA reage

Agronegócio

O Governo Federal recusou um pedido de suplementação de verba para o seguro rural, causando preocupação e decepção no setor produtivo. O Ministério da Agricultura solicitou R$ 500 milhões, mas a Junta de Execução Orçamentária negou o pedido, deixando o Programa ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) sem esse suporte importante.

Essa decisão gerou apreensão, pois o setor já enfrenta grandes perdas devido às condições climáticas adversas. Dados do Ministério da Agricultura mostram que os prejuízos nas últimas safras resultaram em indenizações de R$ 16 bilhões. O aumento no valor médio das apólices de seguro rural é resultado direto do aumento dos preços das principais atividades cobertas pelo programa.

O PSR beneficia mais de 74 mil produtores, com cerca de 106 mil apólices, cobrindo uma área de aproximadamente 5,5 milhões de hectares. Uma análise do Mapa indicou que o fenômeno El Niño pode impactar a safra 2023/2024, aumentando o risco de chuvas excessivas na Região Sul do país.

A Frente Parlamentar da Agropecuária expressou sua discordância com a decisão da Junta de Execução Orçamentária em uma nota:

“A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) manifesta sua completa insatisfação e preocupação com a decisão da Junta de Execução Orçamentária (JEO) de negar a suplementação para o orçamento do seguro rural deste ano.

O pedido de R$ 500 milhões para ajudar os produtores rurais foi negado, somando-se a várias outras solicitações feitas pelo setor para garantir condições básicas de trabalho com dignidade.

É importante destacar que foi prometido ao setor um valor de R$ 2,5 bilhões para o seguro rural, valor que nunca foi entregue. Além disso, as repetidas negativas demonstram, no mínimo, falta de compreensão sobre a complexidade da rotina de um produtor rural para manter o papel fundamental do Brasil na economia, gerando renda e empregos.

A atuação da bancada em relação ao setor continuará valorizando um segmento responsável por um terço do Produto Interno Bruto (PIB) do país e por 30 milhões de empregos.

Esperamos esclarecimentos do governo federal, especialmente dos Ministérios da Agricultura e da Fazenda.”

Essa situação de impasse entre o setor produtivo e o governo ressalta a necessidade urgente de diálogo e soluções para garantir o apoio aos agricultores diante dos desafios climáticos, buscando a sustentabilidade e produtividade no campo.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.

Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.

Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.

A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.

A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.

Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.

Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

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