Agronegócio
Mudanças no FNO podem estagnar financiamentos do FNO
Agronegócio
As regras para obtenção de crédito através do Fundo Constitucional do Norte (FNO) mudaram em 2018 através da Medida Provisória 812 de 26 de dezembro de 2017. Agora os juros pagos pelo produtor rural, empresário ou consumidor são pós-fixado e não pré-fixado, como realizado em anos anteriores.
Este alerta partiu das associações comerciais e industriais rondonienses, entre elas a de Cacoal e de Ariquemes, as quais demandaram através do vice-presidente da Federação das Associações Comerciais e Industriais de Rondônia (FACER), Francisco Hidalgo Farina, mudanças neste cenário, que é considerado prejudicial para quem precisa de crédito para impulsionar os seus investimentos e isso pode gerar redução na circulação de valores na economia rondoniense, por causa da baixa tomada de financiamentos através das linhas de crédito do FNO.
Na prática, com os juros pré-fixados, o tomador do financiamento sabia exatamente os valores que deveria pagar para honrar seus compromissos com a instituição financeira. No atual modelo, alterado pela MP 812/17 os juros pós-fixados criam restrições e podem deixar os investidores com dúvidas, pois torna esta linha de fomento à economia como qualquer outra linha de crédito do sistema bancário.
Também registrou-se mudanças Taxas de Juros; no Bônus de Adimplência, Prazo do Capital de Giro Isolado, Financiamento de Investimento com Capital de Giro Associado; Recursos para Inovação.
Diante deste cenário negativo, a FACER, através do seu vice-presidente Francisco Hidalgo Farina, demandou o senador Valdir Raupp, para que possa alterar a medida provisória e assim reestabelecer as condições favoráveis para a tomada de crédito através do FNO. Os empresários estão aguardando posicionamento do senador e demais integrantes da bancada de Rondônia no Congresso, para que tais mudanças sejam efetivadas. XGeneve
Agronegócio
Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.
Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.
Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.
A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.
A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.
Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.
Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.
Fonte: Pensar Agro
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