Brasil
Valorização do real sobre o dólar e peso boliviano pode chamar atenção de turista para a fronteira do Acre com a Bolívia
Brasil
Desde o inicio de Janeiro, o Brasil é o país onde o dólar americano mais se desvalorizou no ano, a moeda norte-americana perdeu cerca de 11,4% de sua valorização no país desde o inicio do ano de acordo com informações da Refinitiv. A moeda estava cotada em R$ 5,70, no inicio de janeiro deste ano, de acordo com a ultima cotação fechada nesta terça-feira, 22, a cotação chega à R$ 5,05.
Além do Brasil, outros países de natureza exportadora aparecem na lista. No Chile, o dólar se desvalorizou 6%, enquanto na África do Sul ficou com uma desvalorização de 5,8%.
Como consequência da valorização do Real sobre dólar, o peso boliviano também vem perdendo seu valor quando comparado a moeda brasileira.
No inicio de janeiro, R$: 1,00 era igual a B$ 1,20, de acordo com a última cotação fechada no dia 22 de fevereiro; R$ 1,00 está valendo R$ 1,35. É uma valorização de 12,5%, ou 0,15 centavos a mais na cotação.
Analistas acreditam que a valorização do real dar-se-á por quatro fatores principais:
O primeiro deles, é o aumento na taxa básica de juros que tem sido feito pelo Banco Central (BC) para conter a inflação, esse movimento acaba atraindo dinheiro estrangeiro para o país.
Em seguida está a expectativa de alta gradual do juro nos Estados Unidos, outro fator que favorece o real. Na quarta-feira passada , dia 16, o banco central dos EUA, o Federal Reserve (Fed), divulgou uma nova Ata, mas não realizou mudanças no juro.
Outro ponto é o enfraquecimento de pautas políticas com impactos fiscais em Brasília. Observamos discussões mais responsáveis com as contas públicas.
Por fim, o tema do receio do mercado com as eleições em outubro deste ano. Os investidores estrangeiros se mostram menos preocupados com uma possível troca de governo em 2023.
Uma vez que a moeda brasileira se valoriza frente ao dólar, se valorizará também sobre o peso boliviano, fazendo com que os produtos fornecidos por países fronteiriços como a Bolívia, fiquem mais baratos chamando a atenção de consumidores para compras e turismo.
com informações agencias e cnn/Brasil
Brasil
STF retoma julgamento sobre responsabilidade de redes por conteúdos
Ministro Dias Toffoli conclui leitura de seu voto
O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quarta-feira (4) o julgamento dos processos que tratam da responsabilidade das empresas que operam as redes sociais sobre o conteúdo ilegal postado pelos usuários das plataformas.
O julgamento começou na semana passada e ainda não há placar de votação formado. Somente o ministro Dias Toffoli, relator de um dos processos, iniciou a leitura de seu voto, que deve ser finalizado na sessão de hoje. Mais dez ministros vão votar sobre a questão.
A Corte discute a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014), norma que estabeleceu os direitos e deveres para o uso da internet no Brasil.
De acordo com o artigo 19, “com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura”, as plataformas só podem ser responsabilizadas pelas postagens ilegais feitas por seus usuários se, após ordem judicial, não tomarem providências para retirar o conteúdo.
Na semana passada, representantes das redes sociais defenderam a manutenção da reponsabilidade somente após o descumprimento de decisão judicial, como ocorre atualmente. As redes socais sustentaram que já realizam a retirada de conteúdos ilegais de forma extrajudicial, que o eventual monitoramento prévio configuraria censura.
Por outro lado, os ministros Alexandre de Moraes e Dias Toffoli já sinalizaram que devem se manifestar a favor de balizas para obrigar as redes sociais a retirarem conteúdos ilegais de forma mais rápida.
Para Moraes, os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 demonstraram a “falência” do sistema de autorregulação das redes sociais .
Dias Toffoli afirmou que o Marco Civil da Internet deu imunidade para as plataformas digitais.
Entenda
O plenário do STF julga quatro processos que discutem a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet.
Na ação relatada pelo ministro Dias Toffoli, o tribunal julga a validade da regra que exige ordem judicial prévia para responsabilização dos provedores por atos ilícitos. O caso trata de um recurso do Facebook para derrubar decisão judicial que condenou a plataforma por danos morais pela criação de um perfil falso de um usuário.
No processo relatado pelo ministro Luiz Fux, o STF discute se uma empresa que hospeda um site na internet deve fiscalizar conteúdos ofensivos e retirá-los do ar sem intervenção judicial. O recurso foi protocolado pelo Google.
A ação relatada por Edson Fachin discute a legalidade do bloqueio do aplicativo de mensagens WhatsApp por decisões judiciais e chegou à Corte por meio de um processo movido por partidos políticos.
A quarta ação analisada trata da suspensão do funcionamento de aplicativos diante do descumprimento de decisões judiciais que determinam a quebra do sigilo em investigações criminais.
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