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Guajará-Mirim

54 empresas fechadas durante operação em Guajará Mirim não serão reativadas, diz PF

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Após a deflagração da Operação ‘Caça-Fantasmas’, 10% das empresas instaladas na cidade de Guajará-Mirim (RO) serão fechadas definitvamente e não poderão retomar as atividades. O objetivo da operação, feita entre a Polícia Federal (PF) e Receita Federal nesta sexta-feira (24), é combater crimes de sonegação fiscal tributária e lavagem de dinheiro por 54 empresas. Com o esquema, a Receita calcula que deixou de arrecadar pelo menos R$ 10 milhões ao ano.

De acordo o auditor fiscal de Porto Velho, Michel Lopes Teodoro, as empresas fechadas na operação ficam impedidas de emitir nota ou qualquer ação tributária e os empreendimentos não podem ser reabertos.

Conforme a o delegado da PF responsável pela investigação, Heliel Martins, a operação teve início em 2016. Nesta sexta-feira os agentes foram em cada empresas investigada para verificar a existência delas. “Descobrimos que 10% das empresas vistoriadas eram de fachada ou empresas fantasmas”, disse Martins.

Sobre o valor que a Receita deixou de arrecadar por ano, cerca de R$ 10 milhões, o auditor fiscal da Receita Federal de Guajará-Mirim, Gleidson Cardoso, explicou que isso pode ter acontecido devido ao incentivo fiscal na cidade.

“Um dos critérios que nós acreditamos, de ter essa quantidade de tributos não pagos, é em virtude de Guajará ser uma área de livre comércio. Muitas dessas empresas que serão baixadas foram instaladas lá, com o objetivo de manter o incentivo fiscal”, informou Cardoso.

Conforme o auditor Cardoso, as empresas que foram fechadas também ficam suspensas de contratar com o poder público em esfera municipal, estadual e federal.

“Todos os documentos são declarados inidôneos, ou seja, não possuem nenhum valor legal. Ela não pode produzir seus efeitos na esfera tributária”, afirmou Cardoso.

Segundo o auditor Michel Lopes Teodoro, alguma das empresas investigadas, que serão baixadas, possuíam filiais em outras cidades.

“Existiam sim. Esse empresários utilizando desse meios fraudulentos, eles praticam a concorrência desleal. Chegaram a PF e a Receita várias denúncias, da própria população, que existiam empresas que emitiam nota, movimentavam e também não declaravam”, disse o auditor.

O delegado da PF Heliel Martins explicou, em coletiva de imprensa, que os proprietários das empresas podem responder por diversos crimes após o fim das investigações. “Essas pessoas possivelmente responderão por lavagem de capitais, falsidade ideológica e associação criminosa”, disse Martins.

Por fim a PF e a Receita Federal informaram que as investigações continuam em cada empresa e que novas fiscalizações podem ocorrerão em Nova Mamoré e Guajará-Mirim. Os empreendimentos fechados atuavam com vestuários, vendas de alimentos, importações e exportações de produtos, segundo a Receita Federal.

Entenda o caso

A Operação ‘Caça Fantasmas’ foi realizada entre os dias 14 e 23 de março de forma conjunta entre a Receita Federal e a PF. Ao todo, oito  policiais e oito servidores da receita participaram da ação. Desde novembro foram feitas diligências nos endereços de mais de 120 empresas na cidade de Guajará-Mirim.

No município de Guajará-Mirim, na fronteira com a Bolívia, existe uma Área de Livre Comércio (lei nº 8.210/91), com objetivo de incentivar o progresso econômico e social na região por meio da concessão de benefícios fiscais.

As empresas locais devem adquirir as mercadorias para consumo ou revenda no próprio município, de acordo com as informações da Receita Federal e a PF.

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FESTIVAL E CULTURA: Cultura e oportunidade de negócios, festival Duelo na Fronteira movimenta economia regional

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O Duelo na Fronteira, promovido pelo governo de Rondônia, tem se consolidado como um dos maiores eventos culturais e turísticos da região, trazendo impacto direto na economia local. Durante os dias do festival, Guajará-Mirim e cidades vizinhas registraram um aumento expressivo no fluxo de visitantes, gerando renda, emprego e oportunidades para comerciantes e prestadores de serviço.

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, além do impacto econômico imediato, o evento contribui para fortalecer a imagem da região como um destino turístico atrativo, incentivando investimentos e parcerias a longo prazo. “O sucesso do festival Duelo na Fronteira é prova de como a cultura e o turismo podem ser poderosas ferramentas para o desenvolvimento econômico sustentável”, ressaltou.

OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS 

Os hotéis da cidade estão com lotação máxima, enquanto moradores aproveitam a alta demanda para alugar casas e quartos. “Desde o anúncio do festival, todos os nossos quartos foram reservados. Muitos clientes, inclusive, começaram a nos procurar meses antes para garantir hospedagem”, afirmou João Silva, gerente de um dos principais hotéis da cidade.

O setor gastronômico também colhe frutos. Restaurantes, lanchonetes e food trucks tiveram aumento no movimento. “Nunca vendemos tanto em tão pouco tempo! É uma oportunidade única para mostrar o que Guajará-Mirim tem de melhor e fidelizar clientes”, disse Maria Fernanda, proprietária de uma tradicional lanchonete local.

O festival projeta, ainda, o mercado informal. Artesãos, vendedores ambulantes e taxistas relataram um crescimento no faturamento. “Montei uma barraca no festival e vendi tudo no primeiro dia. E já corri para repor o estoque”, frisou Ana Paula, artesã que trabalha com artigos em couro e madeira.

EMPREENDEDORISMO 

Outro destaque da programação é a Feira do Empreendedor, promovida pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec). Com uma estrutura moderna e planejada, a Feira tem sido um ponto estratégico para pequenos empreendedores divulgarem produtos e serviços para centenas de visitantes do evento. “A missão é oferecer oportunidades aos empreendedores locais expandirem os negócios. O evento é uma vitrine para o talento e a criatividade da região”, destacou o secretário da Sedec, Sérgio Gonçalves.

De acordo com o titular da Secretaria de Estado da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel), Júnior Lopes, o festival é um exemplo de como o investimento em cultura traz benefícios amplos à sociedade. “O Duelo na Fronteira vai além do entretenimento, movimenta toda a cadeia produtiva, desde o turismo até o comércio local, além de gerar emprego e renda para população. Eventos como esse, mostram que a cultura é uma força econômica poderosa e que devemos continuar fortalecendo essas iniciativas”, destacou.

O festival celebra a diversidade cultural da região, e também reforça a importância de iniciativas que promovam a integração entre cultura e economia, beneficiando toda a comunidade. A união entre as ações da Sejucel e Sedec consolida o evento como um modelo de fomento econômico e desenvolvimento local.

Fonte
Texto: Sângela Oliveira
Fotos: Frank Néry
Secom – Governo de Rondônia

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