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Agronegócio

A Emater Rondônia é uma empresa arcaica, defasada e estourada

Agronegócio

A Comissão de Agropecuária e Política Rural (CAPR) ouviu na manhã desta quarta-feira (11) o presidente da Emater, Luciano Brandão, que atendeu à convocação para explicar como a empresa está atendendo os pequenos produtores rurais. Ele disse que ao longo dos anos o número de servidores caiu de 1.006 para 830, adiantando que agora cada técnico está atendendo a um número maior de propriedades.
Luciano Brandão mostrou que em 2019 a Emater dispôs de um orçamento de R$ 98,358 milhões, e que os números de atendimento a produtores têm aumentado. Segundo ele, foram 121 mil em 2017, 127 mil em 2018 e 147 mil em 2019.

Ele adiantou, no entanto, que são necessários R$ 44 milhões para recuperar as 66 unidades próprias da Emater. “Temos mais unidades, mas são em imóveis alugados. Também temos investido na capacitação de servidores”, detalhou.

O presidente da CAPR, Cirone Deiró (Podemos), disse que os parlamentares têm cobrado o Governo do Estado, para que ocorram mais investimento na Emater. Segundo ele, a tecnologia precisa chegar aos pequenos produtores. O parlamentar também disse que Rondônia sofreu discriminação, pois não foi beneficiado pelo Ministério da Agricultura com o aumento do preço mínimo do café conilon.
O vice-presidente da CAPR, Adelino Follador (DEM), parabenizou o presidente da Emater pelas explicações e perguntou se a empresa contratará servidores para a área administrativa, conforme autorização da Assembleia Legislativa, para que os técnicos possam trabalhar em campo, atendendo os produtores rurais.

O deputado Lazinho da Fetagro (PT) afirmou que o Governo deve tratar o produtor rural de outra forma. Ele disse não concordar com a redução do número de técnicos, citando que hoje apenas 417 servidores da instituição atende 14 mil famílias, sendo que existem mais de 100 mil propriedades rurais em Rondônia.

O deputado Chiquinho da Emater disse que Luciano Brandão falou em número de atendimentos, e não em quantidade de famílias atendidas. “Eu queria saber era de aumento da produção. O que a Emater está fazendo em relação ao cultivo do café e do cacau, e também para aumentar a área plantada”, especificou.

O deputado Luizinho Goebel (PV), no entanto, disse considerar que a Emater está desenvolvendo um excelente trabalho. Para o parlamentar, se menos produtores forem atendidos, mas com resultados maiores, as propriedades se tornarão referência no Estado. “Além disso, os R$ 128 milhões requisitados da Lava Jato para a Emater podem resolver o problema da manutenção das unidades, já que a despesa prevista está orçada em R$ 44 milhões”, enfatizou.

O deputado Lebrão (MDB) que é o padrinho do presidente da Emater, Luciano Brandão ou seja chancelou sua indicação para o cargo, também afirmou que os técnicos da Emater desenvolvem um trabalho muito bom, apesar de classificar a estrutura da empresa como arcaica, defasada e estourada. Ele lembrou que por pouco a empresa não foi extinta.

“Quando Chiquinho da Emater era presidente, já havia a necessidade de técnicos. E por que ele não contratou? Porque o Governo não autorizou. O que acontece agora não é culpa nem do deputado Chiquinho nem do atual presidente. Isso já ocorre há tempos. Mas a empresa está no caminho certo ao investir em atendimento on-line. E vai levar alguns anos para que o atendimento ao produtor aconteça de forma ideal”, finalizou.

Nilton Salina

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Agronegócio

Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.

Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.

Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.

A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.

A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.

Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.

Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

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