Brasil
Abraji lança curso para fortalecer o jornalismo local no Brasil com apoio do Facebook.
Brasil
A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), com o apoio do Projeto Facebook para Jornalismo (FJP), abriu as inscrições para o curso online Reconstrução do jornalismo local, um programa gratuito destinado a jornalistas que trabalham em meios de comunicação de abrangência local com o objetivo de capacitar esses profissionais para produzir jornalismo de qualidade em um cenário de escassez de recursos. As inscrições vão até o dia 21 de agosto. [Veja abaixo como se inscrever]
A pandemia acelerou mudanças de processos consolidados há décadas e revelou mais claramente a importância de um ambiente no qual a informação seja bem apurada, confiável e esteja a serviço de seus leitores. O jornalismo também experimenta novos modelos de atuação, novos formatos de distribuição e seu modo de fazer traz novas possibilidades. Dessa forma, o jornalismo se aproxima de seus públicos, mas precisa ser sustentável economicamente para garantir a independência, os propósitos e os compromissos com as suas comunidades de leitores.
A Abraji quer usar essa realidade como base para seu novo curso online, preparando jornalistas que atuam localmente no Brasil para uma reconstrução do jornalismo tanto de modelos de sustentabilidade, quanto de formatos e linguagens. E para isso preparou este intenso programa de treinamento para a Reconstrução do Jornalismo Local no Brasil.
Esta é uma nova edição do programa de treinamento, realizado em parceria com o Projeto Facebook para Jornalismo, e que já impactou mais de 5.000 jornalistas de todo o país. O curso é gratuito e está estruturado em quatro módulos temáticos que tratam de novos processos, ferramentas digitais, novas linguagens e modelos de cobertura e exploração de novos modelos de negócios. Serão 1.500 vagas destinadas preferencialmente a jornalistas que trabalham em veículos de atuação local. O programa terá duração de oito semanas, com início em 31 de agosto, totalizando 40 horas/aula.
Para o presidente da Abraji, Marcelo Träsel, “o jornalismo local é muito importante porque no fim das contas os cidadãos vivem o seu cotidiano nos municípios, não nessa entidade abstrata chamada Brasil, e pesquisas demonstram que a fiscalização da imprensa tem um impacto positivo na gestão municipal”. Träsel também considera o curso um passo importante no processo de regionalização da Abraji.
“O objetivo do Projeto Facebook para Jornalismo é apoiar a indústria de notícias e fortalecer o jornalismo local. Reconhecemos que, em todo o mundo, a imprensa está vivendo uma reinvenção acelerada e com novos desafios. Por isso, esses treinamentos em parceria com a Abraji reforçam nossa missão de impactar veículos e jornalistas para que eles encontrem em nossa plataforma mais e melhores ferramentas para se consolidarem em um mundo com tantas mudanças”, afirma a gerente de programas para veículos de noticias de America Latina do Facebook, Dulce Ramos.
O curso está baseado em aulas gravadas em vídeo (com legendas), farto material em texto, estudos de casos e seminários ao vivo, e incluirá informações sobre os produtos e soluções do Facebook, para que os jornalistas façam melhor uso da plataforma. A coordenação acadêmica é de Sérgio Lüdtke e a nominata de instrutores e temas é a seguinte:
Adrian Alexandri – Estudo de caso: Criando um meio jornalístico no deserto de notícias
Amanda Rossi – Jornalismo de Dados e LAI
Ana Brambilla – Fontes de financiamento: Assinaturas, crowdfunding e membros
André Biernath – Como cobrir ciência
Arnaldo Carvalho – Como criar uma estrutura de produção de vídeos baseada em smartphones
Carolina Oms – Como cobrir questões de gênero
Dal Marcondes – Fontes de financiamento: Cursos e treinamento
Daniela Pinheiro – Fontes de financiamento: Eventos
Edvaldo Pereira Lima – Jornalismo de Soluções
Fabrizio Bruzetti – Fontes de financiamento: Publicidade digital
Filipe Speck – Fontes de financiamento: Newsletter
Flávia Oliveira – Como cobrir questões raciais
Guilherme Valadares – Fontes de financiamento: pesquisas, documentários e consultorias
Gustavo Torniero – Como tornar o jornalismo digital acessível para pessoas com deficiência
Helio Miguel Filho – Ferramentas digitais para monitoramento e gestão de redes sociais e Narrativas para mídias sociais
José Antonio Lima – Ferramentas digitais para investigação
Lívia Vieira – Como usar Analytics para definir públicos de interesse
Luciana Cardoso – Como criar um produto digital com poucos recursos
Marco Migliavacca – Como criar um Plano de negócios para uma empresa enxuta
Maria Elisa Muntaner – Jornalismo sem fins lucrativos – Como sobreviver?
Naira Hofmeister – Estudo de caso – Jornalismo de soluções
Nat Finanças – Como falar de finanças
Nina Weingrill – Seminário: Desafios do Jornalismo local
Paula Miraglia – Seminário: Modelos de negócios para empreendimentos digitais
Paulo Talarico – Periferias no centro
Rafael Grohmann – Precarização e oportunidades para o trabalho jornalístico
Rede Wayuri – Estudo de caso apresentado por Ray Baniwa, Cláudia Ferraz Wanano, Edineia Teles Arapaso e Juliana Radler
Reinaldo Chaves – Ferramentas Abraji
Renato Martins – Como organizar lives e videoconferências
Ricardo Fotios – Novos processos de redação em tempos de escassez
Sérgio Lüdtke – Ferramentas digitais para organização do trabalho e Jornalismo Colaborativo
Simon DuCroquet – Ferramentas para visualização de dados
Valquíria Daher – Fontes de financiamento: Publicações para terceiros
As inscrições estarão abertas até 21 de agosto e podem ser feitas por este formulário.
A Abraji é uma instituição sem fins lucrativos que trabalha em defesa da liberdade de expressão e de imprensa, do acesso a informações públicas e na capacitação de jornalistas. Sua missão é elevar a qualidade do jornalismo brasileiro como forma de contribuir para a consolidação da democracia no país. Desde 2002, quando a Abraji foi fundada, mais de 9.000 jornalistas já passaram por seus congressos, cursos e treinamentos.
O Projeto Facebook para Jornalismo (FJP) trabalha com veículos de notícias de todo o mundo para ajudar a fortalecer a conexão entre jornalistas e suas comunidades. O programa tem como objetivo dar suporte à indústria de notícias, por meio de treinamentos, programas e parcerias.
Brasil
STF retoma julgamento sobre responsabilidade de redes por conteúdos
Ministro Dias Toffoli conclui leitura de seu voto
O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quarta-feira (4) o julgamento dos processos que tratam da responsabilidade das empresas que operam as redes sociais sobre o conteúdo ilegal postado pelos usuários das plataformas.
O julgamento começou na semana passada e ainda não há placar de votação formado. Somente o ministro Dias Toffoli, relator de um dos processos, iniciou a leitura de seu voto, que deve ser finalizado na sessão de hoje. Mais dez ministros vão votar sobre a questão.
A Corte discute a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014), norma que estabeleceu os direitos e deveres para o uso da internet no Brasil.
De acordo com o artigo 19, “com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura”, as plataformas só podem ser responsabilizadas pelas postagens ilegais feitas por seus usuários se, após ordem judicial, não tomarem providências para retirar o conteúdo.
Na semana passada, representantes das redes sociais defenderam a manutenção da reponsabilidade somente após o descumprimento de decisão judicial, como ocorre atualmente. As redes socais sustentaram que já realizam a retirada de conteúdos ilegais de forma extrajudicial, que o eventual monitoramento prévio configuraria censura.
Por outro lado, os ministros Alexandre de Moraes e Dias Toffoli já sinalizaram que devem se manifestar a favor de balizas para obrigar as redes sociais a retirarem conteúdos ilegais de forma mais rápida.
Para Moraes, os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 demonstraram a “falência” do sistema de autorregulação das redes sociais .
Dias Toffoli afirmou que o Marco Civil da Internet deu imunidade para as plataformas digitais.
Entenda
O plenário do STF julga quatro processos que discutem a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet.
Na ação relatada pelo ministro Dias Toffoli, o tribunal julga a validade da regra que exige ordem judicial prévia para responsabilização dos provedores por atos ilícitos. O caso trata de um recurso do Facebook para derrubar decisão judicial que condenou a plataforma por danos morais pela criação de um perfil falso de um usuário.
No processo relatado pelo ministro Luiz Fux, o STF discute se uma empresa que hospeda um site na internet deve fiscalizar conteúdos ofensivos e retirá-los do ar sem intervenção judicial. O recurso foi protocolado pelo Google.
A ação relatada por Edson Fachin discute a legalidade do bloqueio do aplicativo de mensagens WhatsApp por decisões judiciais e chegou à Corte por meio de um processo movido por partidos políticos.
A quarta ação analisada trata da suspensão do funcionamento de aplicativos diante do descumprimento de decisões judiciais que determinam a quebra do sigilo em investigações criminais.
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