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Agronegócio

Agência Idaron faz apelo a criadores de gado para que declarem a vacinação contra a aftosa

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Com mais de 13 milhões cabeças de gado vacinadas e declaradas contra a febre aftosa, o Estado de Rondônia espera concluir até terça-feira (22) a declaração vacinal de todo o seu rebanho de mais de 14 milhões de bovinos e bubalinos. A informação é do veterinário Fabiano Alexandre dos Santos, gerente de Defesa Sanitária Animal da Agência de Defesa Agrossilvopastoril de Rondônia (Idaron).

Ao fazer um apelo aos pecuaristas que ainda não declararam a vacinação, o gerente da Agência foi enfático ao afirmar que a imunização, de fato, é muito importante para a sanidade do rebanho e para a economia estadual, mas também é importante que o produtor compreenda que ele, na verdade, é o grande responsável pela saúde do rebanho, e portanto deve ser o maior interessado. “A Idaron sozinha não poder fazer tudo”, disse destacando que se for detectado um foco de doença em alguma fazenda, o produtor deve notificar imediatamente a Agência, para evitar que aquele evento comprometa a saúde de todo o rebanho estadual.

O dirigente da Idaron falou com orgulho do sistema de controle sanitário de Rondônia, que é considerado um dos melhores do País, mas reconheceu que ainda há falhas no atendimento em algumas unidades da Agência. Segundo ele, a ideia é melhorar a estrutura física e operacional dessas unidades para poder oferecer um serviço com mais qualidade e conforto para os produtores que, por fim, são os responsáveis pelo salto econômico do Estado que tem na pecuária de corte seu principal produto de exportação.

Fabiano explicou que o universo produtivo da pecuária de Rondônia conta com um total de 131.645 propriedades rurais, e dessas mais de 90.500 se dedicam à criação de gado. Das 14 milhões de cabeças criadas nessas propriedades, 73,82% é de gado de corte, 26,13% de gado leiteiro, e 0,05% de búfalo.

O gerente da Idaron tem esses números na cabeça como base para seu trabalho. Segundo ele, como não podia ser diferente, o sistema de defesa de saúde animal ampara-se nessas informações e busca mantê-las sempre atualizadas, para o bem da saúde do rebanho, e também para servir de subsídio à gestão governamental na tomada de decisões e para o planejamento de políticas dirigidas ao setor.

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Agronegócio

Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.

Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.

Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.

A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.

A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.

Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.

Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

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