Agronegócio
#AGRONEGÓCIO: Grãos de café rondoniense são avaliados por especialistas para o 3º Concafé
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O resultado final será anunciado no dia 21 de setembro, em Cacoal.
Caminhando para a reta final, o 3º Concurso de Qualidade e Produtividade do Café de Rondônia (Concafé) encaminhou as 116 amostras que recebeu de produtores de todo o estado para análise química. A degustação das amostras está sendo realizada no Instituto Federal do Espírito Santo. O resultado final será anunciado no dia 21 de setembro, em Cacoal.
Em sua terceira edição, o Concafé ainda gera grandes expectativas entre os produtores e apreciadores de café de qualidade. Incentivados pela conquista dos segundo, terceiro e quarto lugares na maior premiação de café do país, o Coffee of The Year, em 2017, muitos produtores investiram em suas lavouras visando participação no concurso estadual.
A primeira etapa do concurso selecionou 116 amostras representativas de grãos entregues com o volume de três litros de café pilados e acondicionados em plástico transparente que passaram por uma rigorosa análise física. Para serem classificadas, as amostras deveriam estar entre 11% a 13% de umidade e não apresentarem defeitos físicos superior ao tipo 8 (360 defeitos). Outro fator que foi considerado refere-se ao aspecto do produto quanto à secagem, cor, uniformidade e tamanho do grão, entre outros fatores constantes do regulamento do concurso.
Agora o concurso encontra-se na fase de avaliação química, onde serão analisadas as características das bebidas. As degustações estão sendo realizadas no Instituto Federal do Espírito Santo, no município de Venda Nova do Imigrante-ES, por Q-graders – avaliadores especializados em qualidade da bebida do café. “Pela primeira vez estamos avaliando as bebidas de todas as amostras recebidas”, diz Rafael Cidade, gerente técnico da Emater-RO, lembrando que na segunda edição somente os 30 classificados na análise física passaram pela análise química.
Após essa etapa, os técnicos visitarão as propriedades dos 30 melhores cafés selecionados na degustação para verificação in loco das amostras recebidas. De acordo com o regulamento, cada produtor deverá manter disponível em sua propriedade um lote de, no mínimo, cinco sacas de 60 kg de café. “Nós vamos verificar se essas amostras são compatíveis com as amostras enviadas”, explica Rafael.
Durante a visita também será avaliado o quesito sustentabilidade. Cada inscrito deverá responder a um questionário contendo os principais fundamentais para a sustentabilidade do café. Esses fundamentos são extraídos do Currículo de Sustentabilidade do Café, da Plataforma Global do Café e as dez propriedades que apresentarem as maiores pontuações serão auditadas pela Comissão organizadora para constatação e validação das informações.
O resultado final será divulgado no dia 21 de setembro, em Cacoal, quando serão conhecidos os grande campeões de 2018. Nesse mesmo dia será realizado um seminário sobre sustentabilidade, aberto aos produtores de café e interessados na cultura. “Será uma grande oportunidade para enfatizarmos a necessidade do cultivo com sustentabilidade”, diz Rafael, anunciando a retomada do programa Produtor Informado, programa do Conselho dos Exportadores do Café do Brasil (Cecafé) que capacita pequenos é médios produtores de café e trabalhadores rurais da cultura interessados em melhorar a gestão de suas propriedades e a qualidade do seu café, utilizando o computador e a internet como ferramenta de apoio e busca de informação.
Agronegócio
Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.
Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.
Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.
A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.
A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.
Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.
Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.
Fonte: Pensar Agro
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