Agronegócio
Além da gripe, agora a sinusite ameaça trazer prejuízos à avicultura
Agronegócio
Além da gripe aviária, que tem ameaçado a produção de frangos em todo o Brasil, agora as granjas enfrentam um novo desafio: a sinusite. Essa doença causa uma inflamação nas mucosas faciais, que leva a sintomas como desconforto, dor de cabeça, secreção e obstrução nasal, da mesma forma como em humanos.
De acordo com o especialistas, o problema é frequentemente causado por uma bactéria que promove o acúmulo de pus nos olhos e nas almofadas dos pés, evidenciando uma forte conexão com as condições ambientais e o excesso de animais em um mesmo espaço. Nas aves, devido à localização mais superficial dos seios nasais, as secreções tendem a acumular-se na parte externa da cabeça, resultando em inchaço.
É importante não confundir sinusite com outras coisas como verrugas ou tumores. Por isso, se notar qualquer sinal estranho nas aves, é melhor chamar um veterinário. A sinusite pode afetar mais do que apenas o sistema respiratório das aves, impactando o organismo como um todo.
Isso significa que além dos sintomas respiratórios comuns, a infecção pode levar a problemas mais amplos, incluindo prejuízos significativos na produção de ovos. Uma das consequências mais graves é a alteração na formação da casca dos ovos, que pode se tornar deformada e mais fina. Como resultado, esses ovos não atendem aos padrões de qualidade para venda, causando perdas financeiras consideráveis para os produtores.
Sinusite é comum tanto em criações pequenas em casa quanto em grandes granjas. Pode afetar qualquer tipo de ave, desde os pequenos passarinhos cantores até as calopsitas e papagaios. Até as codornas podem sofrer com isso.
Muitas coisas podem fazer as aves ficarem com sinusite, como sujeira, frio, vento, poluição, alergias, comer mal, tomar banho de maneira errada, e até ter um desvio no nariz. Mas, muitas vezes, o problema começa quando a ave está com a imunidade baixa, o que permite que germes e vírus se espalhem.
Diferente das pessoas, quando as aves têm sinusite, o pus que se forma é duro e não mole. Os sinais de que uma ave está com sinusite incluem narinas maiores de um lado, inchaço perto dos olhos, olhos empurrados para fora, vermelhos ou sem apetite. Se demorar muito para tratar, o olho da ave pode ficar seco ou embaçado.
O tratamento geralmente é longo e pode precisar de cirurgia para tirar o pus e outros tecidos afetados. Depois, é necessário usar remédios como antibióticos ou, se for por fungos, antifúngicos.
Para evitar sinusite nas aves, é bom dar uma comida balanceada, garantir um lugar bom para elas viverem, evitar que fiquem estressadas, manter tudo limpo e cuidar delas direitinho. Se não tratar, a ave pode morrer ou ficar com problemas sérios, até mesmo perdendo a capacidade de cantar ou com o bico deformado.
Com informações do universodasaudeanimal.com.br
Fonte: Pensar Agro
Agronegócio
Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.
Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.
Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.
A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.
A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.
Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.
Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.
Fonte: Pensar Agro
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