Agronegócio
Algodão e o sorgo gigante boliviano serão atrações nas vitrines tecnológicas da 9ª edição da Rondônia Rural Show Internacional, em Ji-Paraná
Agronegócio
O sorgo gigante boliviano e o algodão serão atrações nas vitrines tecnológicas da 9ª edição da Rondônia Rural Show Internacional, em Ji-Paraná; considerado o maior evento do agronegócio e da agricultura familiar na região Norte e um dos seis maiores do País. O evento está previsto para o período de 23 a 28 de maio, no Centro Tecnológico Vandeci Rack, no km 11 da BR-364, sentido Presidente Médici.
O evento ao se expandir internacionalmente, terá uma abrangência referencial, assim os organizadores estimam um público de pelo menos 200 mil visitantes e, com isso possibilitará aos profissionais das áreas afins quanto à importância da exposição e visibilidade de seus trabalhos e produtos .
A exposição de diversos animais de corte e leite, grãos, amêndoas, olerícolas, tubérculos, máquinas, entre outros produtos da agroindústria que estão paralisados desde 2020 (quando começou a pandemia mundial do coronavírus, será agora retomada).
A Secretaria de Estado da Agricultura – Seagri acredita que o evento tem tudo para obter êxito de público. “Nessas vitrines, os produtores demonstram o grão em diversos estágios, o milho, por exemplo; desde o plantio à colheita. Por sua vez, uma instituição de ensino superior, mostrará inovações em variedades do pimentão e do tomate”, disse a coordenadora de Desenvolvimento Agropecuário, Regiane Lucas.
CARACTERÍSTICAS DO SORGO BOLIVIANO
O sorgo gigante boliviano é excelente para a produção de silagem, tem boa rusticidade, ampla adaptação, excelente profundidade de raiz, excepcional rebrotas, sistema radicular agressivo e volumoso, alta produção de biomassa, alta capacidade de rebrote, ciclo precoce, influenciado pelo fotoperiodismo (quantidade e ao período de luz existente em determinado momento).
Também tem maior tolerância ao acamamento, alta produtividade de massa, e o tamanho da semente é de fácil plantabilidade.
Além disso, o sorgo gigante boliviano possui baixo fator multiplicador de nematoides.
Já o algodão, cultura nova no Estado, tem lavouras se expandindo em municípios da região Sul, devido ao favorecimento do solo, clima e altitude.
Rondônia planta em torno de dez mil hectares de algodão com expectativa de ultrapassar mais de 54 mil toneladas. Estima-se que o crescimento da área cultivada seja em torno de 20%. Em Vilhena, a 702 quilômetros de Porto Velho há uma fazenda que é referência no cultivo do algodão. A área plantada mede 4.020 mil hectares, com produtividade média de até 356 arrobas/ha, totalizando 4,9 t/ha.
O QUE SERÁ APRESENTADO
A área de vitrines tecnológicas mostrará diversas variedades de arroz, algodão, amendoim, girassol, capim (diversas variedades) café conillon (e outras variedades), mandioca milho, soja e sementes, tomate e florestas plantadas.
Para movimentá-las, lá estarão técnicos e especialistas da Empresa Autárquica de Extensão Rural -Emater/RO, Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira – Ceplac, Fundação Nacional de Saúde -Funasa, Instituto Federal de Rondônia – Ifro e 19 instituições de ensino superior.
“Dentre as apresentações, insumos da agricultura que podem ser utilizados na piscicultura serão expostos pela Emater nessas vitrines”, assinalou a coordenadora de Desenvolvimento Agropecuário.
Regiane Lucas acredita que, além dos produtores em geral, o interesse e a participação de donas de casa e de universitários (da área agronômica) serão essenciais para o sucesso das vitrines. “O estudante, buscando conhecer novas tecnologias e conhecimento para sua graduação e ao mesmo tempo ser conhecido pelas empresas”, acrescentou.
Agronegócio
Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.
Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.
Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.
A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.
A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.
Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.
Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.
Fonte: Pensar Agro
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