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Agronegócio

Bahia retoma plantio de algodão após vazio sanitário

Agronegócio

No Oeste da Bahia, o fim do período do vazio sanitário em 10 de novembro permitiu que os cotonicultores iniciassem o plantio de algodão de sequeiro.

As informações, divulgadas pela Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e publicadas pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia, salientam a importância dessa estratégia na prevenção do bicudo do algodoeiro.

Destacando a necessidade de destruir soqueiras e restos culturais após a colheita, esta medida é considerada eficaz para evitar a incidência desse inseto no próximo ciclo produtivo.

Alterações climáticas relacionadas ao El Niño influenciaram o clima na região, antecipando o período de preparação para a safra 2023/2024 em dez dias, com início em 10 de setembro.

Durante os dois meses de vazio sanitário, a Abapa concentrou esforços na campanha “Um tempo de fibra contra o bicudo”, visando sensibilizar os produtores para práticas eficazes de manejo sanitário. Isso incluiu a imediata destruição das soqueiras após a colheita e orientações às transportadoras para garantir um transporte adequado do algodão, evitando perdas.

O coordenador do programa fitossanitário da Abapa, Antônio Carlos Araújo, ressaltou a colaboração com os produtores em diversos núcleos agrícolas. Encontros intensificados para discutir estratégias, monitoramento de infestações de bicudo por meio de armadilhas e inspeções em campo visando a erradicação do inseto foram algumas das ações realizadas.

A campanha da Abapa enfatizou um protocolo preventivo contra o bicudo, incluindo ações de combate aos focos no talhão, monitoramento dos botões florais afetados, estabelecimento de níveis de controle para o manejo do bicudo, entre outras diretrizes.

Apesar da permissão para o plantio do algodão conforme a portaria 086 da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) de 25 de setembro de 2023, os produtores aguardam o momento ideal, considerando as chuvas e a preparação do solo para a entrada dos equipamentos. O período para o plantio de algodão se estende até 31 de dezembro, conforme definido pela Comissão Técnica Regional do Algodão (CTR), composta por representantes de diversos órgãos ligados ao desenvolvimento da cotonicultura na Bahia.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.

Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.

Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.

A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.

A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.

Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.

Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

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