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BARCO SAÚDE Tripulação cumpre papel fundamental na missão de levar atendimento especializado aos ribeirinhos

Porto Velho

São oito profissionais responsáveis pela embarcação, garantindo que a viagem seja possível em segurança

Profissionais responsáveis pelo Barco Saúde Dr. Floriano Riva FilhoPelas águas escuras do rio Madeira, o Barco Saúde Dr. Floriano Riva Filho, projeto da Prefeitura de Porto Velho, leva atendimento às comunidades ribeirinhas. A missão, coordenada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), iniciou na segunda-feira (17) e se estende até o próximo sábado, dia 22.

A bordo nesta expedição, 29 profissionais de saúde dedicam suas habilidades para cuidar dos moradores de São Carlos, Nazaré, Calama e mais 12 comunidades adjacentes. Um trabalho que não se resume apenas aos que curam ou são curados, mas também sobre aqueles que garantem que a viagem até esses locais seja possível, em segurança.

GUARDIÃO

Há duas décadas, Benjamin Ferreira de Oliveira é o comandante do Barco Saúde Dr. Floriano Riva Filho. Contratado pela Prefeitura de Porto Velho em 2002, foi ele quem viajou até Manaus (AM) para buscar a embarcação adquirida em 2003. Desde então, tem liderado a tripulação em cada viagem.

Para Benjamin, a navegação é uma arte que exige habilidadePara Benjamin, a navegação é uma arte que exige habilidade, disciplina e atenção constante. “Nós estamos sempre em estado de alerta, independente se a embarcação está navegando ou ancorada. Nossa responsabilidade não é somente com o barco, mas principalmente, com as vidas que transportamos”, explica o comandante.

Para ele, conhecer cada curva e o comportamento do rio é fundamental para encarar os desafios impostos pela água, principalmente no Madeira. “Durante a ‘seca’ são os bancos de areia que nos preocupam e nos exigem atenção máxima. E no tempo da chuva, quando o rio está cheio, nossa preocupação são as tempestades, ventanias, banzeiros e troncos de árvores que representam perigos constantes”, explica Benjamim.

BRAÇO DIREITO

Elson Ferreira também atua no comando do Barco Saúde há 12 anos, é uma espécie de auxiliar de Benjamin, o imediato. Um profissional polivalente, que faz a diferença em diversas frentes de trabalho que a embarcação exige.

Elson Ferreira também atua no comando do Barco Saúde há 12 anos

Lembrando de uma tempestade enfrentada durante uma de suas primeiras viagens, Elson relata como o barco teve que ancorar às cegas durante uma noite, em meio a uma forte chuva com rajadas de ventos e sem nenhuma visibilidade.

“Estávamos navegando em direção a Demarcação, quando chegou próximo de Papagaio o tempo fechou, muita chuva e ventania perigosa. Entrando no canal da Ilha de Assunção precisamos encostar na beirada do rio, o problema era conseguir enxergar, pois a visibilidade era zero para ancorar. Foi desafiador, mas deu tudo certo”, relembra Elson.

O serviço essencial da tripulação

A tripulação do Barco Saúde Dr. Floriano Riva Filho é composta por oito profissionais, todos credenciados e habilitados pela Marinha do Brasil em suas devidas funções. Estão divididos entre equipe que trabalha no convés e os responsáveis pela casa de máquina, sendo: um piloto fluvial de marinha mercante, dois contramestres fluviais, dois marinheiros auxiliares fluviais, um marinheiro fluvial de máquina, um marinheiro auxiliar de máquina e um cozinheiro fluvial.

Pedro Rogério Rosa é o cozinheiro do barco há 20 anos

Pedro Rogério Rosa é o cozinheiro do barco há 20 anos, um profissional dedicado e exigente com a qualidade da missão de alimentar os trabalhadores da saúde a bordo, tripulantes e parceiros. Uma rotina puxada que inicia antes do nascer do sol, às 4h30 da manhã, quando começam os preparativos do café da manhã. E é na cozinha que Pedro segue pelo restante do dia, encerrando o expediente por volta das 21h, após servir o café da manhã, almoço, lanche e jantar. Aproximadamente 80 quilos de refeições diárias são preparadas por ele, que quase sempre conta com ajudante.

“Cozinhar para cerca de 50 pessoas diariamente exige experiência. É um trabalho que faço com prazer. Aqui, o desafio maior é o espaço físico, pois o barco é compacto, diferente de uma cozinha industrial, por exemplo. Mesmo assim, a missão é cumprida sem perder a qualidade”, diz Pedro, que orgulhosamente garante que cada refeição seja nutritiva e saborosa.

Tripulação, todos credenciados e habilitados pela Marinha do Brasil

Além de Benjamin, Elson e Pedro, a tripulação do Barco Saúde Dr. Floriano Riva Filho é composta por mais cinco membros: Antônio, José Maria, Márcio, Rosinaldo e Gelson. São profissionais que, muitas vezes, se tornam quase invisíveis, mas que desempenham papéis cruciais, desde a manutenção da casa de máquinas até a checagem dos equipamentos de segurança, como extintor, boias, botes e coletes salva-vidas, além da vigilância constante das condições do rio.

Para Elson, o reconhecimento do trabalho da tripulação é fundamental. “Missão dada é cumprida da melhor forma que podemos executar. Como tripulante, é gratificante transportar as pessoas. Enquanto estamos na cabine, atentos, sabemos que os passageiros estão tranquilos e confiantes no nosso trabalho. É através dessa tripulação que a saúde chega às comunidades ribeirinhas que tanto necessitam. Como tripulantes, merecemos reconhecimento como aquaviários”, finaliza Elson.

MISSÃO

Profissionais de saúde e a tripulação dedicada

Enquanto a tripulação mantém o barco seguro, os profissionais de saúde a bordo dedicam-se ao atendimento das comunidades ribeirinhas. Médicos, enfermeiros, vacinadores, técnicos em enfermagem, biomédicos e psicólogos estão entre os 29 profissionais que oferecem uma gama de serviços, desde consultas médicas e vacinação até exames laboratoriais e atendimento psicológico.

Especialistas em diversas áreas, como ortopedia, ginecologia, pediatria e odontologia, também fazem parte da equipe, garantindo um atendimento abrangente e de qualidade.

Desde sua reativação em 2021, esta é a sétima viagem do Barco Saúde, com mais de 57 mil serviços prestados à população do baixo Madeira. A iniciativa é um esforço conjunto entre a gestão municipal, os profissionais de saúde e a tripulação dedicada, que, juntos, garantem que as comunidades mais isoladas tenham acesso aos cuidados de saúde de que tanto necessitam.

Os atendimentos começaram no distrito de Calama nesta segunda-feira (17) e seguem hoje durante todo o dia. Nazaré é o próximo destino, nos dias 19 e 20, finalizando em São Carlos nos dias 21 e 22.

Durante esses dias, a equipe do Barco Saúde Dr. Floriano Riva Filho continuará a navegar, levando esperança e cuidados a quem mais precisa, graças ao esforço de sua dedicada tripulação e toda equipe de saúde.

Texto: Luciane Gonçalves
Fotos: Cleris Muniz e Luciane Gonçalves

Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)

Fonte: Prefeitura de Porto Velho – RO

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INCLUSÃO SOCIAL Com o tema “De Olho na Inclusão”, Biblioteca Francisco Meirelles inicia programação em alusão ao Dia do Deficiente Visual

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Em parceria com a Asdrevon, programação promove palestras e oficinas, de 9 a 13 de dezembro

Com o tema “De olho na Inclusão 2024” e fazendo parte das comemorações alusivas ao Dia do Deficiente Visual, celebrado anualmente dia 13 de dezembro, a Biblioteca Municipal Francisco Meirelles, em parceria com a Associação dos Deficientes Visuais do Estado de Rondônia (Asdevron), realiza de 9 a 13 deste mês, uma semana inteira de programação para discutir a importância da inclusão dos portadores de deficiências na sociedade. O evento acontece durante toda a semana, das 8h às 12h e, pela tarde, das 14h às 18h, na Sala de Braile da biblioteca.

Com o objetivo de trocar ideias e opiniões e discutir meios de combater o preconceito e a discriminação, a programação tem por missão fortalecer a inclusão social de todos os tipos de portadores de deficiências visuais para que se sintam respeitados, inseridos na sociedade e, acima de tudo, valorizados.

Responsável pela Sala de Braile, Sebastiana é deficiente visual há nove anosO projeto conta com a parceria da Secretaria Municipal de Assistência Social e Família (Semasf), Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Secretaria Municipal de Educação (Semed), Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RO/AC) e Tribunal de Contas do Estado (TCE/RO). Como parte das atividades, a programação inclui palestra motivacional ministrada pela professora doutora Silvânia Gregório, da Seduc, e mais 20 oficinas que abordarão temas como: Tecnologia Assistiva Responsável; Leitura e Escrita Braile Responsável; Introdução às Técnicas de Uso do Soroban; Tecnologia Assistiva e Orientação e Mobilidade.

A programação tem sua abertura oficial na manhã desta segunda-feira (9), com a palestra motivacional da professora e doutora Silvânia Gregório que reforça que é de grande valia que a semana de programação se estenda também à classe empresarial para que possam ter uma visão mais inclusiva, oportunizando maiores inserções no mercado de trabalho.

“Os entes e portadores de deficiência, se organizaram para que possam se fortalecer através de políticas públicas que venham favorecer essa classe de pessoas, que as vezes sofrem tantos preconceitos e para que toda a cidade reforce a questão da autoestima, autoimagem, tanto delas quanto à sociedade. Também é essencial que essa programação se estenda à classe empresarial para que possam dar mais oportunidade no mercado de trabalho para essa classe. Então, essa semana de programação intensa aqui na Biblioteca Francisco Meirelles, é como se fosse uma provocação para que a sociedade possa olhar para eles de uma forma mais humanizada possível”, reforça.

O presidente da Asdevron, José Aldair, disse que o evento é de extrema importância para toda a sociedade“A importância maior dessa programação vasta de atividades, é podermos celebrar o Dia do Deficiente Visual, comemorado no dia 13 agora, para que possamos trabalhar a conscientização com o deficiente visual, para que ele possa lutar, se motivar e para que ele não desanime perante a tantas dificuldades encontradas. O intuito dessa programação é trabalharmos a inclusão social, porque na verdade, o deficiente não tem muito o que comemorar nessa data, mas é importante que ele possa abrir caminhos para conseguir viver, se inserir no mercado de trabalho e que não desista de lutar sempre, destacou a servidora Sebastiana da Silva, que também é portadora de deficiência visual, há nove anos.

O presidente da Asdevron, José Aldair, disse que o evento, em alusão ao Dia do Deficiente, é de extrema importância para toda a sociedade. “Esse evento que estamos promovendo é de grande relevância não somente para o deficiente visual, mas para toda a sociedade em geral, que terão a oportunidade de conhecer mais a fundo a leitura e escrita em braile e tecnologia assistiva”.

Para o diretor da Biblioteca Municipal Francisco Meirelles, Carlos Augusto, as atividades em alusão à data são de extrema importância social, uma vez que reforçam as discussões da relevância social da Semana Nacional do Deficiente Visual, instituída no dia 13 de dezembro de 1961. De acordo ainda com o diretor, todos os anos, essas ações são desenvolvidas em parceria com a Asdevron.

“De 9 a 13 temos uma programação extensa. Hoje iniciaremos com as oficinas. O objetivo dessa programação é podermos proporcionar uma oportunidade de aprendizado e de autonomia. Além disso, é importante destacar que o evento não é apenas voltado para os deficientes visuais, mas se estende para seus familiares, para que possa facilitar o modo como interagem com eles”, finalizou.

Para quem desejar participar da semana de programação, as inscrições serão feitas presencialmente na Biblioteca Municipal Francisco Meirelles, situada à rua Dom Pedro II, 826. O atendimento ao público é de segunda a sexta-feira, das 8h às 21h (não fecha para o almoço).

Texto: Daniela Castelo Branco
Foto: Felipe Ribeiro

Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)

Fonte: Prefeitura de Porto Velho – RO

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